R$2 bilhões: Fim de uma era chega do Bilhete Único aos metrôs e CPTM de SP e novo substituto apavora paulistas

Fim de uma era no Bilhete Único e meios de transporte, como metrôs e os trens da CPTM, preocupa residentes de São Paulo

Quem depende do transporte público sabe bem a importância que o Metrô, os trens da CPTM e até mesmo os cartões de Bilhete Único tem.

Ainda mais na região de São Paulo, aonde a maioria dos residentes dependem do mesmo para se locomover ao trabalho, faculdade e compromissos diversos todos os dias.

Porém, o fim da era do serviço público nesses meios tem se aproximado cada vez mais e a substituição por empresas privadas é algo que causa pânico em modos gerais e por razões quase que óbvias.

Preocupação geral do povo

Isso porque os efeitos causados por elas tem atingido em cheio o estado, principalmente o setor do transporte público, como os repasses de recursos do Bilhete único, Metrô e CPTM.

Conforme os dados obtidos de forma exclusiva pelo UOL, há uma queda dramática nos repasses para as empresas públicas após a concessão de linhas para a iniciativa privada.

No ano de 2018, antes das concessões das linhas 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda à ViaMobilidade, tanto o Metrô como a CPTM receberam aproximadamente R$ 1,8 bilhão do Bilhete Único.

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Porém, comparado a 2023, esse repasse despencou para apenas R$ 260 milhões, enquanto as linhas operadas por concessionárias privadas viram seu repasse subir para R$ 2,3 bilhões.

Essa análise dos números expostos pelo portal revela uma disparidade alarmante!

Isso porque enquanto Metrô e CPTM transportaram mais que o dobro de passageiros (1,23 bilhão), receberam significativamente menos recursos (R$ 460 milhões) do que as concessionárias privadas, que transportaram cerca de 500 milhões de passageiros e receberam R$ 2 bilhões.

O Bilhete Único, por sua vez, tem uma importância imensurável.

Afinal de contas, ele representa a principal fonte de receita tarifária para as operadoras de transporte público em São Paulo, totalizando R$ 7,1 bilhões só em 2023.

No entanto com a substituição por concessionárias privadas, as mesmas acabaram tendo prioridade na hora de receber sua fatia desse montante.

O que deixou o tanto o Metrô como a CPTM com uma parte substancialmente menor.

Impactos

Essa distorção nos repasses tem consequências diretas para as finanças das empresas públicas, que enfrentam um desequilíbrio financeiro cada vez maior.

Para compensar as perdas, o Estado precisa intervir por meio de um termo de “recomposição tarifária”, injetando recursos adicionais nos cofres do Metrô e da CPTM, o que já totalizou quase R$ 600 milhões em 2022.

Quais outros problemas nos transportes públicos as privatizações tem causado em SP?

Agora, falando além dos números que representam os impactos financeiros, as privatizações também têm gerado problemas operacionais, como:

• Falhas frequentes;
• Atrasos;
• Superlotação dos vagões, como evidenciado nas linhas operadas pela ViaMobilidade e ViaQuatro.

Nem precisa dizer que esses problemas comprometem (e muito) o serviço prestado à população e contradizem de forma massiva as promessas de eficiência feitas pelos defensores das privatizações.

O anúncio do Governador Tarcísio de Freitas em avançar cada vez mais na privatização de outros setores, como água, saneamento e transporte ferroviário, levanta preocupações pertinentes quanto ao futuro dos serviços públicos em São Paulo.

Afinal de contas, empresas privadas visam o lucro acima de tudo e não exatamente o bem estar coletivo.