Comandado por Fernanda Lima, o ‘Amor & Sexo’ volta ao ar nas noites de quinta-feira no dia 26 de janeiro para a décima temporada do programa, brindando o público com abordagens de vanguarda e figurinos incríveis e, claro, sem perder a leveza, as brincadeiras e o tom informativo.
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Entre as novidades da atração para 2017, está o time de jurados, que conta com a chegada do humorista Eduardo Sterblitch, que passa a dividir a bancada com Mariana Santos, Otaviano Costa, José Loretto, Regina Navarro Lins e Dudu Bertholini. Além de jurado, Dudu também assina o figurino da atração, junto com a figurinista Flávia Costa. O cenário fica por conta de Alexandre Gomes.
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Mesmo sendo novidade do programa, Edu Sterblitch não terá moleza. Ele será enquadrado por Fernanda Lima. “É o objetivo dele nessa temporada: se enquadrar num programa comandado por uma mulher, que vai ficar de olho nele, controlar tudo o que ele diz, porque realmente é um programa feminino, feminista, apresentado por uma mulher que defende causas feministas e de igualdade, e que não vai aceitar nenhuma brincadeirinha machista ou grosseira. Então, vamos ter que aprender a fazer juntos esse programa”, declarou a apresentadora (confira abaixo a entrevista na íntegra).
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‘Amor & Sexo’ volta no dia 26 de janeiro, logo após o ‘Big Brother Brasil’, com redação-final de Antônio Amâncio e direção-geral de Daniela Gleiser.
Entrevista com Fernanda Lima
O último ‘Amor & Sexo’ da temporada passada foi só emoção, pois o programa acabaria. Parece que o público não deixou, não é? Como você se sentiu quando foi confirmada a volta do programa, diante da excelente repercussão que tem conquistado?
Fernanda Lima: Fiquei feliz de saber que o programa voltaria, mas também apreensiva porque sabia que teria muito trabalho pela frente. Fica aquela apreensão de fazer uma temporada melhor, evoluir a cada ano. Mas a sensação de ver o sorriso de satisfação das pessoas, cada vez que me perguntam se o programa vai ter volta, quando eu digo que sim, compensa qualquer dificuldade e preocupação na escolha de roteiros e pautas.
Você é mais do que apresentadora no programa. Como é a sua rotina de preparação e execução da atração? De quais etapas você participa?
FL: Começamos a elaborar o programa assim que terminou o ‘Superstar’, em junho. A gente já estava pensando na temática, no que a gente queria falar, como a gente queria falar e como abordaríamos os assuntos. Durante três meses nos dedicamos à elaboração de ideias e roteiro. Nos meses finais, antes da gravação, eu começo as aulas de canto, de balé, de reforço para a coluna e todas as preparações corporais possíveis, que é quase uma preparação de atleta, para começar a ensaiar as coreografias, colocar voz nas músicas etc. Começamos também a fechar os programas de fato, fazendo com que 50 páginas virem 20, por exemplo, e eu vou começando a pensar o programa na forma de apresentação, coloco no meu estilo, imprimo, começo a ler… Vêm, então, os ensaios, a gravação e depois também participo da aprovação da edição até o programa ir ao ar. Ou seja, eu cuido da criança até o final (risos). Sou apegada e apaixonada por esse programa.
Quais são as novidades desta temporada? E o que permanece das temporadas passadas?
FL: Nessa temporada tem o Edu Sterblitch, que vem para o nosso programa. O restante é o que as pessoas já estão acostumadas e esperam do ‘Amor & Sexo’: assuntos relevantes, com graça, alegria, transparência, com abertura ao diálogo e com debates esclarecedores.
Vai ser uma temporada mais musical?
FL: Vai ser uma temporada tão musical quanto a passada. A gente acredita que a música costura muito bem o programa, a gente faz uma produção musical bem rica, que conversa com o programa o tempo todo e isso vai continuar sendo um forte da atração.
Outro ponto que sempre dá o que falar são os seus figurinos. Vão continuar exuberantes? O que podemos esperar de novo?
FL: O figurino é um dos protagonistas deste programa. É sempre uma grande inspiração para a temporada, e a gente tenta cada vez vê-lo com mais atenção. Os figurinos estão lindos e conversam com o programa todo. Não só o meu figurino, mas o figurino dos bailarinos, da banda e, hoje em dia, até o figurino dos jurados, para que o programa fique com uma linguagem só.
Como foi a escolha do Eduardo Sterblitch para completar a bancada? Como tem sido gravar com ele?
FL: O Edu foi uma grata surpresa. Sempre achei ele bastante engraçado e criativo. A gente não sabia exatamente como encaixaria um cara que vem de uma outra linguagem de TV num programa como o ‘Amor & Sexo’, mas estamos descobrindo juntos. Inclusive é o objetivo dele nessa temporada: se enquadrar num programa comandado por uma mulher, que vai ficar de olho nele, controlar tudo o que ele diz, porque realmente é um programa feminino, feminista, apresentado por uma mulher que defende causas feministas e de igualdade, e que não vai aceitar nenhuma brincadeirinha machista ou grosseira. Então, vamos ter que aprender a fazer juntos esse programa. Mas ele é muito bem-vindo. É um menino extremamente sensível, criativo, carinhoso, alegre e eu acho que não vai ter grandes dificuldades (risos).
Em tempos de tanta polarização, está mais difícil falar de amor e sexo? Qual a importância da existência do programa numa era de debates tão acirrados e, ao mesmo tempo, de quebra de paradigmas?
FL: Acho que o debate sobre amor e sexualidade sempre vai existir e será sempre muito rico. Nosso objetivo é trazer esse debate com muito carinho, sem conflitos que gerem oposições, mas com aprendizados mútuos. Acredito que as pessoas tenham o mesmo ideal em relação ao amor e à sexualidade. Querem viver melhor suas relações, entender as causas da repressão que sofremos, ter liberdade para dialogar e serem o que quiserem ser. Felizmente o Brasil está aberto a esse diálogo diante de tantas culturas que matam seus homossexuais, extirpam clitóris das mulheres e promovem casamentos de adultos com crianças, por exemplo. Porém, mesmo aqui, estamos enfrentando um triste movimento de ideias retrógradas, e é contra isso que vamos falar sempre. Sabemos que a sexualidade é uma das maiores causas de sofrimento da humanidade. Então, a gente briga pela nossa causa, que é trazer a sexualidade para um debate sincero e carinhoso. Assim as pessoas vão ter menos problemas, vão viver melhor com a sua sexualidade, não vão se incomodar tanto com a sexualidade do vizinho, e poderemos viver numa sociedade um pouco mais pacífica.