Globo confirma proibição baixada pela ANVISA contra termômetro mais usado por idosos e faz alerta quanto aos riscos à saúde causados por fragmentos de metal
Os termômetros são itens indispensáveis em qualquer lar, ainda mais se for um lar de idosos. Afinal de contas, é através deles que conseguimos medir a temperatura e detectamos possíveis febres.
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Porém, de acordo com O Globo, portal jornalístico da emissora, a ANVISA publicou nesta última terça feira (24) uma resolução contra um dos modelos mais populares de termômetros.
Conforme exposto pela resolução, termômetros e esfigmomanômetros (aparelhos que medem a pressão arterial) com coluna de mercúrio, foram todos vetados.
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Não é de hoje
Mas vale destacar que esse veto, no entanto, não é novo e está vigente no Brasil desde 2019.
Em 2017, a autarquia emitiu a primeira resolução proibindo os dispositivos, a RDC 145/2017, que passou a valer no país a partir de 1º de janeiro de 2019.
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Agora, o novo texto atualiza o anterior após um processo de revisão, mantendo a proibição.
Em uma nota enviada ao GLOBO, a agência explica que isso “atende apenas a aspectos formais de edição/publicação de resoluções” e que “em nada muda a regra que já proibia tais equipamentos”.
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Motivos expostos
Naquela mesma época, a ANVISA destacou que tal decisão de proibir os produtos era resultado da Convenção de Minamata, assinada pelo Brasil e cerca de 140 países em 2013 para eliminar o uso do mercúrio.
Esse metal líquido é encontrado similarmente em diferentes produtos, como pilhas, lâmpadas e equipamentos para saúde. Há também os riscos de:
- Contaminação ambiental em caso de quebra desses aparelhos no solo;
- Exposição à substância, que a longo prazo eleva riscos como sequelas neurológicas.
Outros aparelhos afetados
A proibição da Anvisa não se aplica apenas a termômetros e esfigmomanômetros com mercúrio para pesquisa, calibração de instrumentos ou uso como padrão de referência.
Além disso, veta o uso apenas em serviços de saúde, e não nas residências.
A revisão:
O processo de revisão e consolidação da norma de 2017 entrou na pauta da última reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa, realizada no dia 18 de setembro, parte de um processo padrão da autarquia:
- Sendo assim, a agência emitiu nesta terça-feira a RDC 922/2024 mantendo a proibição aos equipamentos.
- Em dezembro de 2018, um levantamento da Anvisa mostrava que apenas três termômetros com mercúrio tinham registro no país na época, enquanto 64 digitais já tinham aval para venda.
- Na mesma época, somente 2 medidores de pressão com o metal tinham registro, contra 50 aparelhos que não utilizavam o metal líquido.
E Todos os registros de dispositivos do tipo com mercúrio foram suspensos automaticamente no Brasil em 2019.
Como descartar o termômetro quebrado?
Sendo assim, quem já possui um dispositivo do tipo em casa pode continuar a utilizá-lo, devendo seguir apenas as orientações de descarte adequado em caso de quebra, que envolvem:
- Isolar o local e impedindo que crianças brinquem com as bolinhas de mercúrio, afinal de contas, elas estão são as mais suscetíveis a pegar infecções ;
- Utilize luva e máscara, recolhendo com cuidado os restos de vidro em toalha de papel, colocando-os em recipiente resistente à ruptura, para evitar ferimento, e feche hermeticamente;
- Localize as “bolinhas” de mercúrio e junte com cuidado, utilizando um papel cartão ou similar;
- Recolha as gotas de mercúrio com uma seringa sem agulha. As gotas menores podem ser recolhidas com uma fita adesiva;
- Transfira o mercúrio recolhido para um recipiente de plástico ou de vidro duro e resistente com uma certa quantidade de água que cubra esses resíduos e fechando-o hermeticamente;
- Identifique com etiqueta ou papel o recipiente, escrevendo na parte externa “Resíduos tóxicos contendo mercúrio” ou algo parecido;
- Coloque o recipiente em uma sacola fechada.
- Entre em contato com o serviço de limpeza urbana do seu município ou com o órgão ambiental (estadual ou municipal) para saber como proceder à entrega do material recolhido.
Considerações finais:
Sendo assim, é essencial que os usuários domésticos sigam as orientações de descarte adequado de termômetros em caso de quebra, para evitar a contaminação e os riscos associados ao mercúrio.
Há possibilidade de substituir os equipamentos por alternativas digitais, amplamente disponíveis e eficazes.
Essa solução é a mais segura para as famílias, especialmente em lares de idosos, onde o monitoramento da saúde é fundamental.