Festival Yesu Luso reúne peças de cinco países no Sesc Ipiranga
03/06/2017 às 2h44
Na última sexta-feira (2) começou o Festival Yesu Luso – Teatro em Língua Portuguesa, mostra que reúne atores, autores e pensadores de cinco países que falam o mesmo idioma: Brasil, Portugal, Moçambique, Cabo Verde e Angola. O evento acontece até o dia 11 de junho, no Sesc Ipiranga, em São Paulo (SP), com curadoria da atriz Arieta Corrêa e do produtor Pedro Santos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A programação tem seis peças de teatro, uma oficina e três debates com artistas e pensadores, em diferentes sotaques e visões acerca da produção artística brasileira e os ingressos custam de R$ 9 a R$ 30. O nome do festival é derivado de um dialeto moçambicano (em que o termo “yesu” significa “nosso”).
Confira a programação:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Um Picasso” – Companhia de Teatro de Braga (Portugal)
2 e 3/6, às 21h
Paris é ocupada pelos alemães. A Gestapo quer uma obra de Picasso para um vernissage. Ele é levado a um bunker, onde conhece uma loura que está ali em missão secreta: obter a autenticação do artista em, pelo menos, um de três autorretratos. Depois de uma batalha verbal entre o pintor e a agente, Picasso acaba por assumir os três desenhos, de diferentes períodos da sua vida.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Autor: Jeffrey Hatcher Tradução: Brian Head/ Encenação: Eduardo Tolentino de Araújo/ Elenco: Rui Madeira e Solange Sá
Classificação: 12 anos
LEIA TAMBÉM:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
● IPTU, Imposto de Renda e+: Lei em vigor garante isenção mais desejada a lista de idosos 60+
● LUTO URGENTE: Tralli acaba de entrar no JH às pressas com notícia mais triste do dia: “Gravíssimo”
● Multa e suspensão IMEDIATA da CNH: Lei em vigor da garupa traz punição pesada para donos de moto em 2024
“I Can´t Breathe”, de Elmano Sancho (Portugal)
6 e 7/6, às 21h30
Um ator de teatro e uma ex-atriz de filmes pornográficos encontram-se com a esperança de entender a crescente ausência de intimidade, a necessidade urgente em tornar tudo visível, a sensação de sufoco e indiferença, o cansaço generalizado e, sobretudo, tentam evitar o fim anunciado do mistério e da ilusão nas suas vidas.
Autoria e Encenação: Elmano Sancho/ Apoio à dramaturgia: Rui Catalão/ Interpretação: Cheila Lima e Elmano Sancho
Classificação: 18 anos
“As Três Irmãs (Making Of)”, do Grupo Teatrão (Portugal)
10/6, às 21h e 11/6, às 18h
Irina, Macha, Olga, André e Verchinin estão na sala de estar de uma casa-fantasma. O texto é construído a partir da obra “Três Irmãs” do escritor russo Anton Tchekhov (1860-1904) com os questionamentos: O que se pode construir depois da destruição? O que se pode querer? O que se pode sonhar?
Encenação: Marco Antonio Rodrigues/ Elenco: Inês Mourão, Isabel Craveiro, João Santos, Margarida Sousa, Rui Raposo/ Elenco de apoio: Miguel Rocha e João Amorim.
Classificação: 12 anos
“Qual é a sentença? A mulher que Matou a Diferença”, do Grupo Katchoro Kupalucha (Moçambique)
3/6, às 19h30 e 4/6, às 18h30
Num tribunal, uma mulher é julgada por gritar um basta à submissão. Antes de se ditar a sentença, em jeito de protesto, ela faz um monólogo da sua dor. Com ela, o público revive o drama da mulher num mundo governado sob machismo.
Texto e direção: Guilherme Roda/ Elenco: Assucena Daniel e Castigo dos Santos
Classificação: 14 anos
“Rostos de Loanda, Luanda”, do Grupo Colectivo Miragens (Angola)
7 e 8/6, às 21h
A peça narra a história de rostos que marcaram Loanda, hoje conhecida como Luanda. Retrata a vida de João Muleta, um deficiente que, após se embriagar, vê figuras importantes que marcaram a história da cidade.
Texto e encenação: Walter Cristóvão/ Interpretação: Wime Braúlio, Luís da Costa, Elizabeth Rodrigues, Rodrigo Fernandes, Eliseu Diogo, José Teixeira, Serafina Muhongo, Rosa Sousa, Mariana António, Sizainga Francisco e Sidónio Domingos
Classificação: 14 anos
“Teorema do Silêncio”, do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo (Cabo Verde)
9/6, às 21h30 e 10/6, às 19h30
O espetáculo trata do abuso sexual de menores e o silêncio sobre a violência e morte da alma e do corpo. A partir deste assunto, o espetáculo promove o direito à recusa de toda espécie de manipulações corporais e espirituais invasivas.
Texto: Caplan Neves/ Encenação, Cenografia e Direção Artística: João Branco/ Interpretação: João Branco e Janaina Alves
Classificação: 12 anos
Atividades de formação
As inscrições são feitas na Central de Atendimento do Sesc Ipiranga, para maiores de 16 anos.
Cena Lusófona (bate-papo)
10/6, às 15h, gratuito
Com Diaz Santana (Moçambique), Elmano Sancho (Portugal), João Branco (Cabo Verde) e José Teixeira (Angola). Mediação de Arieta Correa, debate expressões lusófonas no teatro e a importância da propagação em outros países falantes da língua portuguesa.
Oficina de interpretação a partir de As Três Irmãs
8 e 9/6, às 19h, gratuito (20 vagas)
Com Isabel Craveiro e Marco Antonio Rodrigues. Ação desenvolvida a partir da versão de “Três Irmãs”, de Anton Tchekhov, gerada no processo entre o encenador brasileiro Marco Antonio Rodrigues e o coletivo português Teatrão.
O Teatro Português e o Contexto Socioeconômico (encontro)
11/6, às 15h, gratuito
Com Rui Vieira Nery, serão debatidas a contemporaneidade e a forma como a Arte pode criar brechas de discussão e alternativas a uma construção hegemônica do mundo.
Autor(a):
Marcos Martins
Jornalista apaixonado pelos meios de comunicação, em especial a TV. (TWITTER e INSTAGRAM: @marcosmartinstv)