Debora Lamm e Inez Viana, famosas atrizes da Globo, escolheram o teatro para mostrar que, depois de 10 anos, continuam mais apaixonadas do que nunca. O espetáculo Por Favor, Venha Voando mistura um pouco de documental e fictício e as personagens não têm o mesmo nome, mas são um pouquinho de cada uma delas ali no palco.
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Para quem gosta de verdade de teatro, um espetáculo envolvendo Debora Lamm (de “Mata Teu Pai”), Inez Viana (de “Krum”), Pedro Kosovski (de “Caranguejo Overdrive”) e Georgette Fadel (de “O Duelo”) é a definição de imperdível. “Por Favor Venha Voando”, em cartaz no CCBB, apresenta a reunião desses quatro criativos. Debora e Inez estão no palco, contando uma história de amor inspirada na delas mesmas, Pedro assina a dramaturgia, escrita juntamente ao processo de criação da montagem, e Georgette assume a direção. O resultado é bem menos interessante do que se pode esperar.
“Somos nós duas em cena e esta é a primeira vez que a gente contracena. Temos uma parceria de vida e de arte já há 10 anos, as duas coisas cresceram juntas. Nos conhecemos no primeiro trabalho que fizemos que culminou em uma companhia de teatro e as coisas se misturaram. Ela já me dirigiu por seis vezes, sendo quatro nesta companhia e mais duas fora dela. Então a gente tem uma parceria de trabalho muito ativa. A gente escolhe estar juntas”, fala Debora.
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“Acaba que, neste momento que estamos vivendo, o espetáculo ocupa nosso lugar de fala. Não tinha porque a gente fazer uma peça agora com personagens fictícios. Achamos que, neste instante, trazer essa rede de afeto para esse mundo seria algo urgente”, completou Debora.
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A humorista conta que foi a primeira a ter esta ideia de misturar a história delas com a ficção, o que foi muito bem recebido por Inez, e a atriz da Globo chamou seu primeiro namorado, Pedro Kosovskipara escrever o texto do espetáculo que ganhou direção de Georgette Fadel.
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“Ele foi meu primeiro namorado que me conheceu na adolescência e foi até a vida adulta. Hoje ele é muito amigo e parceiro da Inez também, alguém querido pelo casal e um grande dramaturgo. O nosso processo de criação começou quando ele pediu que uma escrevesse uma carta a outra. O que eu escrevi se tornou a abertura do espetáculo fazendo o questionamento ‘diante de tantas pessoas no mundo, o que faz uma pessoa passar e ficar?’ A gente divide há 10 anos o mesmo teto, a casa e a cama. O espetáculo tem reproduções do nosso primeiro encontro, o primeiro telefonema, tudo isso está lá de uma forma que não fique só na gente. Comunica com qualquer pessoa que esteja vendo ou que já foi amada, ou seja, é uma capacidade infinita de empatia”, explica.
Debora não tem um segredo específico para ter uma relação tão duradoura com sua mulher, mas assume que tem uma grande admiração por ela e não a poupa dos elogios.
“Ela uma mulher muito forte, poderosa, com uma energia feito o sol do meio-dia, uma pessoa que me inspira, inteligente, talentosa e, ao mesmo tempo, a melhor companheira. Trabalhamos muito juntas, nos divertimos, então não sei se existe um segredo. Minha vida com ela é melhor do que sem. Eu escolho estar com ela todos os dias porque tenho essa admiração que me renova o olhar amoroso. Acho uma mulher incrível. Seus pensamentos, o que ela pensa sobre o mundo recente… Tudo isso me faz olhar para ela com olhos novos”, comenta.
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Não faz muito tempo que várias atrizes famosas da Globo têm assumido suas relações homossexuais como Carol Duarte e Aline Klein, Bruna Linzmeyer e Priscila Fiszman, Laryssa Ayres e Maria Maya e Letícia Lima e Ana Carolina, que anunciaram a separação no fim de dezembro de 2018. Debora acredita que estamos caminhando a passos largos para que a relação entre duas pessoas do mesmo sexo seja visto como algo natural e diz que todos precisam dar as mãos, mesmo que não faça parte do grupo LGBTQI.
“Temos de tratar isso de uma forma comum e eu tenho de tratar como um casamento como outro qualquer. Neste momento é uma escolha falar sobre isso para que seja cada vez mais comum porque assim é. Sou uma pessoa com a individualidade muito preservada e este exercício de falar de uma forma natural é para que as pessoas vejam com outros olhos. É um ato político falar neste momento sobre isso, sem tratar de forma sensacionalista. A princípio não falaria, mas agora é o meu lugar de fala, estamos com uma pauta sobre este assunto em um momento truculento e sombrio.”
Outra mentalidade que tem mudado muito é a imagem da mulher na sociedade e, principalmente no humor. Ela acredita que o empoderamento cada vez maior da mulher tem deixado seu discurso mais forte, o que tem eliminado a imagem subjugada do sexo feminino nas piadas.
“Acho que não só no humor, mas em todo o resto. Sinto que a mulher está se empoderando, nessa nova onda do feminismo que chega para aumentar a nossa autoconfiança e autoestima, então a gente vem se empoderando em nosso discurso, sobre o nosso corpo e sobre nossa condição de ser mulher. A gente sempre tem de se reafirmar para poder mostrar nossa força para continuar. Vivemos num mundo altamente patriarcal, o feminismo não está numa guerra e quer viver em um equilíbrio”, opina.
E por falar em trabalho, a atriz escalada para a novela Amor de Mãe, de Manuela Dias, prevista para o final de 2019, depois de A Dona do Pedaço no horário das 9, mas ainda não sabe nada sobre sua personagem.
“Não sei de muita coisa porque tudo é muito embrionário ainda. O nome da novela mesmo já foi Troia e agora têm chamado de Amor de Mãe. Sou uma grande admiradora da Manu, acho uma mulher muito inteligente, somos amigas há muitos anos e será a primeira vez que vamos trabalhar juntas. Também vou me reencontrar com José Luiz Villamarim, que não cruzo com ele desde Um Anjo Caiu do Céu, há 18 anos, e será minha reaproximação com ela.”