Após fechar por falência e ter fim decretado, gigante dos eletrodomésticos ressurge com novo nome e alegra clientes
Uma das maiores redes de eletrodomésticos do Brasil sofreu com dívidas e entrou em decadência sofrendo o processo de falência, fechando as portas de suas milhares de lojas e precisando mudar o rumo para conseguir se reerguer.
Após anos longe dos negócios, vendo suas maiores rivais crescerem de forma exponencial, essa grande varejistas dos eletrodomésticos conseguiu se reerguer, quitou os débitos, mudou o nome, os investidores e o CEO e agora promete voltar a dominar o mercado.
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Em matéria publicada pela Veja em julho de 2023, a história da renovação da Ricardo Eletro foi contada, mostrando o processo para fugir da falência e voltar a abrir seus centenas de lojas espalhadas em todo o Brasil.
Segundo a Veja, a antiga Ricardo Eletro, agora atende por ‘Nosso Eletro’. As duas primeiras novas unidades da nova bandeira foram inauguradas em 2023 em Minas Gerais após conseguirem reverter a falência declarada na justiça.
A ideia, para o fim de 2024, é conseguir abrir 50 lojas no total. O movimento se dá após a pulverização da antiga rede de eletrodomésticos que estava espalhada pelo país com mais de 400 pontos de venda e que, no auge, chegou a faturar cerca de 10 bilhões de reais anuais e a empregar 30 mil pessoas, em 2023, eram cerca de cem funcionários.
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A expansão da nova rede será suportada pelo desbloqueio de valores que haviam sido penhorados pela Justiça e por meio da venda de ativos. Bianchi reclama do encarecimento do crédito diante do alto patamar dos juros no país, com a Selic a 13,75% ao ano.
“Eu acho que o Banco Central está errando a mão na questão dos juros. Não tem motivo para a gente estar com os maiores juros do mundo. A inflação não é de demanda. Esses juros altos estão castigando muito as varejistas, que vivem do crédito”, diz. “O tema da [fraude contábil da] Americanas foi negativo para todos, porque hoje os bancos estão com medo de dar crédito para as varejistas. Ficou ruim para todo mundo”, lamenta.
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O executivo conta que a dívida da empresa está calculada atualmente em cerca de 3 bilhões de reais. está em negociação com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para quitar um passivo de mais de 1,2 bilhão de reais. “É uma negociação complexa, porque envolve o pagamento de dinheiro e ativos da empresa, mas eu quero quitar esses passivos todos. Não fui eu que fiz essa dívida, mas eu quero resolver isso”, afirma Bianchi, que entrou na operação após a compra da Máquina de Vendas pelo fundo de de private equity Starboard, em 2019.
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A fundação da nova marca é uma oportunidade para se desvincular da imagem de seu antigo dono, o empresário Ricardo Nunes, que vendeu sua participação no antigo conglomerado em 2019. Fundador da Ricardo Eletro, Nunes chegou a ser condenado por corrupção ativa, em 2011, pelo pagamento de propina a um auditor da Receita Federal, e foi preso ao lado da filha, em 2020, sob a acusação de sonegação de 400 milhões de reais em impostos, ele passou um dia na prisão e foi solto após prestar depoimento. Em 2022, o Ministério Público de Minas Gerais fez outra denúncia por suspeita de sonegação de 86 milhões de reais. Hoje, o empresário dá cursos e palestras sobre gestão, marketing e vendas, e tem mais de 250 mil seguidores em seu perfil oficial no Instagram.
A RICARDO ELETRO FECHOU?
Segundo o próprio site da marca: “A Ricardo Eletro enfrentou uma fase de reestruturação e mudanças significativas em sua gestão e operações, mas não fechou completamente. Atualmente, a empresa opera cinco lojas físicas no estado de Minas Gerais, onde foi fundada”.