ESCÂNDALO!
“Irreparável”: Fantástico paralisa o país com interdição de gigante da saúde e ANVISA é acionada
15/10/2024 às 8h20
Fantástico para o país com interdição de gigante nome da saúde no RJ após escândalo e ANVISA é acionada
Em edição do Fantástico, que foi ao ar neste último domingo (13), na Globo, um erro descrito como “inédito e irreparável” pelo jornalístico parou o país após escândalo envolvendo gigante da saúde vir à tona:
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- 6 pessoas foram infectadas pelo vírus HIV após receberem órgãos transplantados no Rio de Janeiro.
- O erro, revelado na última sexta-feira (11), está sendo investigado pela Polícia Federal e trouxe repercussões devastadoras para os pacientes e suas famílias.
Famílias devastadas
Em entrevista exclusiva, uma das vítimas, que preferiu não se identificar, revelou que recebeu um rim em um dos transplantes:
“É como se o chão se abrisse… Porque é a minha vida e daqui pra frente tudo mudou. A minha família está revoltada, porque a gente entra lá com a maior confiança de que vai dar tudo certo” – Declarou a vítima visivelmente abalada.
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A falha ocorreu no laboratório Patologia Clínica Doutor Saleme (PCS-Saleme), contratado pela Secretaria Estadual de Saúde para realizar os exames dos doadores.
A investigação revelou que o laboratório emitiu laudos falsos para dois doadores infectados pelo HIV, mas registrou os resultados como negativos.
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Em suma, transplantaram nove órgãos desses doadores – um homem e uma mulher – o que resultou na infecção de seis receptores:
“Vai mudar a minha vida completamente, porque antes eu só tomava remédios para evitar a rejeição dos rins (…) Eu não fiz nada para adquirir isso. O erro foi de pessoas irresponsáveis”– Disse a vítima.
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Infecção descoberta
Além disso, a reportagem revelou que as autoridades descobriram a contaminação em setembro, quando um paciente que havia recebido um órgão em janeiro apresentou sintomas e foi diagnosticado com HIV.
Anteriormente ao transplante, os exames haviam comprovado que o receptor não era portador do vírus.
A partir daí a Secretaria Estadual de Saúde reavaliou amostras de sangue dos doadores, confirmando a presença do HIV.
Posteriormente, ao testar outros pacientes que receberam órgãos dos mesmos doadores, constatou-se a existência de mais infecções
Tudo à tona
O caso só veio à tona no início de outubro, quando a paciente que falou ao Fantástico foi diagnosticada. No entanto, ela relatou que não recebeu o devido acompanhamento médico logo após a descoberta:
“Recebi a notícia no dia 3 de outubro, fui ao posto de saúde, e a infecção foi confirmada. Mas só marcaram minha consulta para o dia 29, sem me orientar sobre o tratamento”
Entretanto, diante da repercussão do caso na mídia, um novo atendimento foi agendado para o dia 15 de outubro.
Outro paciente entrevistado pelo programa, que recebeu uma córnea de um dos doadores infectados, não contraiu HIV.
Porém sua família ficou em estado de tensão pela falta de informações claras sobre o acompanhamento médico.
Interdição
Após a descoberta das infecções, a ANVISA e a Vigilância Sanitária Estadual realizaram imediatamente uma auditoria no laboratório PCS Saleme e identificaram diversas irregularidades.
- 39 irregularidades graves, entre elas a ausência de licença para funcionamento no local;
- Amostras de sangue sem identificação e armazenamento inadequado de material biológico;
- Não havia registros de treinamento dos funcionários, e o ar-condicionado do laboratório estava em péssimas condições de higiene.
Diante dos fatos, as autoridades interditaram o laboratório, e a Secretaria Estadual de Saúde decidiu não renovar o contrato de R$ 11 milhões firmado com o PCS Saleme em 2023.
Sendo assim, a partir de agora, os testes de doadores só serão realizados pelo Instituto Estadual de Hematologia
Investigados
A reportagem expôs que 2 sócios do laboratório, Matheus Vieira e Walter Vieira, têm laços familiares com o ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro e atual deputado federal Dr. Luizinho (PP):
- O deputado é primo de Matheus, e Walter é casado com a tia dele;
- O governo estadual assinou o contrato com o laboratório três meses após Dr. Luizinho deixar o cargo de secretário;
- Em nota, o deputado afirmou que não teve envolvimento com a escolha do laboratório durante sua gestão na Secretaria de Saúde.
A investigação está sendo conduzida pela Polícia Civil, Ministério Público e Conselho Regional de Medicina.
Revolta e comoção:
O caso gerou grande comoção pública, e a secretária de Saúde do Rio de Janeiro, Claudia Mello, declarou em entrevista coletiva:
“É uma falha inadmissível. Vamos apurar o caso com rigor e corrigir todos os protocolos de atendimento aos pacientes”.
Ademais, a Secretaria de Saúde prometeu intensificar as buscas ativas por outros possíveis pacientes afetados e fornecer o apoio necessário.
Posteriormente, o Ministério da Saúde, por meio da ministra Nísia Trindade, também se pronunciou sobre o incidente, solicitando uma auditoria completa no programa de transplantes do Rio de Janeiro:
“O Brasil possui um dos maiores e mais seguros sistemas públicos de transplantes do mundo. Este caso não pode manchar a reputação de um sistema que salva milhares de vidas”
Além disso, a paciente entrevistada declarou que lutará pela punição dos responsáveis e para evitar que esse erro se repita:
“Que felicidade que eu fiquei quando recebi meu rim. Eu quero que outras pessoas tenham a mesma confiança que eu tive um dia. Isso não pode continuar”.
Qual foi a manifestação do laboratório PCS Saleme?
Em nota, o laboratório PCS Saleme disse que os resultados preliminares da sindicância interna apontaram um erro humano na transcrição dos resultados dos dois testes de HIV.
Além disso, ele informou que está à disposição das autoridades e aceitou colaborar com o governo do Rio de Janeiro.
Conclusões finais:
- Em suma, o erro no sistema de transplantes no Rio de Janeiro expôs falhas graves que afetaram diretamente a vida de seis pacientes;
- Agora a investigação busca responsabilizar os envolvidos e corrigir as falhas no processo;
- Entretanto, as vítimas enfrentam uma nova realidade, clamando por justiça e por medidas que garantam a segurança dos transplantes futuros.
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.