Globo é chamada de racista após colocar apenas mulheres negras na cadeia em cena de O Outro Lado do Paraíso
11/05/2018 às 9h45
A TV Globo segue envolvida em grande polêmica por conta da falta de um número maior de negros na novela Segundo Sol, trama que substitui O Outro Lado do Paraíso no horário nobre a partir da próxima segunda-feira, 14 de maio. Nas redes sociais os internautas cobram e pedem uma maior representação da Bahia no folhetim de João Emanuel Carneiro.
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Os internautas agora estão no pé da emissora por conta da cena em que a personagem Fabiana (Fernanda Rodrigues) aparece na cadeia, após ser presa. Na cena, a dondoca ouve piadinhas de outras detentas e choca por haver apenas negras na cela dividida com a patricinha.
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Os telespectadores não gostaram de ver como os negros estão sendo representados na emissora carioca. “Enquanto falta negro no elenco da nova novela das 21h, Segundo Sol, na cadeia de O Outro Lado do Paraíso é o que mais tem”, disparou uma internauta. “Só tinha negras na cela da cadeia na novela O Outro Lado Do Paraíso… Não sei se sinto mais ódio ou mais nojo dessas novelas racistas da Globo!”, disse outra.
GIOVANNA ANTONELLI TENTA ABAFAR POLÊMICA EM SEGUNDO SOL, NOVELA DA GLOBO
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Bobeira ou não, o fato é que está dando o que falar a pouca quantidade de atores negros na próxima novela das 9 da Globo, Segundo Sol. Muita gente acha irrelevante o fato. Outros, acham no mínimo surreal e racista a pouca representatividade dos negros, mulatos e pardos na trama, que se passa na Bahia.
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Na festa de lançamento da novela, Giovanna Antonelli comentou o assunto e tentou abafar a polêmica: “Acho que estamos aqui para contar uma história, independente de qualquer cor, raça. Acho que qualquer história, quando se começa a contar, príncipe, princesa, não está determinando se ele tem cor, se é japonês. Nas histórias que conto aos meus filhos não tem raça”.
E mais: “Como atriz fico triste se um dia, admirando por exemplo um povo indígena, eu não puder interpretar uma Índia. A Graça da nossa profissão é você ser o que você não é na pele, mas na alma você pode levar para o público, então acho que todas as questões têm de ser tão tratadas, o que tem que ser revisto pela sociedade, tem que ser revisto, mas é minha visão pessoal, que é múltipla. Gosto do todo. Só acredito em gente junta, não importa nacionalidade ou de que cor. É assim que crio meus filhos”, afirmou.
Autor(a):
Rogério Frandoloso
Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.