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Fim de 900 lojas e tomada pela maior rival: Varejista nº1 acaba extinta no Brasil após 57 anos
27/02/2025 às 12h54

Fim de 900 lojas e tomada de espaço por maior rival resulta na extinção de uma varejista líder na venda de eletrodomésticos no país após anos no Brasil
No ano de 2016, o varejo brasileiro testemunhou o fim de uma das varejistas mais queridas e nº1 na vida de milhares de brasileiros, após 57 anos de história.
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Estamos falando da saudosa e icônica Insinuante que, após 57 anos sendo líder absoluta na venda de eletrodomésticos na região do Nordeste, teve sua extinção cravada ao ser engolida por sua principal rival na época, a Ricardo Eletro.
A história da Insinuante é um retrato das transformações do mercado varejista no Brasil, marcada por expansão, inovação, desafios financeiros e, finalmente, a consolidação sob uma bandeira concorrente.
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Sendo assim, a fim de relembrar essa história cheia de reviravoltas e baseada em informações obtidas pelo portal Wiki, a equipe especializada em economia do TV Foco traz todos os detalhes desses fatos marcantes para o setor.

Uma trajetória de sucesso e pioneirismo
Fundada em 1959 na cidade de Vitória da Conquista, no interior da Bahia, a Insinuante começou como uma pequena loja de calçados:
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- Ao longo das décadas, a empresa se reinventou, migrando para o segmento de móveis e eletrodomésticos e se tornando uma potência regional.
- A rede atuou em 13 estados brasileiros, operando 260 lojas, consolidando-se como a maior anunciante da região e pioneira em megalojas.
- A Insinuante era conhecida por sua forte capilaridade e penetração no mercado nordestino, além de sua capacidade de atender às demandas regionais.
- Sua estratégia de negócios incluía cinco centros de distribuição e uma operação de comércio eletrônico que atendia todo o país.
A fusão com a Ricardo Eletro e a perda de autonomia
Em 29 de março de 2010, a Insinuante anunciou uma fusão com a Ricardo Eletro, rede mineira fundada em 1989.
Na época, a holding Máquina de Vendas, que controlava ambas as redes, justificou a fusão como uma forma de fortalecer a presença nacional e competir com gigantes do varejo, como Casas Bahia e Magazine Luiza.

A ideia inicial era manter as duas bandeiras, aproveitando a força das marcas regionais. No entanto, a realidade mostrou-se diferente, conforme explicaremos mais à frente…
Na época, a rede baiana, embora fosse líder no Nordeste, enfrentava desafios financeiros e operacionais que a tornaram vulnerável.
A Ricardo Eletro buscou expandir nacionalmente e viu na Insinuante uma oportunidade de consolidar sua presença no Nordeste, onde a marca já estava estabelecida.
Um duro golpe!
Em 10 de abril de 2012, a Insinuante sofreu mais um revés…
Isso porque um incêndio de grandes proporções atingiu o centro de distribuição da Insinuante em Lauro de Freitas.
O incidente mobilizou cinco equipes do Corpo de Bombeiros e causou prejuízos significativos, embora a empresa não tenha divulgado estimativas oficiais dos danos.
Ou seja, como dois mais dois é igual a quatro, o incêndio agravou os desafios financeiros da rede, que já enfrentava pressões competitivas e a necessidade de modernização.
Quando a Insinuante acabou de vez?
Em 11 de abril de 2016, a Máquina de Vendas encerrou as marcas Insinuante, Eletro Shopping, City Lar e Salfer, consolidando sua operação sob uma única bandeira.
Ou seja, além das lojas da Insinuante, havia as lojas das demais que compunham a Máquina de Vendas, as quais totalizavam 900 unidades fechadas com esse fim.
A decisão foi parte de uma reestruturação do grupo, que optou por concentrar esforços na bandeira Ricardo Eletro.
Inclusive, podemos dizer que a extinção da Insinuante foi, em grande parte, resultado da perda de autonomia após a fusão com a Ricardo Eletro.

A rede baiana, com dificuldades financeiras, foi tomada pela rival mineira. Uma vez que a nova administração priorizou a expansão da própria marca, resultou no declínio da Insinuante.
Ao procurar declarações sobre o ocorrido por parte da empresa, as mesmas não foram encontradas. No entanto, o espaço segue aberto.
O que podemos aprender com o fim da Insinuante?
O fim da Insinuante marcou o encerramento de uma era para o varejo nordestino.
A empresa, que começou como uma pequena loja de calçados no interior da Bahia, transformou-se em uma gigante do setor, com forte identificação regional e contribuição significativa para a economia local.
Sua história reflete os desafios e as transformações do varejo brasileiro, especialmente em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado.
Apesar de sua extinção, a Insinuante deixou um legado duradouro, especialmente no Nordeste, onde sua marca permanece na memória de milhões de consumidores.
A história da rede também serve como um alerta sobre os riscos de fusões e aquisições, onde marcas regionais podem perder sua identidade e autonomia em meio a estratégias de consolidação nacional.
Conclusão:
Em suma, o fim da Insinuante, após 57 anos de história, foi marcado pela fusão com a Ricardo Eletro em 2010, que resultou na perda de autonomia da marca baiana.
Apesar de inicialmente manterem as duas bandeiras, a estratégia de consolidação da Máquina de Vendas priorizou a expansão da Ricardo Eletro, levando ao fechamento gradual das lojas da Insinuante, como das demais que compunham a holding até sua extinção oficial em 2016.
Mas, para saber sobre mais informações e fatos relevantes das principais varejistas brasileiras, clique aqui.*
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.