Falência e dívida de R$ 200 milhões: O triste fim de supermercado rival do Carrefour, após sucumbir à crise

Rede foi uma das maiores da Região Norte, mas não resistiu ao processo de recuperação judicial e teve falência decretada

O Supermercado Gonçalves esteve por quase 30 anos em atividade, até ser obrigado a baixar as portas. Isso aconteceu em 2019, quando o grupo anunciou que faliu, depois de prejudicar mais de mil funcionários.

Na época, todos eles tiveram seus salários atrasados e direitos trabalhistas colocados em risco por conta da crise da empresa. Antes disso, em 2016, a marca havia entrado com um pedido de recuperação judicial na 6ª Vara Cível de Porto Velho, em Rondônia.

O Supermercado Gonçalves, que disputou clientes com o Carrefour, teve falência decretada em 2019 (Foto: Reprodução / G1)

O processo, exposto pelo G1, mostra que o Supermercado Gonçalves citou a queda de faturamento que aconteceu na crise macroeconômica brasileira, após as eleições de 2014, além das taxas de juros, elevação dos custos financeiros e redução nos lucros.

Contudo, a Justiça também apontou que a empresa havia feito investimentos milionários nas unidades espalhadas pelo Norte, em um novo empório e na construção de uma indústria. Infelizmente, os investimentos não deram certo e acabaram causando um alto prejuízo.

Durante quase três décadas de funcionamento, a rede Gonçalves chegou a abrir lojas nas cidades de Porto Velho, Rico Branco, Ariquemes, Buritis e Ji-Paraná. Após a ação, os bens da marca foram leiloados para pagar os funcionários e fornecedores prejudicados.

Ainda segundo o G1, o patrimônio em massa foi avaliado em torno de R$ 80 milhões. Porém, as dívidas já estavam perto de R$ 200 milhões.

O Supermercado Gonçalves encerrou as atividades com dívidas de R$ 200 milhões (Foto: Reprodução / G1)

Qual o maior supermercado no Brasil?

O Pão de Açúcar é a quarta maior rede do ramo no país, com um valor comercial de R$ 18,5 bilhões. No primeiro lugar fica o grupo francês do Carrefour, com ações que chegam aos R$ 108 bilhões. Em segundo, aparece o Assaí Atacadista, seguido pelo Grupo Mateus.