No ano passado, a Anvisa decretou a retirada de 4 produtos amados entre as mulheres
No dia 30 de agosto do ano passado, a Anvisa decretou a retirada de 4 produtos populares de mercados devido elevadas taxas de formol.
Nesta quarta-feira, 23, iremos recordar a decisão da agência em volta dos produtos amados pelas mulheres.
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Estamos falando das escovas progressivas. O produto é usado para modificar a estrutura química do cabelo e alisá-lo.
A escova progressiva é uma grande aliada de inúmeras mulheres brasileiras, que a utilizam para deixar os fios lisos.
No entanto, é comum que algumas escovas progressivas também causem danos aos fios devido aos produtos químicos, principalmente o formol.
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O formal é volátil e pode causar riscos à saúda quando inalado em maior quantidade, de acordo com o portal do Governo Federal.
O formol pode ser um risco para quem aplica o produto e até para quem usa o tratamento.
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A química pode causar alguns sintomas que vão irritações como graves doenças, segundo o portal do Governo Federal. São elas:
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- Irritação nos olhos;
- Nariz;
- Mucosas;
- Trato respiratório superior;
- Bronquite;
- Pneumonia;
- Laringite.
Desse modo, é de extrema importância que as mulheres saibam quais produtos podem ou não passar nos cabelos, seja para alisá-los ou até diminuir o frizz.
Além de causar problemas à saúda, ao longo prazo, as escovas com química também podem trazer danos ao cabelo, como ponta-dupla e ressecamento.
DETERMINAÇÃO
Por conta dos riscos das escovas progressivas com formol, a Proteste, associação de consumidores da América Latina, realizou uma pesquisa de qualidade de 12 lotes dos produtos no ano passado.
De acordo com informações do portal Estado de Minas, nove produtos foram reprovados por falta de segurança.
Além disso, sete dos produtos apresentaram elevadas taxas de formol e quatro lotes foram retirados por ordem judicial sob pena de multa diária para as empresas que não o fizeram.
O teste seguiu as Boas Práticas de Laboratório (BPL), do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e o Guia de Controle de Qualidade de Produtos Cosméticos (Anvisa).
A quantidade permitida do formal é de 0,2%. Mas, sete das marcas apresentaram a concentração da química acima do permitido.
- Fox (Gloss);
- G. Hair (Fórmula Original Alemã);
- G. Hair (Marroquina);
- Madamelis (Ultimate);
- Maria Escandalosa (Bonequinha);
- Portier (Exclusive);
- Zap (Me Leva Black).
Em cinco desses lotes, o formol não era citado no nome: Fox (Gloss), G. Hair (Fórmula Original Alemã), Maria Escandalosa (Bonequinha), Portier (Exclusive) e Zap (Me Leva Black).
As concentrações variaram entre 37 (G. Hair – Marroquina) e 58 vezes (Portier Exclusive) a mais do que o definido em lei, o que significa que tiveram como resultados 7,38% e 11,64%, respectivamente.
MAIS SOBRE O ASSUNTO
A Anvisa revela que adicionar o formal nas escovas progressivas é infração sanitária (adulteração ou falsificação).
Mylla Moura, especialista Proteste, revela que a quantidade acima de 0,2% do formol traz riscos à saúde.
“Portanto, as quantidades muito acima de 0,2% nos produtos testados implicam sérios riscos à saúde da população, o que pode ser considerado um problema de saúde pública”, disse Mylla Moura.
Desse modo, os produtos que não estão de acordo com as normas da Anvisa, a polícia foi acionada.
Isso porque, a Proteste ingressou com ações civis públicas e solicitou a retirada dos produtos do mercado. São eles:
- Portier – Exclusive Máscara Hidratante – Lote PECS000410 (15 dias para ser retirado do mercado)
- G.Hair – Máscara Finalizadora Step 3 (Fórmula Original Alemã )– Lote 17664 (48 horas para ser retirado do mercado)
- G.Hair – Professional Marroquina 2 Tratamento Antifrizz – Lote 17027 (10 dias para ser retirado do mercado)
- Maria Escandalosa – Máscara Capilar bonequinha – Lote 040 (3 dias para ser retirado do mercado)
Por fim, vale dizer que nenhuma marca realizou o pronunciamento sobre a decisão da Anvisa.
O QUE A ANVISA FAZ?
No Brasil, a ANVISA tem por finalidade promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados, de acordo com o portal do Governo Federal.
