Foco Máximo #36 – Por Arthur Vivaqua
12/04/2012 às 0h50
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Precisei esperar o 2° capítulo de Máscaras para, enfim, escrever sobre ela com alguma segurança.
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Pessoalmente, classifiquei o 1° Capítulo e seus 13 personagens como uma “pré-estreia” (ou, parafraseando Silvio Santos, uma avant-premiere).
O Autor optou por guardar as tramas paralelas e apresentar detalhadamente sua protagonista.
E, convenhamos, que protagonista!
A Depressão e suas nuances são o Mal do Século e finalmente foram retratadas!
Míriam Freeland brilhou.
Sua personagem flutuava entre o êxtase doentio e a depressão profunda.
E, ainda que não falasse nada, Míriam podia ser lida através do olhar.
Alguns chamaram Maria de “chata”. Outros, menos esclarecidos, de “louca”.
Maria, na verdade, está doente.
A Depressão (seja ela pós-parto ou não) não é uma opção, mas um cárcere.
Um País que ainda chama problemas psiquiátricos de “frescura” precisava de uma mocinha doente para entender o maior de todos os Universos: Ela, a mente!
Assistir ao 2° Capítulo também me livrou de uma Gafe: Eu questionaria o porquê da não-exibição da cena em que Maria lança seu bebê no rio, ponto-chave da Trama.
E eis que ontem este acontecimento foi posto em dúvida.
Teria Maria jogado seu bebê no rio ou algum “mascarado” a ludibriou?
Lauro César Muniz, Senhor do Enigma, novamente estave dez passos à frente daqueles que o assistiam/criticavam.
Algumas ressalvas, porém, precisam ser feitas:
Máscaras tem ritmo lento (parecidíssimo com o de Cidadão Brasileiro, outra Obra de Lauro), algo com que os telespectadores de Vidas em Jogo (e da Record em geral) não estavam acostumados.
Quem assistia à Trama de Fridman não necessariamente acompanhará o Enigma de Muniz.
Por outro lado, os que rejeitavam o ritmo frenético de Vidas em Jogo poderão se voltar para Máscaras.
Só o tempo dirá o que realmente acontecerá.
Outro ponto importante:
Fernando Pavão, intérprete do protagonista Otávio, não estava à altura da responsabilidade que recebeu.
Lauro est(á)ava “viciado” em escrever para Gabriel Braga Nunes, seu fiel escudeiro. Sua perda foi estrondosa.
Não foi difícil imaginar o brilhante Gabriel em cada diálogo e expressão de Otávio.
No quesito Ibope, a previsão da Coluna se confirmou: Ele caiu.
Máscaras estreou com 11 e, na prévia de ontem, marcou 9, empatando com o SBT.
Que Ibope e Qualidade nem sempre andam juntos, todos sabem e o próprio Lauro é exemplo disso.
Máscaras brinda os amantes de Teledramaturgia, ansiosos por um belo texto e uma complexa historia.
“Recordistas” que visam Ibope, no entanto, precisam se preparar para uma possível decepção.
QUEM FICA EM PÉ?
Interessante, divertido, bem bolado e, principalmente, bem executado.
Este é o Quem Fica em Pé?, novidade do Horário Nobre da Band.
O Programa, comandado por um Datena “sem helicóptero”, já pode ser classificado como melhor opção para os que não desejam assistir Novela.
O Formato dinâmico é coroado (Como bem disse meu colega Cleomar Santos) por uma escolha inspirada de participantes.
A interação entre Datena e as “figuraças” dá o tom do Programa, que cumpre sua simples (porém complexa) função: Entreter.
Quem Fica em Pé? atingiu 4 Pontos onde anteriormente a Emissora marcava 1.
E Ratinho que tome cuidado para não cair…
QUEM ESTÁ SE LEVANTANDO?
Nenhuma Emissora cresce de forma tão coerente quanto a Band.
Umas crescem (ou afirmam crescer) de forma espalhafatosa. Outros, de forma tímida ou apelativa.
A Band cresce de forma segura e compacta.
A Band fez o que aqueles que estão “a caminho da liderança” jamais ousaram fazer: Investir pesado às 21h, território global.
Nada de reprises ou enlatados. Contra Avenida Brasil, a Band tem Programa.
E Programa bom!
Os números da Emissora ainda não mudaram muito.
Mas a atitude sim.
E o Mercado, ainda que a longo prazo, sempre premia aqueles que pensam de forma ampla e organizada.
A PARÁBOLA DO DIA
O Debate de hoje é simples:
Suponhamos que a Globo seja o Lobo Mau.
Forte, Poderosa e aparentemente invencível.
Record, SBT e Band são os três porquinhos.
Resta então as perguntas:
Qual delas é o porquinho preguiçoso constrói uma casa (TV) de palha?
Qual delas é o porquinho sem ambição que se contenta com uma casinha de madeira?
E qual é aquela que, com sua casa de tijolos, é a que melhor combate o Lobo?
Opinem!
BATE-REBATE DO IBOPE
(Números referentes aos Consolidados do RJ do dia 10/04/2012)
A Série Hawaii Five-0, exibida em plena madrugada na Globo, obteve Ibope superior ao Hoje em Dia, principal atração das manhãs da Record: 5×4
O RJ no Ar, exibido às 06:30h da manhã na Record, obteve o mesmo Ibope do SBT Brasil, principal telejornal do SBT: 5×5
A Série Dois Homens e Meio, exibida em plena madrugada do SBT, obteve Ibope superior ao de A Liga, principal atração das noites de terça da Band: 4.5×2.5
E a lógica continua:
1° Globo
2° Record
3° SBT
4° Band
CURIOSIDADE (OU FOFOCA MESMO)
Talvez muitos já saibam, mas, ao menos para mim, foi novidade.
Lauro César Muniz (74) , autor de Máscaras, é casado com a atriz Bárbara Bruno (55).
Sabem de quem Bárbara é filha?
De Nicette Bruno (79) e Paulo Goulart (79), um dos casais mais famosos da TV brasileira!
Ou seja, Lauro é genro deles!
De quebra, Lauro é cunhado de Beth Goulart (51), a Regina de Vidas em Jogo.
Não é inusitado?
#MomentoFabíolaReipert
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