A Globo ainda faz novela boa?

20/05/2017 às 15h37

Por: Maurício Freitas
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Globo baixa nova regra na sua dramaturgia. (Foto: Divulgação)

(Foto: Divulgação)

Impossível é uma palavra que não existe para a dramaturgia da Globo. Depois de tempos capengando na audiência e na relevância de suas histórias, a emissora mostra que como ninguém consegue dar a volta por cima e nos proporcionar produtos de alta qualidade.

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Quem não se lembra da crise do horário das sete há alguns anos? Nada que surgia parecia ser capaz de marcar mais de 22 pontos de audiência. A responsável por essa virada foi “Alto Astral” e conseguiu ser mantida pelas suas sucessoras. Das tramas sequentes, “Rock Story” era a mais distante do que o horário “exige”, longe do clichê e dos personagens caricatos conseguiu conquistar o público e já é possível ver fãs nas redes sociais lamentando seu fim próximo, embora esteja se perdendo um pouco na reta final, vai deixar saudade.

A recente estreia de “Malhação – Viva a Diferença”, mostrou que a trama teen demorou mais de 20 anos para amadurecer, colocou 5 protagonistas femininas, e está passando longe do tradicional triângulo amoroso que vimos em núcleos principais em quase todas as temporadas. Cao Hamburger que fez história no mundo infantil trouxe uma responsabilidade para as próximas edições da trama, não dá mais para escrever qualquer coisa e colocar no horário.

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Protagonistas de “Malhação”. (Foto: Manuela Scarpa/Brazil News)

O horário das seis é o mais inconstante de todos. Mudamos de anos ou séculos em um piscar de olhos. É a faixa que o horário se adapta a qualquer novela, mas não é qualquer novela que se adapta ao horário. Do sucesso de época “Eta Mundo Bom”, para a morna e contemporânea “Sol Nascente” e atualmente a histórica “Novo Mundo”. É a faixa em que vemos muitas “obras de arte” da teledramaturgia brasileira. A Globo deveria ter mais critério nas escolhas. Menos novelas como “Sol Nascente” e mais “Novo Mundo” na faixa das seis por favor.

E finalmente a novela das nove. Já tivemos grandes obras que pararam o Brasil, que emocionaram o público. Parece que falta preocupação com a faixa. Novela tem que ser novela e ponto final. A nova geração precisa se inspirar e consumir o que já foi feito para que voltem a produzir grandes histórias. Desde o fracasso incontestável de “Babilônia”, nada que veio depois empolgou o público logo de cara como “A Força do Querer”. História forte, núcleos importantes, temas relevantes a serem abordados, alguns levados para o humor, outros ao drama, sem muitos personagens, apenas os necessários, o que dá a novela um equilíbrio incrível. O atual folhetim de Glória Perez já consegue ser melhor do que sua obra anterior “Salve Jorge”. Incomoda apenas o tom que a direção deu as imagens, cores pálidas e frias o que lembra “A Lei do Amor”. Novela tem que ser novela, não apenas na sua essência, mas também na sua embalagem. A embalagem de “A Força do Querer” deixou um pouco a desejar nesse quesito.

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A emissora carioca vive um bom momento. Todas suas tramas que estão no ar são boas, fortes e com personalidade. Com tantos anos de experiência no assunto, não existe crise que seja para sempre, e a Globo sempre volta a reinar sozinha na nossa telinha.

Por Mauricio Freitas

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