Chegada de uma nova moeda criada pelo Banco Central pode “enterrar” o Real de vez da vida dos brasileiros e anúncio oficial sobre como ela irá funcionar é emitido
Como muitos sabem, o Banco Central, mais conhecido como apenas BC (ou Bacen), desempenha um papel extremamente importante pois além de gerenciar o meio circulante, garantindo à população o fornecimento adequado do dinheiro, ele também cuida para que o poder de compra esteja estabilizado.
Ele ainda zela por um sistema financeiro sólido, eficiente e competitivo, fomentando o bem-estar econômico da sociedade. Isso sem mencionar que o BC ainda intermedia falências e ainda lança inovações em ferramentas financeiras.
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Como ocorreu ainda no ano de 2020, quando o Banco Central superou todas as expectativas ao criar o PIX, que acabou se tornando o método mais usado de pagamento da maioria dos brasileiros. Falando em novidades, uma das mais comentadas nos últimos meses é a chegada do tão aguardado DREX.
Para quem não sabe, essa inovação se trata de uma moeda digital nacional que pode enterrar de vez o dinheiro em papel, ou popularmente chamado de “dinheiro vivo”, marcando assim, o fim de uma era …
Fim armado
Aliás, quem aqui nunca ouviu a expressão: “Pagamento em dinheiro vivo”? Pois é, apesar da tecnologia cada vez mais acessível e o PIX estar cada vez mais democratizado, muitas vendinhas ou mercadinhos menores ainda exigem esse tipo de transação ao comercializar seus produtos.
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Porém, isso não muda o fato de que a maioria dos estabelecimentos locais já abandonaram o uso do dinheiro em papel e aderiram de vez o recebimento de valores por meio do PIX.
Diante desses dados, existem ao menos 4 projetos de leis anunciados, em andamento na Câmara dos Deputados, que visam por FIM na circulação de dinheiro em espécie no Brasil.
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Um deles se trata do Projeto de Lei 4068/20, proposto pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que visa abolir o uso de dinheiro em espécie em todas as transações financeiras do país, tornando obrigatório o uso de meios digitais para pagamentos.
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O projeto ainda está em tramitação na Câmara e atualmente aguarda parecer da Comissão de Desenvolvimento Econômico (CDE).
Só ano passado, houve 1,181 bilhão de emissões, número próximo ao de 2016, quando 1,161 bilhão de novas notas foram impressas; Veja abaixo quanto custou a impressão de novas notas desde 2016:
• 2016: R$ 299.853.616
• 2017: R$ 319.268.487
• 2018: R$ 432.306.637
• 2019: R$ 485.958.328
• 2020: R$ 527.960.073
• 2021: R$ 624.654.989
• 2022: R$ 489.626.29
Vale destacar que em julho de 2024, o Banco Central chegou até a afirmar que iria extinguir a primeira família do real, como podem ver através desse link*
Chegada do DREX- O “novo Real”
Como mencionamos logo no inicio desse texto, há ainda em andamento a chegada do DREX, um dos projetos mais inovadores e que prometem modificar a forma como os brasileiros fazem seus pagamentos.
Estamos falando do DREX, uma nova moeda digital nacional que nem lançou e já tem dado muito o que falar. Em nota, o Banco Central afirmou que: “O real digital é uma expressão da moeda soberana brasileira, que está sendo desenvolvida para dar suporte a um ambiente seguro onde empreendedores possam inovar e onde os consumidores“
Fora isso, o Banco Central afirma que esses mesmos brasileiros, com o DREX, irão ter acesso às vantagens tecnológicas trazidas por essas novas ferramentas, sem que para isso precisem se expor a um ambiente financeiro não regulado.
Ou seja, em paralelo com esse possível fim da moeda física, a chegada dessa nova moeda, aprovada pelo BC, está entre os assuntos mais comentados do setor financeiro.
Inclusive de acordo com o G1, tanto a Caixa como o Banco do Brasil, já realizaram as primeiras transferências com essa nova modalidade.
Tal operação envolveu o envio de reservas bancárias em um ambiente de testes do Banco Central (BC). Vale destacar que o Drex ainda está em processo de implementação pelo BC e ainda não tem um cronograma OFICIAL de lançamento, embora a previsão era para o fim de 2024.
