Em matéria no Fantástico, da Globo, emissora esmiuçou suposto esquema criminoso liderado por Marcelo Crivella; Igreja Universal, do bispo Edir Mecedo, foi citada pelo MP
O atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, sobrinho do empresário e pastor evangélico dono da Igreja Universal do Reino de Deus e da Record TV, Edir Macedo, foi alvo de uma grande reportagem da revista eletrônica Fantástico, da Globo, que esmiuçou um suposto esquema criminoso que era operado e chefiado por Crivella ao longo de sua gestão na prefeitura fluminense e que envolve, inclusive, a instituição religiosa evangélica.
Em uma matéria com cerca de 18 minutos de duração, a Globo revelou detalhes de uma investigação realizada pelo Ministério Público que analisou mais de dez mil mensagens de celular entre Marcelo Crivella e um grupo de colaboradores que, segundo a acusação, mantinham um “QG da Propina” que desviou milhões e milhões de dinheiro público.
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Segundo a Globo, as conversas analisadas pelo MP “sugerem que esse grupo tinha carta branca para extorquir dinheiro de empresários e não tinha pudor em colocar o próprio prefeito contra a parede, com ordens e até ameaças”.
Marcelo Crivella é sobrinho de Edir Macedo e bispo licenciado da Igreja Universal do Reino do Deus. O atual prefeito tenta a reeleição e é crítico contumaz da emissora carioca, a quem ele considera uma inimiga de sua gestão.
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GLOBO ESMIÚÇA SUPOSTO ESQUEMA CRIMINOSO
Ainda segundo a reportagem do Fantástico, o esquema teria começado em 2016, antes mesmo do atual prefeito ter sido eleito, na época da campanha eleitoral, que ele acabou vencendo.
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Por meio de seu perfil nas redes sociais no sábado, 12, Marcelo Crivella negou as acusações. Ainda, o prefeito disse que as buscas feitas pelo Ministério Público em sua casa e em seu gabinete na prefeitura, na semana passada, nada encontraram. Por fim, o político alegou que, embora seja acusado “de tudo”, não e réu em nenhum processo.
IGREJA UNIVERSAL, DE EDIR MACEDO, É ENVOLVIDA EM SUPOSTO ESQUEMA
Na reportagem do Fantástico, a revista eletrônica da Globo trouxe à tona uma revelação que já havia sido reportada também no Jornal Nacional, no sábado, e que teve grande repercussão na imprensa e nas redes sociais, que implica a Igreja Universal do Reino de Deus, no suposto esquema criminoso.
Conforme o JN, o MP-RJ afirma ter encontrado indícios de que a instituição religiosa criada por Edir Macedo teria sido usada para lavar dinheiro da corrupção na prefeitura durante a gestão do sobrinho do dono da Record TV, Marcelo Crivella. Os investigadores citam movimentações atípicas no valor de quase R$ 6 bilhões, em um ano, nas contas da Igreja Universal do Reino de Deus.
Em nota, a Igreja Universal declarou que não foi legalmente citada nas denúncias e que ignora a existência do documento relativo às denúncias. Ainda, a instituição religiosa disse que o vazamento das informações por autoridades sem que a parte envolvida saiba da investigação é “imoral”. Por fim, a igreja afirmou que toda sua movimentação financeira é “completamente lícita”.
Sobre o sobrinho de Edir Macedo, Marcelo Crivella, a Igreja Universal limitou-se a dizer que “qualquer bispo ou pastor que decide ingressar na carreira política licencia-se de suas funções na igreja, passando a se ocupar exclusivamente da atividade pública”.
Na noite desse domingo, 13, por meio de sua revista eletrônica, Domingo Espetacular, a Record TV, emissora do bispo Edir Macedo, disse que a Globo “acusa” a Igreja Universal “sem provas”.