Foco Máximo Entrevista – Por Arthur Vivaqua

22/03/2012 às 1h19

Por: TV em Foco

 

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Vinícius Dônola.

25 Anos de Jornalismo.

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Mais de 1.500 Reportagens.

Realizadas em 15 Países.

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Atualmente, reside em Nova York, onde atua como Correspondente Internacional da Rede Record.

Por 16 anos, foi um dos principais repórteres da Rede Globo.

Repórter Investigativo do Fantástico, Globo Repórter e, atualmente, do Domingo Espetacular.

Ganhador do Prêmio Vladimir Herzog, que premia os Jornalistas que beneficiam a Sociedade.

Em 2012, com exclusividade, entrevistou (e presenciou a prisão!) de um irmão desconhecido da cantora Madonna.

Já cobriu diversos acontecimentos que vão dos Jogos Olímpicos de Inverno à Morte de Osama Bin Laden.

E será a principal voz da Record na Cobertura da Eleição Presidencial dos EUA.

Como autor, lançou livros infantis de temática educativa e ambientalista como O Oco do Toco, pela Editora Fundamento.

Com exclusividade, Vinícius conversou com a Coluna e falou sobre sua carreira, sua saída da Globo, sua missão na Record e, principalmente, sobre a vida.

Como alcançar os mais altos degraus do Jornalismo brasileiro?

Como unir Imparcialidade e Emoção?

Como transpôr as Fronteiras da Notícia?

Conheça Vinícius Dônola e encontre estas e outras respostas…

 

 

Foco Máximo: O que o motivou a deixar a Globo, onde sua carreira e espaço já estavam consolidados, e rumar para a Record?

Vinícius Dônola: Duas propostas me motivaram a deixar a Globo, onde trabalhei por 16 anos, e me mudar para a Record: Primeiro, a possibilidade de criar um núcleo de reportagens especiais, com profissionais experientes,
trabalhando também a formação de jovens produtores, cinegrafistas e editores. Foi demais! Segundo, a transferência para um escritório internacional, como ocorreu em agosto de 2010, de onde produzi reportagens no Canadá, México, Bahamas e 18 estados americanos. Ambas as propostas foram cumpridas.

FM: Você ficou conhecido pelo Jornalismo Investigativo e atualmente é correspondente internacional. Para exercer a nova função, foi preciso reciclar-se ou “mudar o foco” de seu estilo?

VD: Aprendi – na marra! – a me reciclar ao longo dos 25 anos de carreira. Trabalhei para telejornais diários (Jornal Nacional, Jornal Hoje, Jornal da Globo), programas semanais (Fantástico, Globo Repórter), e sempre procurei absorver o “espírito” de cada redação. Depois, busquei me adaptar ao estilo de uma nova casa, sem, contudo,
perder minha identidade. Ou seja, a mudança para o exterior não foi tão impactante.

FM: Como é a rotina de um Correspondente Internacional? Mais leve ou mais trabalhosa do que a de um repórter comum?

VD: A rotina de um correspondente é muito puxada. Não temos no exterior a estrutura de trabalho das grandes cidades brasileiras. Aprende-se, pois, a fazer de tudo um pouco, pois a demanda é enorme e a equipe, enxuta.

FM: Após 25 anos de carreira, é possível escolher uma Reportagem preferida? Qual foi sua Cobertura mais marcante?

VD: Eu diria que a cobertura da morte de Osama Bin Laden foi pessoalmente marcante. Mas cobri algumas centenas de outros fatos importantes nesse quarto de século. Diria que tenho histórias para contar aos netinhos…

 

 

FM: Aos que sonham em tornar-se repórteres tão bem-sucedidos quanto você, que conselhos você daria?

VD: Ame a profissão. Mas ame-a com todas as suas forças. Entregue-se ao Jornalismo como se ele fosse sua única e verdadeira paixão. Não existe sucesso sem entrega. E não existe entrega sem desejo. Por fim, que você e o Jornalismo sejam felizes até que a morte os separe.

FM: Quais são as fronteiras que separam o “Jornalismo Verdade” do “Jornalismo Apelativo”?

