Giselle Itié recebe mensagens agressivas após revelar estupro

(Foto: Reprodução)

Giselle Itié  (Foto: Reprodução)

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A entrevista que a atriz Giselle Itié deu  para a revista “Glamour”, em que revela que foi estuprada pelo ex-namorado, rendeu críticas à famosa.

Através de suas redes sociais, Giselle Itié desabafou. “Sobre comentários agressivos e equivocados de mulheres em relação a um texto que escrevi sobre um abuso sofrido por uma menina de 17 anos. Eu.  S O R O R I D A D E. É a união, a aliança FEMINISTA entre mulheres. Feminista? É uma pessoa que acredita na IGUALDADE de direitos entre mulher e homem. Voltando para a ideia de irmandade, a sororidade é muito importante para nós mulheres combatermos a sociedade machista. Machista? É uma pessoa que recusa a igualdade de direitos entre mulher e homem. Acreditando que o homem é superior à mulher.

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Agora sim, voltando a Sororidade (ufa!). Quando Nós Mulheres somos unidas e levantamos a bandeira à favor da nossa liberdade e igualdade de gêneros. Nós mulheres nos tornamos mais fortes para combater a sociedade machista”, postou Giselle Itié

Giselle Itié ainda continuou: “quando leio comentários de mulheres julgando o abuso que sofri e/ou violência que a mulher sofre todos os dias. Julgando como? Reagindo com insensibilidade e indiferença. Acreditando que a vítima ‘ajuda’ para que o agressor seja violento. Bem, é muito frustrante perceber esse tipo de reação ainda mais de mulheres. Percebo que as mulheres não machistas também se sentem agredidas e de alguma forma se distanciam das mulheres machistas. E eu me pergunto, cadê a sororidade? Mas não pergunto para essas mulheres machistas e equivocadas. Pergunto para nós, mulheres que se sentem agredidas pelas machistas.

 Cadê a sororidade?”.
Ao concluir o desabafo, a atriz compartilhou com os seguidores um texto que encontrou na internet. “Para ajudar a me explicar, segue um texto do site ‘naomecalo.com’: ‘Lembra quando reproduzíamos um machismo ferrado ao falarmos que mulher tem que se dar o respeito? ‘Ué, não quer engravidar, que tome as devidas precauções, que não abra as pernas’, ‘Nossa, vai sair com essa roupa? Está parecendo uma vadia!’. Vamos fazer uma dinâmica? Fechem os olhos e tentem se lembrar da época em que não conheciam o feminismo, e quando até conheciam, mas achavam que era um movimento de mulheres infelizes e insatisfeitas com a vida. E aí, lembraram? Lembrem-se também do momento em que foram salvas, em que uma mão amiga foi-lhes estendida mostrando-lhes o caminho; de um artigo sobre feminismo lido após aquela manchete de feminicídio que ficou em sua cabeça por dias; então de quando algo se encaixou e tudo fez sentido: de repente aquelas mulheres não eram mais loucas, insatisfeitas e infelizes, eram guerreiras que lutavam por um bem coletivo. Então vocês se aprofundaram mais ainda na questão de gênero, ingressaram em grupos feministas, debateram, desconstruiram e conheceram a palavra sororidade. Essa palavra tão foneticamente bonita e de um significado representativo que veio para quebrar totalmente um dos braços mais fortes do patriarcado: a rivalidade entre mulheres. Um dos mais fortes, porque é praticamente um escudo contra o verdadeiro opressor, que faz-nos lutar uma contra as outras enquanto o que tem que ser destruído – esse sistema que estupra mulheres a cada 12 segundos – está mais firme e forte do que nunca. Por isso, vamos nos unir e tentar despertar essas mulheres que estão há muito tempo apagadas pela sociedade machista'”.

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