Gigante do varejo, rival das Casas Bahia, chega ao fim no Recife, em Pernambuco. Empresa fecha as portas e aniquila 35 lojas
Nos últimos anos, o varejo brasileiro passou por transformações profundas, impulsionadas tanto pelas mudanças no comportamento do consumidor quanto pelos desafios econômicos.
Grandes redes que antes dominavam o setor precisaram reavaliar suas estratégias, algumas migrando para o digital, outras reduzindo operações físicas e, em casos mais extremos, chegando ao fim.
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Aliás, Recife, no Pernambuco se deparou com um capítulo desse cenário de reestruturação. A principal rival das Casas Bahia anunciou o fechamento e fim definitivo de todas as suas unidades no Estado.
Os clientes que circulavam por suas lojas em busca de eletrodomésticos, eletrônicos e móveis se depararam com portas da gigante fechadas e avisos informando sobre o encerramento das operações.
A decisão, que pegou muitos de surpresa, faz parte de um movimento mais amplo de reestruturação que envolve não apenas Pernambuco, mas também diversas outras unidades espalhadas pelo Brasil.
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Conforme apurado pelo TV FOCO, o impacto desse fechamento não se limita apenas ao comércio, mas também à vida de centenas de trabalhadores que, de uma hora para outra, se viram sem emprego.
O cenário ficou ainda mais crítico com a confirmação de que 35 lojas da rival das Casas Bahia chegaram ao fim em definitivo no Pernambuco. Assim, deixando 392 funcionários sem seus postos de trabalho.
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Para quem não sabe, trata-se do fim das atividades presenciais da Ricardo Eletro, que assumiu de vez o modelo do e-commerce. A seguir, veja mais detalhes.
Fim da Ricardo Eletro no Recife, Pernambuco
De acordo com o ‘Uol’, a Ricardo Eletro, enfrentava dificuldades, entrando em recuperação judicial. O que a levou a encerrar todas as operações físicas em 2020 para apostar no comércio eletrônico.
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A decisão fez parte de um plano de transformação da rede. A empresa alegou que, desde a pandemia, o número de acessos ao seu site cresceu de maneira exponencial, reforçando o potencial das vendas online.
No entanto, o fechamento das lojas físicas e a demissão dos colaboradores marcou um triste momento para os funcionários e até mesmo para o comércio físico no país.
Para os funcionários dispensados, a empresa apresentou uma alternativa para atuarem como vendedores autônomos em sua plataforma digital, recebendo comissões sobre as vendas realizadas.
No entanto, essa proposta não foi bem recebida por sindicatos e representantes dos trabalhadores, que enxergam nessa mudança uma precarização das relações de trabalho e a perda de direitos trabalhistas.
Mais sobre o adeus do comércio físico
A rede de varejo justificou sua decisão alegando que a crise gerada pela pandemia, somada às dificuldades de importação de produtos e à redução do fluxo de caixa, comprometeu seus esforços de reestruturação.
Com uma dívida estimada em R$ 4 bilhões, a empresa busca reorganizar sua estrutura para superar esse momento de crise e seguir operando no mercado, ainda que de forma totalmente digital.
O fim das lojas em PE foi só o começo, já que a companhia encerrou suas atividades físicas em 17 estados. Totalizando cerca de 300 lojas fechadas e mais de 3.600 funcionários demitidos em todo o Brasil.
Agora, resta saber se essa aposta no comércio eletrônico será suficiente para garantir a sobrevivência da empresa ou se este será o último capítulo de uma das maiores redes varejistas do país.
Considerações finais
- O fechamento das lojas físicas da Ricardo Eletro em Pernambuco marca o fim de uma era para consumidores e trabalhadores.
- A empresa aposta no comércio digital para se manter no mercado, mas a transição gerou insatisfação entre ex-funcionários e sindicatos.
- Agora, resta saber se essa mudança garantirá sua sobrevivência ou será apenas um último esforço antes de um desfecho definitivo.
Qual a maior varejista do Brasil?
O Ranking 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro, desenvolvido pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) em parceria com a Cielo, trouxe uma lista com as 10 gigantes do setor:
- 1) Carrefour: faturamento de 115,4 bilhões de reais
- 2) Assaí: faturamento de 72,8 bilhões de reais
- 3) Magazine Luiza: faturamento de 45,6 bilhões de reais
- 4) Grupo Casas Bahia: faturamento de 36,9 bilhões de reais
- 5) Raia Drogasil: faturamento de 36,3 bilhões de reais
- 6) Grupo Boticário: faturamento de 30,8 bilhões de reais
- 7) Grupo Mateus: faturamento de 25,3 bilhões de reais
- 8) GPA Alimentar: faturamento de 20,6 bilhões de reais
- 9) Natura&CO: faturamento de 18,7 bilhões de reais
- 10) Americanas: faturamento de 17,4 bilhões de reais
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