Primeira série original da Globo desenvolvida com exclusividade para o Globoplay, Assédio teve sua estreia TV aberta anunciada: dia 03 de maio.
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Escrita por Maria Camargo e com direção artística de Amora Mautner, Assédio traz um tema atual e necessário: a luta e a força feminina, mostrada na história de união de mulheres que formaram uma rede para denunciar uma sequência de abusos sexuais cometidos por um médico bem-sucedido e respeitado.
Com uma linguagem universal, a obra foi lançada durante o Mipcom, feira do mercado de televisão que acontece em Cannes, na França; teve sua première internacional na última edição do Berlinale, festival de cinema em Berlim; e já foi adquirida para exibição no Chile. Com um elenco com nomes de peso da emissora, como Adriana Esteves, Antonio Calloni, Paolla Oliveira e Mariana Lima, a trama conta a trajetória de dezenas de mulheres que transformaram suas dores em causa e a justiça em objetivo de vida.
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Cada uma com sua característica, fortaleza e fragilidade. Juntas, elas são mais fortes. Muito fortes. Vítimas de abuso sexual, elas tiveram seus sonhos destruídos, suas palavras colocadas à prova, e foram atingidas brutalmente em sua essência. Em pele de cordeiro, o lobo se apresentava como o salvador. Ícone de reprodução humana, o médico Roger Sadala (Antonio Calloni) prometia o paraíso como resposta aos anseios de maternidade de suas pacientes. Fragilizadas por suas próprias frustrações e inseguranças, elas estabeleceram, por medo ou vergonha, um pacto de silêncio que perpetuava o algoz num pedestal enquanto seguiam devastadas por dentro. Até que uma voz rompe essa redoma e seu som solitário ecoa em outras feridas.
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“Vamos falar sobre essas mulheres que em algum momento deixam de ser apenas vítimas de assédio e violência sexual e passam a ser protagonistas das suas histórias. Elas representam esse mundo que está mudando. Vamos falar de uma sociedade que há muito tempo está calcada em um modelo machista de funcionamento, de coisas que são consideradas naturais e normais, e não deveriam ser. Os assédios e, sobretudo, os estupros e a violência sexual são o ponto mais radical desse funcionamento. Estamos falando de mulheres que são atacadas por um médico especialista em fertilização. São mulheres que estão com uma fragilidade emocional, que desejam muito um filho e se sentem fracassadas por não ter. Então recorrem a esse homem, como última esperança de realizar esse sonho”, explica a autora Maria Camargo.
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Essas angústias, dúvidas, conquistas e desabafos são contadas através das histórias de Stela (Adriana Esteves), Eugenia (Paula Possani), Maria José (Hermila Guedes), Vera (Fernanda D’umbra) e Daiane (Jéssica Ellen), da obstinação da jornalista Mira (Elisa Volpatto), além, claro, das mulheres que cercam esse homem, como sua mulher primeira mulher Glória (Mariana Lima) e sua segunda esposa Carolina (Paola Oliveira). A série tem ainda participações especiais de Mônica Iozzi, Bárbara Paz, Vera Fischer, entre outras.
A diretora artística Amora Mautner acredita que ter muitas mulheres envolvidas na série ajudou na concepção de todo o projeto. “Estar com outras mulheres para falar deste assunto nos deu esse privilégio. Temos a sensação comum de já termos sido assediadas em algum momento da vida, em algum aspecto”, conta, explicando ainda o conceito da escalação das atrizes. “Desde o início, como o conceito era ser plural, representar várias mulheres e vítimas, fizemos uma escalação que misturou grandes nomes da TV com pessoas ainda não tão conhecidas do grande público, mas muito prestigiadas no teatro. Todos estão brilhantes”.
Assédio é uma minissérie escrita por Maria Camargo, com Bianca Ramoneda, Fernando Rebello e Pedro de Barros. A obra é livremente inspirada no livro “A Clínica: A Farsa e os Crimes de Roger Abdelmassih”, de Vicente Vilardaga. A direção artística é de Amora Mautner, direção-geral de Joana Jabace e direção de Guto Botelho.