Decretou falência: O fim de empresa tradicional comunicada por Bonner no JN, após 25 anos no Brasil

Empresa foi responsável pela impressão das provas do Enem e esteve atuando por quase três décadas

Uma multinacional virou alvo de uma reportagem exibida no Jornal Nacional, no horário nobre da Globo. Narrada por William Bonner, a empresa gigante teve falência decretada e a ação foi exposta ao público da emissora.

A RR Donnelley teve uma participação importante no Brasil. Desde 2009, o grupo vinha sendo responsável pela impressão das provas do Enem. Na época, eles haviam sido contratados com urgência, após os testes serem roubados da antiga gráfica.

Em um comunicado divulgado, a empresa alegou que pediu falência por conta das difíceis condições de mercado e pela redução no volume dos pedidos. Isso aconteceu em abril de 2019, quando eles ainda estavam encarregados pelo concurso público.

Apesar da situação inesperada, o cronograma do Enem foi mantido normalmente pelo Inep. Em contrapartida, funcionários da RR Donnelley protestaram e fecharam as pistas da Rodovia Anhanguera, em Osasco, na Grande São Paulo, onde ficava a sede da firma.

Empresa responsável pela impressão das provas do Enem teve falência decretada em 2019, expôs o Jornal Nacional (Foto: Divulgação / Inep)

Leilão do patrimônio

No ano passado, os bens da editora foram leiloados. De acordo com a reportagem, foram avaliados imóveis, maquinários, veículos e outras várias propriedades. Na época da falência, a empresa chegou a divulgar que não teria como arcar com o pagamento dos colaboradores.

Já na ação, que correu na 01ª Vara Cível do Foro da Comarca de Osasco, o patrimônio teria sido estimado em cerca de R$ 224 milhões. Os leilões serão conduzidos por Fernando Cerello, no início de 2022, após 3 anos do início do processo de falência do grupo multinacional.

O patrimônio da RR Donnelley teria sido estimado em R$ 224 milhões (Foto: Patrick Rodrigues)

O que aconteceu com a RR Donnelley?

A empresa foi responsável pela impressão das provas do Enem por 10 anos. Em 2019, eles tiveram falência decretada na Justiça.