Gay na vida real e na novela, Theodoro Cochrane fala sobre romance com ‘hétero’ em O Sétimo Guardião
27/10/2018 às 15h10
Mais conhecido por ser filho de Marília Gabriela, Theodoro Cochrane também é ator e já fez parte do elenco de várias novela. E se prepara cara colocar mais uma em seu currículo.
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Ele estará em O Sétimo Guardião, trama das 9 que estreia em novembro e traz de volta o realismo mágico ou fantástico, explorado na Globo dos anos 70 a 90 com mais intensidade.
Sobre o seu personagem, Adamastor Crawford, o ator adianta: “É uma cidade pequena e ele sofre muito bullying por ser um homem muito elegante. Frequentemente pessoas questionam a sexualidade dele, mas ele não leva desaforo para casa. Ele sofre um pouco com isso, para se aceitar do jeito que é, se é gay ou não é, se ele é apaixonado por um bad boy da cidade, que é extremamente homofóbico”. O tal bad boy é Eurico Júnior, vivido por José Loreto.
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E o ator falou sobre essa relação conturbada dos dois: “A gente sempre fala que quando as pessoas têm um embate muito grande, no fundo, têm uma atração. Ele briga muito com as pessoas, em especial com o bad boy da cidade. Entre um capítulo e outro, eles saem quase na porrada, mas nunca se sabe se afinal eles vão se bater ou se vão dar um beijo na boca”, brinca.
Loreto também falou sobre o caso: “Fico com muito medo. Ele mostra ser um cara homofóbico. Tem o Adamastor que ele fica chamando de gazela, de gay, implicando… Tento fazer o que é errado, mas é perdoado pelas pessoas. Ao invés de eu ser agressivo com o Adamastor, tento fazer no humor… Faço isso para ser engraçadinho, é tão agressivo quanto, mas para as pessoas ainda fica uma coisa de: ‘Ah, ele está brincando'”.
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Theodoro comentou a parceria com o colega e foi só elogios: “Ele é uma doce criatura. Tem sido divertidíssimo contracenar com ele. A gente tem muita cena física e poderia cair para o humor… A gente faz coisas engraçadas, temos muita vontade de rir, acho que a melhor coisa é essa, você estar em cena e ter vontade de rir, de tão leve que é tudo. São cenas muito grandiosas”.
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E relacionou a ficção com a realidade atual: “Estamos num momento muito delicado para abordar certos assuntos, mas, antes de mais nada, a sensação que temos é que vamos voltar, regredir alguns passos que a gente lutou durante tantos anos para serem aceitos. Ao mesmo tempo, acho que é uma bandeira importante que o personagem levanta contra a homofobia”, diz.
Com informações do Uol.