VD: As fronteiras são óbvias, claras. E o telespectador não é tolo. Ele sabe a diferença do bom e do mau jornalismo. Sabe e rejeita o mau produto, muito mais do que no passado. O acesso à informação torna o telespectador mais exigente, mais esclarecido. Coloque no ar uma boa matéria e observe o comportamento da audiência.

FM: Como o repórter pode encontrar o equilíbrio entre a Imparcialidade e a Emoção durante uma reportagem? Qual das duas deve prevalecer no final?

VD: Não me blindo às emoções externas. Procuro, entretanto, frear o ímpeto da parcialidade. Imparcialidade absoluta é como a perfeição. Simplesmente, não existe. A busca, porém, é pelo equilíbrio, pelo bom senso.

FM: Como é a vida em Nova York? Há muitas diferenças entre uma metrópole norte-americana e uma brasileira?

VD: Isso daria um livro… Há semelhanças e diferenças. Procuro aprender com as diferenças e fazer crônicas com as semelhanças.

FM: Por muitos anos você trabalhou no Fantástico e hoje pode ser visto no Domingo Espetacular. Em sua opinião, o DE já conseguiu atingir ou superar o nível do Fantástico, programa que o inspirou?

VD: Cada programa tem sua particularidade. Gostava do Fantástico e gosto do DE. Ambas as redações possuem produtores e editores de talento raro. Procuro, entretanto, evitar comparações. Seria deselegante da minha parte.

FM: Em algum momento chegou a temer pela sua vida durante uma reportagem? Qual foi o momento mais tenso já vivido em prol da Notícia?

VD: Se cheguei a temer pela minha vida? Vixe, dê uma olhada no site (www.viniciusdonola.com) e assista à matéria dos tiros no caveirão! Várias vezes pensei: “Hoje, eu não volto pra casa!”

FM: Você iniciou sua carreira como estagiário não remunerado e hoje é um dos maiores jornalistas do Brasil. Você acha que uma história como essa pode se repetir? Qual é a fórmula para se começar “lá embaixo” e chegar ao Topo?

VD: A fórmula é: trabalhar, trabalhar, trabalhar e trabalhar. Dinheiro é consequência. Prazer é o combustível. Ética é a diretriz.

FM: Jornalismo da Record x Jornalismo da Globo. Você enxerga alguma diferença ou abismo a ser transposto?

VD: Repito, procuro não me ater a comparações.

FM: Atualmente, os telejornais buscam se dividir entre a Informação e o Entretenimento. Como deve ocorrer esta dosagem? Esta nova “roupagem” dos telejornais é benéfica?

VD: Depende de cada telejornal. Depende do horário. Depende do público. Achar a medida certa é o desafio.

 

 

CARA A CARA

 

Deus – Tudo

Família – Meu ninho

Sonho – Um talk show

Frustração – Posso responder daqui a dez anos?

O bom Jornalista é aquele que… – sabe o que é notícia e não carrega na tinta.

Frase“Cobra que não se mexe não engole sapo.”

Jornalistas que admira – Geneton Moraes Neto, Caco Barcellos, Pedro Bial. Anderson Cooper, Christiane Amanpour, Gay Talese. Roberta Salomone, Osmar Freitas Jr, Francisco José, Márcio Canuto, Amauri Soares.

Sites que visita – centenas!

Livros que lê – amplo foco

Músicas que ouve – quase tudo

Vinícius Dônola é… – um cara inquieto, que passa o dia à caça de novas ideias.

 

FC: Mande um recado para os leitores da Foco Máximo.

VD: Pessoal, acabo de botar um site no ar: www.viniciusdonola.com

Ali, você pode assistir a um pouco do que fiz ao longo dos últimos 25 anos.

Siga-me aí também no twitter: @viniciusdonola

Obrigado pela oportunidade de dividir com você parte da minha rotina e da carreira que construí nesse primeiro quarto de século de serviços prestados à telinha. Até!

 

Nós é que o agradecemos, Vinícius! Que Deus abençoe sua vida e sua carreira!

 

Twitter: @ArthurVivaqua

E-Mail: [email protected]

 

Foco Máximo Levá-lo a refletir é o nosso Foco!

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