A Globo não está para brincadeira quando o assunto é o quadro Isso a Globo Não Mostra, exibido semanalmente nas noites de domingo dentro do Fantástico. Dessa vez, o canal resolveu fazer um balanço dos cem dias de governo do presidente Jair Bolsonaro com uma paródia da música Evidências, clássico da dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó.
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Como se trata de um resumão, a emissora não perdeu tempo e escolheu vários temas caros ao político para serem mostrados na canção. Logo no início, o canal deu destaque ao caso envolvendo Fabrício Queiroz, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro que realizou movimentações suspeitas em sua conta bancária.
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Além disso, a emissora zombou do poder dado pelo presidente aos filhos Carlos, Eduardo e Flávio Bolsonaro, que, segundo a emissora, têm “mais poder que um ministério”. Outros temas que repercutiram nesse início de governo, como os atritos com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a sugestão de Bolsonaro para que os militares comemorassem o golpe de 1964 e o encontro com Donald Trump foram mostrados.
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Ainda entrou no vídeo, curto, mas com muito conteúdo, foi mencionada a fala desrespeitosa do deputado Zeca Dirceu contra o Ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem chamou de “tchutchuca” enquanto ele defendia a Reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
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O ápice, no entanto, foi uma espécie de auto-defesa feita pela Globo. No dia 27 de março, ela noticiou em primeira mão na GloboNews que Bolsonaro havia decidido demitir o então ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues. Na sequência, a informação foi desmentida pelo presidente.
Acontece que alguns dias depois a demissão do ministro foi anunciada, aumentando as suspeitas de que Bolsonaro adiou essa demissão para não dar o “furo” à Globo, que é considerada uma de suas maiores rivais na mídia, a maior quando falamos de televisão.
Confira abaixo o vídeo:
https://twitter.com/AndradeRNegro/status/1117593336750145536
Vale recordar que o presidente, a exemplo do que faz Donald Trump nos Estados Unidos, vem declarando guerra à grande mídia desde a época das eleições. Se no campo dos jornais impressos a Folha de S.Paulo é o principal alvo do político em suas críticas, na TV aberta esse título fica com a Globo. Bolsonaro, assim como boa parte de seus simpatizantes, vê a emissora como uma rival que faz de tudo para “derrubar” o seu governo.
Na época da campanha, o então presidenciável não foi ao último debate na emissora carioca e, no mesmo horário, apareceu em entrevista exclusiva na Record. Desde que foi eleito, inclusive, ele vem se dividindo ao dar entrevistas para a emissora de Edir Macedo, para o SBT, para a Band e para a RedeTV!
Em áudio vazado em que conversava com o ex-ministro Gustavo Bebbiano, o presidente recomendou não receber representantes da emissora para não desagradar as demais.