Açougue de Campo Grande é flagrado com 58kg de frango e salsicha podres. Anvisa em alerta
Um cenário preocupante envolvendo a segurança alimentar veio à tona recentemente, acendendo um alerta importante para consumidores e autoridades. Operações de fiscalização são essenciais, todavia, nem sempre conseguem evitar que situações de risco ocorram em estabelecimentos comerciais.
A partir de informações divulgadas pelo portal “Campo Grande News”, a equipe do TV Foco, especializada em notícias sobre vigilância sanitária e direitos do consumidor, traz agora mais detalhes sobre o assunto.
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A situação específica se desenrolou em um mercado localizado na Rua Padre Mussa Ruma, no Bairro Jardim Itamaracá, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
A Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon) realizou a prisão em flagrante do proprietário do estabelecimento em janeiro de 2025.
Flagrante de irregularidades graves
Durante depoimento à polícia, o dono do mercado, um homem de 51 anos, sócio do local há aproximadamente 11 anos, apresentou justificativas para as condições encontradas. Ele afirmou que a carne estragada localizada na câmara fria seria descartada.
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O comerciante alegou que o descarte estava previsto “provavelmente” para o sábado seguinte à fiscalização, pois dependia da coleta por uma empresa especializada. Contudo, admitiu não possuir a autorização necessária do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) para o manejo.
Adicionalmente, sobre produtos destinados ao preparo de linguiças, ele argumentou que as etiquetas estavam apenas manchadas, mas que a validade se estendia até 2025.
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A falta de documentação adequada é um problema sério, similar a casos que levaram a Vigilância Sanitária a fechar estabelecimentos populares.
Diversidade de produtos inadequados
A inspeção revelou ainda mais problemas em outras áreas do mercado. Na segunda câmara fria, o empresário confirmou a presença de produtos sem identificação clara ou data de vencimento visível.
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Além disso, o empresário reconheceu a existência de salsichas vencidas, explicando que açougueiros diaristas as compraram em grande quantidade e as manusearam de forma incorreta.
Quanto aos 75 frascos de vacinas para animais encontrados, o proprietário justificou que eram remanescentes de uma propriedade rural vendida e foram levados ao mercado “sem maldade”.
Os peixes apreendidos, segundo ele, provinham de uma piscicultura particular na antiga chácara, por isso, não possuíam registro ou inspeção sanitária. Ele também confessou que as linguiças eram fabricadas no próprio açougue, o que explicaria a falta de rótulo, e que a carne suína esbranquiçada devia-se ao gelo.
Qual foi a decisão sobre a prisão do proprietário?
Apesar da série de irregularidades flagradas em janeiro de 2025, o delegado Reginaldo Salomão, responsável pela investigação, optou por homologar o auto de prisão em flagrante.
Assim sendo, o delegado não representou pela prisão preventiva do comerciante de 51 anos. O empresário, no entanto, ainda deverá passar por uma audiência de custódia para definição de sua situação legal.
Itens apreendidos na operação
A ação da Decon resultou na apreensão de um volume considerável de produtos impróprios para consumo ou em situação irregular, incluindo:
- 272 kg de carne suína com alterações visíveis de cor e odor;
- 235 unidades de salsichas vencidas há mais de três meses;
- 58 kg de frango em condições inadequadas;
- 32 kg de linguiça calabresa irregular;
- 538 kg de peixes com vísceras, sem qualquer selo de procedência, indicando produção clandestina;
- 75 frascos de vacinas para uso animal.
Considerações finais
Este flagrante em em açougue de Campo Grande reforça a necessidade constante de fiscalização por parte dos órgãos competentes, como a Anvisa e vigilâncias locais, para assegurar a qualidade dos alimentos.
Portanto, a colaboração da população em denunciar irregularidades e a atenção às condições dos produtos são fundamentais para proteger a saúde coletiva contra riscos sanitários.