Briga chegou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, envolvendo franqueado; a empresa se pronunciou em nota após a repercussão do caso
Em 2016, algumas das unidades da Boticário, em João Pessoa, na Paraíba, passaram por um forte momento de crise. Com as prateleiras vazias, parte delas precisaram a fechar as portas no município, dominado por um único franqueado.
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Na época, de 17 lojas na capital paraibana, restaram apenas 2 abertas, causando a demissão de mais de 200 pessoas e uma série de brigas na Justiça. Douglas Nunes, o responsável, comandava os pontos da marca na região há mais de 30 anos, mas, após uma estratégia geral da companhia, alegou ter enfrentado problemas.
Segundo o Uol, o caso chegou a ser denunciado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que cuida da concorrência de mercado no Brasil. Para quem não acompanhou, houve denúncias de que os planos da Boticário, que vinha implantando revendedores diretos, causaram a falência de franqueados e demissões em massa.
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O modelo já era usado por outras concorrentes, como Jequiti, Avon e Natura. Porém, para aqueles que mantinham lojas abertas, essa estratégia se tornou um problema. Ainda de acordo com a publicação, surgiram reclamações também nos estados de Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro, apontando supostos prejuízos financeiros pela manobra.
Em nota, o Grupo Boticário afirmou que, naquele momento, existiam mais de 900 franqueados no país e que os casos eram totalmente pontuais. “A gestão administrativa e financeira das lojas é de responsabilidade exclusiva do franqueado, o que implica a responsabilidade pelos funcionários das lojas que o franqueado opera”, disse sobre os processos.
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No ano passado, em 2023, a marca atingiu a abertura de 3.687 lojas no Brasil. Eles lideram em quantidade de unidades abertas, enquanto a concorrente, Natura, se destaca na consultoria e mercado digital. Ambas disputam pelo mesmo tipo de público.
Quando surgiu o Grupo Boticário?
Hoje na lista das maiores do Brasil, a marca surgiu como uma farmácia de manipulação, na década de 70. O responsável foi o empresário Miguel Krigsner, que é o fundador e dono do nome da popular empresa. Segundo a Forbes, ele está entre os homens mais ricos do Brasil.
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