FIM

Estouro de cofres: O triste fim de montadora gigantesca após décadas que foi comprada e engolida pela Fiat

19/07/2023 às 17h51

Por: Bruno Zanchetta
Imagem PreCarregada
Logo da Fiat e cofre (Reprodução - internet)

Montadora gigantesca precisou decretar o fim e foi engolida pela FIAT

Uma montadora gigante que buscou em toda a sua trajetória as novas tecnologias e entregar o melhor produto aos brasileiros, foi engolida pela Fiat.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Hoje nós falaremos da primeira fábrica de caminhões do Brasil, que usava tecnologia Alfa Romeo para entregar o melhor produto possível em seus pesados.

Estamos falando da FNM (Fábrica Nacional de Motores) que nasceu em 1949, vindo bem antes da Volkswagen, Scania e Fiat na produção de veículos automotores no Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo o site ‘Auto Livraria’, a história da FNM se inicia em 1942, a montadora foi criada pelo governo de Getúlio Vargas, a empresa tinha a finalidade de construir motores de aviões com tecnologia da Wright norte-americana para a Segunda Guerra Mundial.

O primeiro motor saiu em 1946, pós segunda guerra, na fábrica em Xerém, no Rio de Janeiro, tendo que então, fazer da fábrica um outro objetivo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Após estudos minuciosos da JEEP e de outras montadoras que fabricavam caminhões, a empresa que no futuro seria engolida pela Fiat achou a solução em 1949.

Um acordo com a Isotta-Fraschini italiana para fabricação de seus caminhões sob licença. Embora a empresa europeia estivesse em falência, o FNM D-7300, variação do D-80 da Isotta, entrou para a história como o primeiro caminhão produzido no Brasil.

LEIA TAMBÉM:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com capacidade de sete toneladas de carga, o modelo usava motor a diesel de seis cilindros e 7,3 litros (daí o número 7300) com injeção direta e potência de 100 cv, transmissão de cinco marchas e freios hidráulicos. A cabine recuada deixava o capô saliente, o para-brisa era bipartido e, no interior, os instrumentos vinham no centro do painel.

QUAL A RELAÇÃO COM A MONTADORA ITALIANA?

Certo, mas quando que a Fiat entra nessa história? Com o tempo a tecnologia da FNM começou a entrar em defasagem, deixou de ser novidade, os caminhões não eram fabricados com atualizações e as vendas começaram a ter baixas.

Segundo o site Auto Livraria, a Mercedes-Benz e Scania-Vabis, concorrentes diretos da FNM chegaram ao Brasil entregando mais.

A maior fábrica de caminhões pesados do Brasil era colocada à venda em 1967, tendo assumido a própria Alfa Romeo na produção dos caminhões.

Apesar das novas tecnologias e das boas vendes após a Alfa Romeo assumir, foi quando a Fiat se juntou a montadora italiana que as coisas mudaram.

A Fiat adquiria da Alfa Romeo 43% das ações da FNM, mantendo-se 51% nas mãos da Alfa. Em 1976 o logo da FNM passou a ser apenas visível acima do da Fiat e os novos caminhões foram apresentados no salão do automóvel.

No mesmo ano, a Fiat assumia as ações da FNM que pertenciam à Alfa, ganhando o controle de 94% da empresa. A montadora se manteve operando até 1985, quando chegou ao fim.

Depois de 36 anos da pioneira cooperação com a Isotta-Fraschini, a trajetória da FNM chegava ao fim com 78 mil caminhões fabricados, cerca de 55 mil deles com a famosa combinação de três letras na grade.

fiat
FNM

Sou Bruno Zanchetta, jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo. Há mais de 4 anos com experiência em redação jornalística, análise e métricas de SEO. Especialista TV Foco em matérias automotivas e esportivas, mas, escrevo um pouco de tudo. Triatleta e torcedor do São Bernardo Futebol Clube! Bruno Zanchetta no linkedin e meu e-mail profissional é: [email protected]

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.