Será que está começando a fase na qual a Record procurará humildemente o seu lugar?
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Tem sido comum ligarmos as demissões da Record à falência da rede; e se for adaptação? Durante anos vimos investimentos em novelas, minisséries, autores e artistas globais, até o Gugu foi roubado do SBT; perdão, roubado não, na verdade foi uma roubada para a Record; altas verbas em tecnologia, grandes seriados e longas, chegaram ao ponto de apresentar duas novelas inéditas por dia. Vimos até a substituição da Rede Mulher, de péssima qualidade, pela grande Record News.
Esta última sangrou desde seus primeiros minutos, mas a rede não desistiu, providenciou modificações na programação, chamou Heródoto, renovou os equipamentos e mesmo assim não decolou. Os sonhos iniciais iam além da tv, pensavam em construir uma rede de rádios como a CBN, sonharam com jornal, porém tudo isso sempre dava em água.
Mantiveram os investimentos, conseguiram exclusividade em grandes competições, não pouparam nas equipes, suportaram com firmeza a ideia de crescer. Viram, então, sua audiência empacar em meros 6 pontos na média. Aí não tem jeito. Manter o ritmo e atolar em dívidas ou reajustar tudo e ir construindo as novas estruturas com os pés firmes no chão? Sonhar já foi sonhado. Esta experiência já tiveram – como Sílvio, também – agora está na hora de dançar conforme a música.
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Nós, telespectadores não podemos reclamar das investidas da Record. Presenciamos toda esta luta, porém suas novelas despencaram de 20 para 8 pontos, suas minisséries passaram a ser apresentadas em horário morto pela novela da maior rival; seriados inéditos se viram estrangulados em 5 de audiência; programa voltado para o mundo cão, que na Band chegava nos 12, na Record patinou. Se novelas não atiçam o público, se Datena não recebe nossa atenção, se apresentam um jornalístico como o Domingo Espetacular e o veem perder para algo bem mais simples como o Programa Sílvio Santos, está na hora de puxar o freio, diminuir o custo, garantir a verba e rever as condutas.
A luta da Record para abocanhar mais verbas do mercado publicitário só fez a concorrente apurar sua programação. Lá nas alturas mantém-se a Globo, a mesma que derrubou a Manchete, prostrou o SBT e, agora, ensina mais uma a se conter. Não dá, é complicado, não basta dinheiro, não adianta ter milhões de evangélicos. A luta foi bonita, e ainda continuará, mas em outros termos. É isso aí, Record, mantenha-se firme, não se permita falir como a rede dos Bloch, nem travar como os Abravanel, muito menos aceite tranquilamente a vida de quarto lugar como os Saad. Invistam, sim, e saibam usar toda esta experiência acumulada, a de vocês e dos seus “concorrentes”. Vocês já tiveram diversos exemplos em sua programação comprovando que o brasileiro muda, basta acertar o ponto. Será que está começando a fase na qual a Record procurará humildemente o seu lugar?
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