O anúncio chocante do McDonald’s, uma das maiores redes de fast food em país, sobre o encerramento de todas as suas unidades após conflito e a situação atual
O McDonald’s é a maior cadeia de restaurantes de fast food do mundo. Fundado ainda nos anos 40 como um restaurante operado por Richard e Maurice McDonald, ele acabou ganhou o mundo e hoje serve uma média de 69 milhões de clientes todos os dias em mais de 100 países.
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Porém, no dia 27 de março de 2023, essa rede de fast food tão amada acabou emitindo um comunicado extremamente impactante informando o fechamento não apenas de uma, mas de TODAS as suas filiais localizadas em um país.
Trata-se do McDonald’s Israel, operada na época pela Alonyal, cujo qual transmitiu essa informação através de uma postagem em suas redes sociais oficiais. De acordo com o portal O Globo, a empresa fez questão de informar a paralização diária das atividades, que aliás, começou ao meio dia daquela mesmo dia.
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Todos fechados!
Com cerca de um pouco mais de 200 unidades espalhadas em todo território israelense, a decisão da franquia entrava em conformidade com o posicionamento da Histadrut*, cuja qual havia declarado a adesão aos protestos iniciados por civis há quase quatro meses.
(*A Histadrut ou Organização Geral dos Trabalhadores em Israel é uma central sindical dos trabalhadores em Israel. Foi fundada em 1920. A Histadrut tem o objetivo de proteger os direitos dos trabalhadores)
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O anúncio publicado em hebraico via Instagram e no Twitter (atualmente chamado de X), com o título “Greve Geral”, divulgou a seguinte mensagem para todos os seus seus seguidores:
“Como parte do fórum de negócios junto com a Histadrut (Organização Geral dos Trabalhadores em Israel), o Mc Donald’s Israel começará a executar o encerramento de todas as suas filiais a partir das 12h, até o final do ano, a partir das 14h)” -Dizia a postagem.
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Ainda de acordo com o portal O Globo, essa situação estourou pois desde que retornou ao cargo após as eleições do ano de 2022, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, almejava promover uma reforma no sistema judicial do país, o que poderia aumentar o controle do poder político sobre a Justiça.
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Inclusive, ele chegou a informar a demissão do Ministro da Defesa, Yoav Gallant que solicitou que o governo suspendesse os planos para a contestada proposta de mudança no poder judiciário
Porém, essa decisão de Netanyahu acontecia em meio a uma intensa pressão da oposição, das ruas e de países aliados, como os Estados Unidos, para que essa proposta fosse engavetada.
Dentre as alterações que o primeiro-ministro tentou aprovar, está a de deputados ganharem poderes de anular decisões judiciais da Suprema Corte e de escolher juízes para os tribunais.
Todas essas alterações impactariam a divisão de poderes no país. A oposição alegou que o objetivo de Netanyahu, na verdade, era tentar se livrar dos processos que enfrenta na Justiça por corrupção, e que poderiam levá-lo à prisão.
A greve!
Como mencionado acima, entre os participantes dessa greve, o McDonald’s Israel estava presente e em prol desse protesto foram realizadas os tais fechamentos acima. O movimento, que estava nas ruas desde o inicio de janeiro de 2023, passou a ganhar cada vez mais força no decorrer do tempo.
Em comunicado, quase todas as universidades do país também chegaram a anunciar greve por tempo indeterminado. O protesto se dá contra o que as unidades de ensino chamam de ameaça “à existência de Israel“.
Representantes de diversas categorias também anunciaram que iriam paralisar. A Histadrut, ou Organização Geral dos Trabalhadores em Israel, afirmou que se juntaria aos protestos.
A iniciativa contou também com alguns representantes do setor empresarial, contrários à reforma.
Como está essa situação do Mc Donald’s em Israel em 2024?
Vale dizer que ainda em março de 2023, o grupo Histadrut, informou o fim da greve geral convocada após o anúncio do governo de que o mesmo promoveria uma “pausa” no processo, diante de todas as manifestações promovidas.
Atualmente as redes do Mc Donald’s seguem funcionando normalmente no país, porém, outros conflitos andam impactando a rede. Inclusive, em abril de 2024, o McDonald’s anunciou que compraria cada um de seus 225 restaurantes franqueados em Israel, na tentativa de conter as crises atuais.
De acordo com o portal CNN, essa decisão da rede norte-americana se deu apenas algumas semanas depois da mesma declarar que a guerra entre Israel e Hamas estava prejudicando seus negócios.
A gigante do fast food alegou ter firmado um acordo com a franquia israelense Alonyal para comprar os restaurantes da franquia McDonald’s (MCD) da empresa no país.
Omri Padan, CEO e proprietário da Alonyal, disse em um comunicado que “por mais de 30 anos, a Alonyal Limited tem se orgulhado de trazer o Golden Arches para Israel e servir nossas comunidades”.
Vale destacar que a Alonyal emprega mais de 5.000 pessoas através dos restaurantes McDonald’s no país. O McDonald’s acrescentou na declaração que: “Continua comprometido com o mercado israelense e com a garantia de uma experiência positiva para os funcionários e clientes no mercado daqui para frente”.
Ainda de acordo com a CNN, os termos do acordo não foram divulgados.
Muitos aqui podem nem imaginar, mas a grande maioria das lojas do McDonald’s (em todo o mundo) é administrada por operadores de franquias locais.
Esses operadores agem, em muitos aspectos, como empresas independentes aonde se estabelecem salários e preços e, quando acham apropriado, fazem declarações ou doações a seu critério.
Essa abordagem foi justamente o que ajudou a rede a se tornar um fenômeno global. Porém, essa liberdade faz com que a empresa norte-americana não possa ditar como cada operador deve reagir em uma crise.
Boicote:
Desde os ataques do dia 7 de outubro, nos quais militantes do Hamas mataram mais de 1.200 soldados e civis israelenses e sequestraram outros 200, a Alonyal ofereceu descontos aos soldados e às forças de segurança locais.
Muitas operadoras do McDonald’s na região rapidamente se distanciaram das ações da empresa israelense. Grupos de franquias no Kuwait e no Paquistão, por exemplo, emitiram declarações dizendo que não compartilhavam a propriedade com a franquia israelense.
Como outras marcas americanas, o McDonald’s foi atingido por boicotes em vários mercados da região.
Em janeiro de 2024, o CEO Chris Kempczinski disse que a empresa estava sofrendo um “impacto significativo nos negócios” no Oriente Médio devido à guerra entre Israel e o Hamas.
Durante sua última apresentação de lucros, em fevereiro de 2024, o McDonald’s reiterou essa mensagem e disse que o conflito continuaria provavelmente a pesar sobre seus negócios.
Em sua declaração de janeiro de 2024 , Kempczinski pareceu enfatizar a neutralidade da empresa, dizendo que “em todos os países onde operamos, inclusive nos países muçulmanos, o McDonald’s é orgulhosamente representado por operadores proprietários locais”.