Financiamento de imóveis sofre mudança história com mudanças na Caixa
Nesta sexta-feira (1) entraram em vigor as mudanças nas regras da Caixa sobre o financiamento de imóveis.
Essas mudanças exigirão uma entrada maior no financiamento dos imóveis e com isso, a parcela de financiamento pela Caixa diminui.
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De acordo com informações do TV Foco com base na matéria publicada pelo G1, Caixa Econômica Federal vai mudar as regras para os financiamentos de imóveis com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e passará a exigir um valor de entrada maior dos compradores.
O banco anunciou as alterações em meados de outubro, em meio à crescente demanda por imóveis no mercado brasileiro e ao maior volume de saques da caderneta de poupança, origem dos recursos utilizados pela Caixa para os empréstimos via SBPE.
A partir desta sexta-feira (1), nos empréstimos feitos com recursos do SBPE, o banco passará a financiar a compra ou a construção individual de imóveis que tenham valor de avaliação ou de compra e venda limitado a R$ 1,5 milhão.
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O cliente também não poderá ter outro financiamento habitacional ativo com a Caixa.
No modelo válido até o fim de outubro, o banco não impunha nenhum limite para os financiamentos feitos com recursos do SBPE.
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Além disso, o cliente também podia ter outros financiamentos imobiliários ativos na Caixa na mesma modalidade.
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Os financiamentos com recursos do FGTS, por sua vez, sempre foram restritos a apenas um contrato de crédito ativo.
A porcentagem do financiamento da Caixa vai mudar?
A Caixa também fez mudanças nas cotas de financiamento. A partir dessa sexta-feira, o banco só financiará até 70% do valor do imóvel pelo Sistema de Amortização Constante (SAC). Até outubro, a cota admitida era de até 80% do valor do imóvel.
Já pelo sistema Price, o banco passará a financiar até 50% do valor do imóvel. Nesse caso, a cota era de 70%.
Na prática, isso significa que os compradores precisarão dar um valor maior de entrada no imóvel.
- Modelo SAC:
- Modelo antigo: se um imóvel valia R$ 800 mil, a Caixa financiava até R$ 640 mil (80%). Nesse caso, o mutuário pagava 20% do valor do imóvel como entrada, ou seja, R$ 160 mil.
- Novo modelo: agora, o mesmo imóvel de R$ 800 mil terá até R$ 560 mil (70%) financiados pela Caixa. Os outros 30%, por sua vez, ficam a cargo do tomador (R$ 240 mil).
- Modelo Price:
- Modelo antigo: se um imóvel valia R$ 800 mil, a Caixa financiava até R$ 560 mil (70%). Nesse caso, o mutuário pagava 30% do valor do imóvel como entrada, ou seja, R$ 240 mil.
- Novo modelo: agora, o mesmo imóvel de R$ 800 mil terá até R$ 400 mil (50%) financiados pela Caixa. Os outros 50%, por sua vez, ficam a cargo do tomador (R$ 400 mil).
Segundo a Caixa, as novas medidas não terão prazo de validade. Ou seja, as mudanças podem ser permanentes.
Segundo a Caixa, a alteração nas cotas de financiamento e a limitação no valor do imóvel a R$ 1,5 milhão não se aplicam às unidades habitacionais vinculadas a empreendimentos financiados pelo banco. Nesse caso, mantiveram-se as condições vigentes.
POR QUE A CAIXA MUDOU O SISTEMA DE FINANCIAMENTO?
A redução das cotas de financiamento e a limitação no valor do imóvel vêm diante da crescente demanda por imóveis no mercado brasileiro e pelo maior volume de saques da caderneta de poupança — origem dos recursos utilizados pela Caixa para os empréstimos via SBPE.
Além disso, segundo dados recentes do Banco Central do Brasil (BC), a caderneta de poupança registrou o maior volume de saques líquidos do ano em setembro, totalizando R$ 7,1 bilhões. Esse também foi o terceiro mês seguido de retiradas.
Mas, em nota, a Caixa informou que a carteira de crédito habitacional do banco deve superar o orçamento aprovado para o ano de 2024. Atualmente, a instituição é responsável por quase 70% do mercado.