Delisiée Marinho foi repórter esportiva da Globo e produziu matérias para o Jornal Nacional
A repórter esportiva Delisiée Marinho, que no começo dos anos 2000 fez bastante sucesso na Globo, emplacando diversas matérias no Jornal Nacional, e cobrindo eventos importantes, como as Olímpiadas de Atenas em 2004, fez uma revelação bombástica ao explicar o porquê de sua saída da emissora carioca no auge de sua carreira.
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Hoje com 43 anos, Delisiée Marinho pediu demissão da Globo em 2008 e há cerca de 11 anos está fora do ar, com raras aparições nas telinhas. Apontada como um dos principais nomes do jornalismo esportivo da empresa, sendo uma figura frequente no Jornal Nacional, que na época era comandado por William Bonner e Fátima Bernardes, a jornalista relatou, em entrevista ao portal UOL, que foi assediada por um importante diretor da empresa naquela época e que, após resistir as suas investidas, acabou sendo perseguida por ela, que agiu nos bastidores, fazendo uso de sua influência dentro da Globo, para atrapalhá-la profissionalmente.
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“Eu saí da Globo porque houve um pedido do Schroeder para saber se eu queria ficar ou sair. Mas eu saí por causa de outro diretor. Ele estava me perseguindo há 4 anos. Eu liguei um dia chorando pro Emanuel Castro dizendo que não conseguia mais pisar na Globo, e ele acabou me dispensando naquele mesmo dia”, relatou Delisiée Marinho. Na ocasião, Carlos Henrique Schroeder era o diretor de jornalismo da emissora, e Manuel Castro tinha recém assumido a direção do canal esportivo SporTV.
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Sem revelar o nome do diretor que a assediou, Delisiée Marinho contou que a investida do profissional da Globo aconteceu durante a cobertura da Olímpiada de Atenas, em 2004. Antes, porém, a repórter relatou ao UOL Esportes que em determinada ocasião ela foi hostilizada por três colegas da emissora no banheiro feminino e que foi acusada de passar a perna no Tadeu Schmidt.
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“Aquilo foi um baque para mim. Eu dei uma balançada na minha estrutura emocional, porque não tinha amigos para me defender, mas segui até o fim. Tanto é que fui a repórter mulher em Atenas que mais emplacou matérias no Jornal Nacional. A gente tinha um ranking, e eu fiquei em primeiro lugar”, desabafou a jornalista.
Em relação ao diretor da Globo que a assediou, Delisiée Marinho contou que ele “veio com aquela história: ‘o que você quer, para onde você quer ir, que programa que você quer apresentar? Porque eu posso te dar tudo’. Um papo bem pesado, e eu fingindo que não estava entendendo […] Ele era uma pessoa muito poderosa na Globo, e todo mundo tinha medo de mexer com ele”.
Após a volta para o Brasil, com o fim do evento esportivo, Delisiée Marinho contou que foi informada de que não iria mais produzir matérias para o Jornal Nacional e nem programas na Globo. “Liguei para saber o que tinha acontecido e o editor do JN disse que era uma ordem que eles tinham recebido. O Emanuel me contou que tentou interceder nas reuniões do esporte, e o diretor sempre respondia que não queria ouvir falar no meu nome. Cheguei a ir ao Rio de Janeiro para conversar, entrei na sala dele e ele nem olhou na minha cara. Perguntou o que eu queria, e mandou eu fazer o meu trabalho”.
Delisiée Marinho relatou também que nunca expôs para a direção ou mesmo a área de recursos humanos da Globo o ocorrido. Ela ressalta, no entanto, que se fosse hoje reagiria de forma diferente: “Hoje em dia, jamais deixaria uma pessoa fazer isso comigo”, completou a profissional que, em decorrência do assédio, acabou adquirindo problemas de saúde como síndrome do pânico e depressão profunda.