Denunciada pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo, a missionária evangélica, Flordelis, ameaçou processar aqueles que a chamarem de assassina
A deputada federal e pastora evangélica Flordelis dos Santos de Souza, que recentemente foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como a mandante do crime brutal que assassinou o próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, com a ajuda de membros de sua família, como filhos e pelo menos uma neta, afirmou que não aceitará mais ser chamada de assassina nas redes sociais.
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Em um vídeo que tem circulado nas redes sociais, a missionária evangélica ameaça processar todos aqueles que a acusarem de ter matado o próprio marido, e afirma que tirou prints daqueles que a acusam de assassinato.
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“Ok, meu amor! Euzinha aqui não vou ficar mais calada! Eu tenho todos os prints […] Me chamou de assassina sem ter me visto com uma arma atirando, eu tenho seu print”, diz Flordelis. Tudo isso através dos meus advogados. Olha que chique! Meus advogados, no plural”, debocha a parlamentar. Confira:
https://twitter.com/delucca/status/1304038089984299009?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1304038089984299009%7Ctwgr%5Eshare_3&ref_url=https%3A%2F%2Frevistaforum.com.br%2Fnoticias%2Fem-video-flordelis-aparece-descontrolada-e-ameaca-com-meus-advogados-no-plural2%2F
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FLORDELIS É DENUNCIADA E VIRA RÉ
Pouco mais de um ano depois do brutal assassinato do pastor Anderson do Carmo, em junho do ano passado, a pastora foi formalmente denunciada pela Justiça e virou ré nessa segunda-feira, 24. Ela, no entanto, não foi presa porque tem imunidade parlamentar por exercer o cargo de deputada federal.
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Se a deputada não foi presa, outras pessoas acusadas de participação foram detidas: Marzy Teixeira da Silva, Simone dos Santos Rodrigues, André Luiz de Oliveira, Carlos Ubiraci Francisco Silva, Adriano dos Santos [todos filhos do casal], Rayane dos Santos Oliviera [neta dos pastores evangélicos], Marcos Siqueira, ex-policial militar e Andreia Santos Maia, mulher de Marcos Siqueira, foram presos e se juntam a Lucas Cezar dos Santos e Flávio dos Santos Rodrigues, detidos desde o ano passado, todos acusados de participação no assassinato.
Ao longo de pouco mais de um ano de investigação, as autoridades desvendaram detalhes da intimidade de Flordelis e do pastor Anderson do Carmo que envolve sexo – suposta farra em casa de swing que era frequentada pela pastora e o pastor -, traições, envenenamento, rituais com sangue e até a prática das rachadinhas, que é o desvio de dinheiro de funcionários de gabinete. As práticas, nada cristãs, não condizem com a imagem que a evangélica construiu em público.
Segundo a investigação, em uma das mensagens apreendidas pela polícia, Flordelis se justificou sobre o plano de matar o marido, ao dizer: “Fazer o quê? Separar não posso, porque ia escandalizar o nome de Deus”.
Nas redes sociais, o assunto teve grande repercussão. Uma famosa página no Instagram, recuperou uma postagem antiga de Flordelis, lamentando a morte do marido, e escreveu que Anderson do Carmo estava “dormindo com a inimiga”.
DISPUTA
Para a polícia, havia na família uma briga interna por poder, finanças e política. De acordo com policiais, Anderson tinha um perfil controlador cuidando da distribuição do dinheiro e das tarefas da casa. O pastor geria a carreira musical e política de Flordelis, além de diretor do partido na Região Metropolitana do Rio.
Agora, Flordelis aguardará a abertura de processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e, se destituída do cargo, poderá ser presa. Ela irá responder por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso. Pelo envenenamento, ela responderá por tentativa de homicídio – ela nega as acusações.