Feminista, Letícia Colin defende a prostituição em Segundo Sol: “Profissão saudável”

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Letícia Colin (Foto: Reprodução)

Letícia Colin resolveu falar sobre a profissão de sua personagem, Rosa, na novela Segundo Sol. Ela é uma garota de programa e, em um bate papo com o site Glamurama, a atriz defendeu a classe, dizendo que “a prostituição é uma profissão e a história confirma isso”.

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“A Rosa inspira justiça social, coragem e liberdade”, disse ainda Letícia, que destaca: “Tem mulheres superfortes, que eu invejo, com uma formação tão interessante da psique na relação com o corpo que podem se lançar em uma vida como essa de forma saudável”.

Sobre o grande amor da vida da personagem, explica: “Ela ama os dois. E não sei bem por quem o público torce mais… O personagem do Chay [Suede, Ícaro] agora está entrando em uma onda um pouco opressora, um pouco dominadora do machista”.

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“E essa é uma novela que combate o machismo para caramba. A Rosa é uma feminista. É uma prostituta que quer dignidade, respeito, romper com o pai. Temos que falar sobre isso, por que não? A prostituição é uma profissão e a história confirma isso”, afirma.

“Não existe profissão fácil. Padronizamos as coisas e jogamos tudo no mesmo pacote. Se cabe à mulher escolher? Bem, acredito que é mais complexo que isso. A prostituição de luxo é um caminho para pessoas que querem ascender financeiramente mais rápido”, diz.

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Rosa escolherá o dinheiro (Foto: Reprodução)

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“Isso tem que ser uma escolha pessoal. Claro que existe a prostituição que vem da tragédia, da miséria humana, da condição econômica do país, que é quando você vê uma criança menor de idade, por exemplo. Isso não pode existir”, ressalta.

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“Quando a mulher acha que sua única saída é se prostituir porque não teve uma formação estrutural familiar, cultural, ou até um cuidado do governo, quando a mulher acha que não tem valor, que a única coisa de valor é o corpo dela…”, garante.

“Mas várias prostitutas que pesquisei são pessoas que estudam, que estão na universidade, e que têm uma relação com o corpo tão evoluída que entendem que não há problema nenhum em ganhar dinheiro com ele. Isso não as desmerece, ela não está presa a esse sistema”, conta.

“A Rosa está nesse meio termo. Ela tem uma autoestima que não foi bem construída. Ela escuta que não vale nada, que a irmã vale mais do que ela, e isso gera na mulher um lugar de ‘realmente eu não tenho valor e aí só posso fazer isso’”, revela.

“Mas tem mulheres superfortes, que eu invejo, com uma formação tão interessante da psique na relação com o corpo que podem se lançar em uma vida como essa de forma saudável… Porque essa é uma profissão que o dia a dia é muito difícil, estruturalmente…”, pondera.

Rosa em Segundo Sol (Foto: Reprodução)

“Temos que ouvir essas pessoas e não marginaliza-las. Acho sensacional fazer personagens que inspiram coragem e liberdade. Se a Rosa puder fazer isso, independente do que as pessoas escolhem para a vida delas, estou satisfeita”, analisa.

“A Rosa inspira justiça social. Ela quer ser feliz, quer ganhar o dinheiro dela. E está sofrendo também. As pessoas acompanham pela novela que não é um mar de rosas. Ela inspira coragem. Tenho contato com uma pessoa que trabalha como garota de programa de luxo que me tira muitas dúvidas”, revela.

Rosa em Segundo Sol (Foto: Reprodução)

“Eu estou aprendendo com ela, me descobrindo. Estou entrando nessa fase mais madura da minha vida, me formando como mulher e com certeza esse encontro com a Rosa, as falas dela, os conflitos, os pensamentos, as contradições têm me formado também”, diz ainda.

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“Tenho certeza que vou sair desse trabalho uma mulher mais forte, melhor, por ter ouvido e acolhido essa personagem na minha vida. Estou sendo transformada por isso e esse momento é irreversível, esse protagonismo feminino”, completa.

Autor(a):

Twitter: @luccasmeddeiros Contato: lucasmedeirospaiva@gmail.com

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