E o caso do assassinato do pastor Anderson do Carmo pode estar próximo de ser desvendado. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso determinou que as investigações sobre a deputada Flordelis não têm nada a ver o seu mandato parlamentar. Com isso, autorizou a continuação das investigações.
O pastor Anderson do Carmo foi morto a tiros na casa onde morava com sua mulher, Flordelis e seus 55 filhos. O crime aconteceu em Niterói. Ao longo das investigações, a polícia prendeu dois filhos do casal. Flávio, filho biológico deles dois e que confessou ter atirado seis vezes contra o religioso; e Lucas, pessoa responsável pela compra da arma do crime. De acordo com Barroso, os crimes de homicídio não têm relação nenhuma com os mandatos parlamentares.
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A assessoria da imprensa da deputada Flordelis contou em nota oficial que não ficou surpresa com a decisão. O ministro contou que “o foro privilegiado constitui instrumento para garantir o livre exercício de certas funções públicas, não havendo sentido em estendê-lo a crimes que, cometidos após a investidura, sejam estranhos ao exercício das respectivas funções”.
No começo do mês de julho, depois do início do recesso Judiciário, a Polícia Civil executou um pedido ao STF, perguntando se o caso doa assassinato de Anderson do Carmo poderia ir para a Suprema Corte ou se continuaria da primeira instância por causa do foro privilegiado de Flordelis. Foi então que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli decidiu esperar o recesso acabar para que o relator do caso decidisse.
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Nota da deputada Flordelis:
“Em razão da decisão do STF cabe esclarecer que: a) Em nenhum momento a deputada federal Flordelis solicitou ou reivindicou a prerrogativa de não ser investigada pela polícia e pela Justiça. O STF foi provocado pelo Ministério Público, porque a lei assim exige. b) A decisão não surpreendeu a deputada Flordelis, porque ela tem conhecimento que a prerrogativa só seria aplicada se o crime investigado tivesse ocorrido em razão do mandato dela. c) Antes mesmo da decisão, a deputada esteve à disposição da polícia em todos os momentos em que foi solicitada. d) A deputada tem todo o interesse na solução do caso. Ela precisa saber quem foram os autores do crime e as razões que tiveram. Só depois disso ela terá paz”, informou a nora de Flordelis.