A série “Narcos”, estrelada em suas últimas duas temporadas pelo brasileiro Wagner Moura, definitivamente não caiu muito no gosto da família de Pablo Escobar, que teve sua história como mandachuva do narcotráfico colombiano nos anos 1980 retratada na produção da Netflix.
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Em entrevista ao jornal espanhol “El Periodico”, Sebastian Marroquin, filho do narcotraficante, morto em 1993, criticou as produções, que segundo ele, “glorificam” e “glamorizam” os crimes praticados pelo seu pai, entre elas “Narcos”. “Hoje há um culto à violência, para o qual colaboram as séries feitas sobre meu pai. Não me oponho que se conte histórias, mas sim que se glorifique os crimes e se mostre o narcotráfico de forma glamourosa. Isso confunde os jovens”, disse. “Todo o dia recebo muitas mensagens de jovens pedindo ajuda para ser como o meu pai. Querem ser bandidos, me mandam mensagens vestidos como ele, com seu bigode, seu penteado e seus trejeitos, fazendo uma ode à violência. As séries o converteram em um herói e têm instalado nos jovens a ideia de que o narcotráfico é cool”, declarou.
Marroquin disse que as produções sobre Escobar manipulam a realidade e não explicam quem de fato foi o narcotraficante. Ele ainda revela que chegou a procurar a Netflix para oferecer acesso ao arquivo que mantém com itens do pai, mas o retorno do serviço de streaming não foi o esperado. “Preferiram as invenções dos roteiristas que escrevem da Califórnia sobre a verdade que sofremos na própria carne e da qual tiramos lições. O triste é que agora haverá quem acredite que a realidade foi como a contada na série”, afirmou.
Apesar da morte de Escobar no último episódio da segunda temporada, a Netflix já confirmou pelo menos mais dois anos da série, que vai contar a história de novos narcotraficantes.
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