Fez História: “A Escrava Isaura”
10/08/2014 às 18h00
“A Escrava Isaura” foi uma novela brasileira produzida pela Record em 2004, baseada no romance original de Bernardo Guimarães. No entanto, em 1976, o autor Gilberto Braga já havia feito uma primeira versão do folhetim para a TV Globo.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A nova adaptação foi escrita por Tiago Santiago e Anamaria Nunes, sendo dirigida por Herval Rossano. Entre os principais atores estão, Bianca Rinaldi, Leopoldo Pacheco, Jackson Antunes, Théo Becker, Mayara Magri, Maria Ribeiro, Patrícia França, Ewerton de Castro, Renata Dominguez e Rubens de Falco.
Enredo
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Na trama que se passava no século 19 e no tempo da escravidão no Brasil, Isaura (Bianca Rinaldi) era uma escrava branca, de bom coração, bela e batalhadora. Nascida em 1835 em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, ela perdeu a mãe, serva na fazenda do comendador Almeida (Rubens de Falco), logo quando nasceu.
Com isso, foi criada por Gertrudes (Norma Blum) e por Almeida. Os dois morrem, mas Almeida deixa uma carta de alforria para Isaura. Porém, Leôncio (Leopoldo Pacheco), filho do casal que era apaixonado por Isaura, não queria que ela fosse liberta porque a amava.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Para fugir das investidas e ameaças de Leôncio, Isaura escapou com seu pai (Jackson Antunes) e assumiu a identidade de Elvira. Numa chácara perto de São Paulo, viveu um romance com o abolicionista Álvaro (Théo Becker). Mas numa festa de gala, Isaura foi desmascarada. Mais sofrimento veio pela frente até Álvaro descobrir que Leôncio estava falido. Então, Leôncio, perdeu tudo para Álvaro e acaba sendo assassinado. No fim, Isaura e Álvaro se casaram e viveram por 60 anos juntos e felizes.
No vídeo a seguir, relembre o primeiro capítulo da trama que foi ao ar no dia 18 outubro de 2004.
LEIA TAMBÉM:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
● Astro de Alma Gêmea abandona a Globo, vive de profissão comum e detona o que veterana fez: “Porr@ toda”
● Relação do Maníaco do Parque com trans é revelada e entrega o que assassino fazia no sexo: “Queria ser mulher”
● Estrela de Cheias de Charme vira faxineira para sobreviver após demissão e acaba de assumir profissão comum
Audiência
“A Escrava Isaura” caiu nas graças do grande público e trouxe uma audiência excelente para a Record após o seu maior fracasso “Metamorfoses” em 2004. Com meta de 7 pontos, a trama aproveitava a má fase do horário das sete na Globo, que exibia o fiasco “Começar de Novo”. Por isso, conquistava o segundo lugar na audiência, batendo o SBT que costumava ser vice-líder.
A novela chegou ao fim no dia 30 de abril de 2005 com uma audiência espetacular. A média foi de 19 pontos e picos de 23. Nos seis meses que ficou no ar, o folhetim registrou 12,8 pontos de média geral e 20,6% de share.
Curiosidades
Para viver Isaura, a ex-paquita Bianca Rinaldi, usou lentes de contato castanhas e cabelos escuros, ficando bem parecida com a atriz Lucélia Santos que interpretou o mesmo papel na Globo. Já os atores Rubens de Falco e Norma Blum participaram da primeira e segunda versão. Além deles, o diretor da primeira adaptação, Herval Rossano, também integrou a nova equipe, tendo o mesmo cargo de diretor.
Outra curiosidade é que ambas as versões usaram imagens de Debret, artista que representava a escravidão brasileira da época em seus quadros. A música “Retirantes”, composta por Dorival Caymmi e Jorge Amado – mais conhecida por todos pelo “lerê, lerê” – também esteve nos dois folhetins, porém a Globo a usou na abertura e a Record como trilha sonora para o tema dos escravos.
Vale ressaltar que “A Escrava Isaura” foi gravada nos pequenos estúdios da Barra Funda, em São Paulo. Por isso, nasceu a ideia de ampliar os investimentos na dramaturgia, sendo criado um complexo de estúdios no Rio de Janeiro: o RecNov, inaugurado em 2005.
Fim
“A Escrava Isaura” contou com o tradicional “Quem Matou?” na reta final. Sendo assim, vários finais diferentes foram gravados para gerar ainda mais suspense.
Na exibição original feita pela Record, Leôncio foi assassinado pelo Chico (Jonas Mello). Já na primeira reprise, ainda em 2005, teve um desfecho diferente. Foi a Rosa (Patrícia França) que assassinou o vilão. A segunda reapresentação aconteceu em 2007 de forma compacta, mas sem surpresas no final.
Devido ao grande sucesso no Brasil, assim como a adaptação de 1976, a novela fez grande sucesso no exterior. Após o fim, Bianca Rinaldi começou um tour pelo mundo para lançar a história nos lugares para onde foi vendida, tais como: Venezuela, Portugal, Paraguai, Colômbia, Uruguai, Argentina, Chile e etc.
Como a novela é lembrada até hoje, a Record fará uma nova trama sobre escravos para reverter a crise de audiência que vem enfrentando em suas últimas produções. Dessa vez a protagonista da nova história será a Juliana, mãe de Isaura que sofreu muito nas mãos de Almeida.
Você gostaria que “A Escrava Isaura” fosse reprisada mais uma vez? Deixe o seu comentário.
Autor(a):
Hudson William
Por dentro dos assuntos sobre televisão desde 2008. A partir de 2012, passou a colaborar para o TV Foco com responsabilidade e credibilidade aos leitores.