Final de “Vitória” foi uma verdadeira lição para “Império”

21/03/2015 às 12h23

Por: Maurício Freitas
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Novela foi bem na audiência

Novela foi bem na audiência

Novela foi bem na audiência

Recentemente Globo e Record terminaram suas respectivas novelas, “Império” e “Vitória”. Em questão de audiência é injusto comparar,  uma vez que, a novela das 9 global é o produto de maior audiência do país, recebe em alta, e é tradição da família brasileira. Na emissora dos bispos, a novela mesmo tendo um concorrente tão forte, não conseguiu crescer, isso é fato, porém não teve queda em seus números, mesmo concorrendo na última semana com a reprise de “Carrossel”.

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Assisti na medida do possível as duas novelas. “Império” tinha personagens bem construídos, um protagonista forte, que certamente está marcado na teledramaturgia brasileira, porém errou feio em seus vilões, que só foram realmente descobertos meses depois. Em “Vitória” aconteceu o contrário, a novela tinha temas fortes e que foram abordados de forma correta, a vilã neonazista Priscila Schiller (Juliana Silveira) e vilão com problemas mentais Iago (Gabriel Gracindo) deram um verdadeiro show de atuação e merecem aplausos. Em contrapartida os protagonistas por muitas vezes faltou história e a famosa “barriga” apareceu, literalmente.

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Ao assistir os dois finais, me decepcionei fortemente com a trama de Aguinaldo Silva, e não apenas pela morte do Comendador, mas pela cena lenta do sequestro da Cristina, que demorou mais da metade do capítulo final para se desenvolver, de personagens que mal apareceram no encerramento, a sensação que tive é que a novela não estava acabando. Definitivamente o autor não escreveu para a massa, escreveu para um pequeno grupo de telespectadores e para ele mesmo, talvez por isso que o final desagradou tanto e foi recorde de rejeição.

A morte do vilão Iago. Foto reprodução.

A morte do vilão Iago. Foto reprodução.

Na Record Cristianne Fridman saiu dos tradicionais casamentos, mostrou o desfecho dos dois vilões da trama, conseguiu mostrar todos os personagens, e concluiu dentro do possível, a doença da personagem Zuzu que tinha Alzheimer com um belo discurso entre o coração e a razão.

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Das críticas ao elogio, lembrei-me do que aconteceu há alguns anos, quando Aguinaldo e Cristianne escreviam simultaneamente “Fina Estampa” e “Vidas em Jogo”. Na época houve uma enxurrada de críticas negativas a trama global, cenário diferente da novela dos bispos que foi aclamada pelo final inovador. Parece que a história se repetiu. Analisando as duas tramas cheguei a uma conclusão, a Globo pode até ter a melhor novela, os melhores atores e diretores, mas sem dúvida a Record sabe encerrar como ninguém uma trama.

Por: Mauricio Freitas

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