Galvão Bueno troca Globo por outra emissora e causa alvoroço e correria nos bastidores

Em 1992, Galvão Bueno deixou a Globo e foi para a novata emissora paranaense OM (Montagem: TV Foco)

Em 1992, Galvão Bueno deixou a Globo e foi para a novata emissora paranaense OM (Montagem: TV Foco)

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Galvão Bueno deixa a Globo. Pode parecer loucura mas isso de fato aconteceu em 1992 e a emissora dos Marinhos teve que correr para cobrir o narrador em pleno ano de Olimpíadas

Galvão Bueno, um dos maiores salários da TV brasileira e também um dos melhores locutores esportivos já deixou a Globo na mão. O Fez História dessa semana vai lembrar esse fato que ocorreu em 1992 e durou apenas um ano.

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A encrenca começou um ano antes em 1991, o piloto Ayrton Senna se desentendeu com o repórter Reginaldo Leme e disse que não daria mais entrevistas para Globo que era detentora dos direitos de transmissões das corridas de fórmula 1. Brigado com Leme, Ayrton só falava com a TV quando Galvão o entrevistava, mas o jornalista era o narrador das transmissões.

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A briga só foi crescendo e Galvão tomou partido de Senna. No final do ano, Galvão chegou a receber um convite da extinta TV Manchete, onde seria o diretor esportivo do canal. No entanto o locutor resolveu aceitar uma proposta de um novo canal, Rede OM.

Rede OM foi uma emissora criada naquele ano, 1992, pelo político e empresário José Carlos Martinez. A ideia era tirar as transmissões de TV do eixo Rio-São Paulo, e criar um novo polo de comunicação em Curitiba. E a aposta do canal era investir pesado nas transmissões esportivas. Em São Paulo o canal fechou uma parceria com a TV Gazeta, e os empresários compraram os direitos de transmissões de grandes campeonatos daquele ano, como Libertadores e Copa do Brasil, tudo na voz de Galvão Bueno, já bem conhecida pelos anos na Globo.

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As transmissões de futebol fez com que a Gazeta e a Rede OM conquistasse ótimos índices de audiência e ficasse a frente do SBT, Band, Record e Manchete nos dias de jogos, chegando aos 37 pontos na capital.

Enquanto isso a Globo teve que correr e colocou Cleber Machado para narrar os jogos e as corridas de Fórmula 1.

Na OM, Galvão chegou fazer a emissora bater 33 pontos de audiência transmitindo futebol (Imagem: Divulgação)

VOLTA GALVÃO

Só que 1992 foi um ano Olímpico e Globo também teve que distribuir os jogos entre Cleber Machado, José Roberto Guimarães e Luiz Alfredo. Depois da final da Libertadores, a Rede OM ficou sem grandes trunfos para bater suas adversárias. A emissora paranaense chegou a transmitir rodeios e investiu em filmes eróticos que foram proibidos em SP. Enquanto Galvão Bueno narrava lutas chamadas “Os Campeões do Ringue.”

A Rede OM entrou em crise depois que seu proprietário teve o nome envolvido no escândalos políticos no caso “cheque-fantasma” ligados ao nome de PC Farias. Tudo isso culminou no Impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello. A emissora chegou a atrasar salários dos funcionários e depois trocou de proprietários e também de nome, passando a se chamar, CNT.

Sem eventos esportivos para narrar, Galvão Bueno voltou a ser sondado pela Globo e também pela TV Manchete, mas optou pela Globo, onde é contratado até hoje.

Em entrevistas posteriores, Galvão chegou a dizer que a ex-emissora ficou devendo mais de três milhões e meio de dólares de salário para ele. Atualmente, na Globo, Galvão Bueno é escalado apenas para narrar jogos da seleção brasileira e corridas de fórmula 1. Seu contrato com a emissora sofreu alteração ano passado. Em troca de uma redução de salário, a emissora dos Marinhos liberou Galvão para participar de campanhas publicitárias. Segundo o Jornal Folha de São Paulo, Galvão tem um salário de R$500 mil por mês, mas já ganhou um milhão e meio de reais na emissora do Plim Plim.

Galvão era a grande estrela da emissora, mas ficou apenas um ano na Rede OM (Montagem TV Foco)

Autor(a):

Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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