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Em 1952, estreava no rádio a “Escolinha do Professor Raimundo”, sobre o comando de Haroldo Barbosa para a Rádio Mayrink Veiga. O cenário era uma sala de aula, onde o professor Raimundo Nonato (Chico Anysio) ouvia as piadas de três alunos: o sabido, interpretado por Afrânio Rodrigues, o burro, papel de João Fernandes, e um esperto, Zé Trindade.
Em seguida, eles ganharam a companhia de um mineiro desconfiado, vivido por Antônio Carlos Pires. Devido o sucesso na rádio, o humorístico ganhou sua versão televisiva em 1957 pela TV Rio, mas apenas em 1990 o quadro foi transformado em programa solo– ideia do próprio Chico Anysio.
Nesse novo formato, a Escolinha continuou abrindo espaço para vários talentos da velha guarda e revelando jovens promessas do humor brasileiro. O sucesso foi tão grande, que a partir do dia 29 de outubro de 1990, a “Escolinha do Professor Raimundo” passou a ser exibida de segunda a sexta-feira, às 17h30.
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Em 1995 após várias mudanças de horários, o programa saiu do ar em maio. Porém, em 1999, “A Escolinha do Professor Raimundo” voltou a ser exibida como um dos quadros do humorístico “Zorra Total” no qual permaneceu até outubro de 2000.
Entre março e dezembro de 2001, houve uma última temporada da Escolinha no formato de programa com 25 minutos de duração, de segunda a sexta-feira, às 17h. A turma contava com 37 personagens: 31 alunos da sala de aula – alguns novatos e outros já conhecidos do público – e seis novos tipos que circulavam pelo pátio da escola.
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Principais personagens e bordões
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Com os bordões “vou lhe dar um zero!” e “não complica, explica””, o professor Raimundo não hesitava dar nota baixa para os alunos. Nos intervalos comerciais, ele soltava o clássico “É vapt-vupt!”. Ao final do programa, não podia faltar àquela reclamação bem-humorada do professor sobre sua remuneração: “E o salário? Ó!”.
Na turma de 1990, o mineiro Joselino Barbacena (Antônio Carlos) sempre iniciava suas explicações lembrando o seu tempo de infância: “Quando eu era criança pequena lá em Barbacena…”. No outro canto da sala, ficava o colorido Seu Peru (Orlando Drummond) sempre enroscado em seu boá cor de rosa. Afetadíssimo, o aluno vivia tentando conquistar o teacher, como chamava o professor Raimundo.
No ano de 1992, entra o malandro Bebeto (Eri Johnson). O rapaz popularizou o bordão “Ih, o cara, aê!” ao contestar as perguntas do professor e os comentários dos colegas de classe. Já o Pedro Pedreira (Francisco Milani) não gostava quando a sua opinião era negada, usando a clássica frase “Há controvérsias!”.
Paulo Cintura (Paulo Cesar Rocha) é um exemplo de boa forma e disposição. O professor de Educação Física vestia roupas atléticas e incentivava os colegas de sala de aula a praticar exercícios. Para ele, não tinha tempo ruim. Em um tom animado, Paulo entoava o seguinte bordão: “Saúde é o que interessa, o resto não tem pressa! Iiiiissa!!”.
Sempre com um presentinho à mão para agradar o professor, Armando Volta (David Pinheiro) era especialista na arte da enrolação. Referia-se ao professor como “sambarilove” e já começava assim: “Pensei: por que compra-lo, por que não compra-lo? Comprei-o-o. Aceite, é de coração, sem o menor interesse…”.
Em 2001, a sala de aula do professor Raimundo recebeu a Dona Thalia (Cláudia Rodrigues), maior beijoqueira de todos os tempos segundo ela. Apesar de sua estranha prótese nos dentes, a moça adorava contar vantagem e vivia dizendo que vários homens bonitos e famosos não desistiam dela.
Se você gosta da “Escolinha do Professor Raimundo”, desde 2010 o programa é reprisado pelo canal pago Viva, de segunda a sexta às 20h.