Banco do Brasil e Caixa Econômica à frente:
Vale dizer que, conforme exposto pela própria Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, as primeiras transações foram realizadas entre os dias 30 e 31 de agosto de 2023.
Primeiro, os valores em moeda digital foram transferidos da carteira do Banco do Brasil para a Caixa e, em seguida, foram enviados pela Caixa à carteira do BB.
Ainda em agosto de 2023, através de um comunicado oficial, juntamente com as propostas atreladas ao Banco Central, a até então era presidente da Caixa, Maria Rita Serrano*, declarou: “Estamos entusiasmados com os resultados positivos até agora e ansiosos para explorar ainda mais o potencial das moedas digitais e das transações ágeis”
(*De acordo com o portal Valor, Maria Rita Serrano foi comunicada da sua demissão, no dia 25 de outubro, pelo próprio presidente, em reunião realizada no Palácio do Planalto)
Já a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, afirmou ser um passo importante em direção a um sistema financeiro mais eficiente: “O Drex é mais uma iniciativa bem-sucedida, em que teremos a possibilidade de melhorar serviços bancários com a adoção da tecnologia blockchain e a tokenização.”
Na prática, a moeda digital nada mais é do que uma nova representação do Real, que pode vir a substituir, só que 100% disponível em uma plataforma digital. Ou seja: o Drex será o novo Real, porém no campo virtual.
A expectativa da Caixa é que, com a chegada do Drex, os serviços financeiros sejam melhorados e barateados:
“Um exemplo prático é a previsão de que o financiamento de um imóvel, por exemplo, poderá ser realizado em questão de horas. Isso acontecerá uma vez que, tanto o dinheiro quanto o imóvel, serão tokenizados”
Reais impactos na vida dos brasileiros:
De acordo com o portal Terra, o Drex, trará impactos para o setor financeiro, tanto para empresas, quanto para o cotidiano das pessoas. Emitida e regulada pelo Banco Central (BC), a moeda será usada para transações como compras, pagamentos e recebimentos.
Quanto às empresas, essa nova tecnologia deve estimular a criação de novos modelos de negócios e serviços.
Agora quando falamos em pessoa física, essa nova moeda permitirá o acesso a outros serviços financeiros, que ainda estão sendo desenvolvidos, como contas digitais, aplicativos e plataformas de pagamento.
Vale dizer que diferente do Pix, que é um meio de pagamento, o Drex é a representação do real em forma digital, ou seja, 1 Drex será equivalente a R$1. Na prática, será possível transferir a moeda digital via Pix.
Atualizações:
De acordo com o portal SUNO, o Banco do Brasil começou a testar um simulador de operações com o DREX, a versão digital do Real, utilizado pelos funcionários de áreas de negócio.
De acordo com o BB, essa plataforma permite que a simulação da emissão, do resgate e da transferência da nova moeda digital, além da realização de operações com títulos públicos federais tokenizados. No total são 3 perfis de público:
- Clientes, para operações entre clientes pessoas físicas ou jurídicas;
- Instituição financeira, para operações entre contas do BB e de outros bancos;
- TPFt, para os títulos públicos.
Após escolher o perfil, o usuário seleciona a operação que fará. O simulador servirá para que os funcionários do banco passam a compreender melhor como funciona essa moeda digital, que atualmente está em fase de testes.
Como ficou claro acima, o BB é uma das instituições que fazem parte do piloto do Drex, comandado pelo Banco Central.
O simulador é uma das tecnologia que o banco está mostrando no Febraban Tech, realizado nesta semana em São Paulo.
Vale dizer que o Drex será uma moeda de atacado, o que significa que o cliente precisará da intermediação de um banco para fazer transações.
Essa medida foi uma forma encontrada de evitar que o uso da versão digital do Real gere a chamada desintermediação, que é a migração de transações financeiras e de valores financeiros para fora do balanço dos bancos.
Quando que o DREX será implementado de vez?
Como dito mais acima, ainda não há uma data específica para o lançamento do Drex. A disponibilidade das ferramentas para a população depende do Banco Central, que é quem coordena o piloto da moeda digital e avaliará os casos de uso trazidos pelos bancos.