O ano de 2023 está sendo marcado por uma série de desafios econômicos que afetam empresas de todos os portes e setores.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
No Brasil, o cenário torna-se particularmente desafiador com o aumento da inflação, da taxa de juros e a desvalorização do real, levando algumas empresas a enfrentarem sérias dificuldades financeiras, podendo até mesmo solicitar falência.
Pan
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A renomada fabricante de chocolates, Pan, que ocupava um lugar especial na memória dos brasileiros, não escapou das adversidades. No início deste ano, a empresa declarou falência após passar por um período sombrio durante seu processo de recuperação judicial iniciado em 2020.
Com uma dívida acumulada de R$ 126 milhões e desafios fiscais não resolvidos por mais de duas décadas, a Pan não conseguiu evitar o encerramento de suas operações. A empresa enfrentou a venda de ativos, incluindo equipamentos e imóveis, para liquidar parte da dívida, resultando na demissão de seus poucos funcionários. A própria empresa apontou a pandemia como um fator determinante que agravou sua situação financeira.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Pan, dona dos cigarrinhos de chocolate, entrou em falência (Foto: Reprodução)
Livraria Cultura
Um símbolo icônico para os amantes da literatura, a Livraria Cultura, também enfrentou dificuldades e solicitou falência no início deste ano, após um processo de recuperação judicial iniciado em 2018. O setor enfrentou um colapso significativo, com a Saraiva, outra importante livraria, seguindo o mesmo caminho no mesmo ano.
O declínio nas vendas, aumento de custos e questões trabalhistas contribuíram para a crise. A fuga de clientes agravou ainda mais a situação do setor como um todo.
Marisa
A renomada rede de moda feminina Marisa enfrenta um cenário desafiador no primeiro trimestre de 2023. Além de um prejuízo acumulado de R$ 149 milhões, a empresa lida com pedidos de falência por parte de fornecedores, encerramento de mais de 90 lojas e pedidos de despejo devido a atrasos nos aluguéis. Em fevereiro, o CEO Adalbeto Peres Santos renunciou ao cargo, expondo ainda mais os problemas financeiros da empresa.
A Marisa está enfrentando uma forte crise financeira (Reprodução: Internet)
Amaro
A varejista Amaro também enfrentou desafios e optou por solicitar uma recuperação extrajudicial. Enfrentando uma dívida total de cerca de R$ 244 milhões, dividida entre obrigações bancárias e dívidas com fornecedores, a empresa buscou um acordo direto com seus credores, minimizando a intervenção judicial.
Em 2022, a empresa esteve prestes a receber um investimento de um fundo, mas a deterioração das condições do mercado levou o potencial sócio a abandonar os planos, agravando ainda mais a situação financeira da Amaro.