A possibilidade do cartão de crédito chegar ao fim no Brasil pode assustar milhões de pessoas, mas a realidade pode ser diferente
O cartão de crédito é uma modalidade que ajuda milhões de pessoas em todo mundo. Os brasileiros também são grandes usuários do tipo de pagamento, mesmo com a criação do Pix. A existência dessa modalidade, no entanto, pode acabar, segundo o próprio Banco Central.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, já deu uma declaração intrigante sobre a possibilidade do cartão de crédito deixar de existir. O executivo acredita que a utilização do Pix em modalidade de crédito pode mudar toda a estrutura de pagamentos no Brasil.
Durante evento no Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Campos Neto declarou que está em estudo essa modalidade, que será ainda mais simples e com menos taxas do que no método tradicional.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Com o crédito no Pix você não precisa mais, em tese, de cartões de crédito ou de MDR (taxa de desconto que as credenciadoras recolhem dos lojistas). Você consegue replicar o fluxo que hoje o cartão de crédito faz entre o banco, o lojista e o consumidor”, declarou.
ENDIVIDAMENTOS
O presidente do Banco Central adiantou os estudos sobre as mudanças na utilização do cartão de crédito, que atualmente é o maior responsável pelo endividamento no país.
“Cartões puxam o spread [diferença entre o preço de compra e venda de uma ação, título ou transação monetária] muito para cima. A inadimplência no cartão de crédito subiu para 52%”, afirmou.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O CARTÃO DE CRÉDITO ABACARÁ NO BRASIL?
De acordo com o portal Terra, a ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) avaliou quais são os riscos para as empresas com a chegada do Pix no crédito.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A associação avalia que o consumidor seguirá tendo diversas opções de meios de pagamento à disposição, adequadas a diferentes realidades e situações.
“A Abecs entende que o Pix é mais uma ferramenta que ajuda a ampliar a digitalização da economia e a inclusão financeira da população. A competição entre os arranjos, desde que sob as mesmas regras e condições, é saudável e acarretará benefícios para o consumidor e a sociedade como um todo”, afirmou.