O grupo Globo tem tentado a todo custo conter a crise de audiência e de captação de verbas publicitárias que vem enfrentando nos últimos anos e nega veementemente as informações veiculadas na imprensa especializada em televisão sobre o assunto. No entanto, nos últimos tempos a empresa pertencente a família Marinho tem dispensado grandes nomes da teledramaturgia brasileira, cortado salários de outros e agora passa a mexer, inclusive, no setor de jornalismo.
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De acordo com informações do jornalista Daniel Castro, do site “Notícias da TV“, a Globo continua dando sequência a um processo de “despejotização” dos altos salários da casa, ou seja, tem dado continuidade a um processo iniciado pela empresa de acabar com os contratos de pessoa jurídica, PJ, e tem optado pela CLT.
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Segundo o site, a Globo, que começou esse processo com seus jornalistas do Rio de Janeiro, agora está implantando as medidas com os profissionais de comunicação de São Paulo, e já convocou repórteres e executivos com contratos de PJ para renegociar seus vínculos – a priori, a Globo não propôs redução nos salários.
Apesar da Globo ter consentido em manter os salários atualmente recebidos por esses profissionais, tais jornalistas ficaram desconfortáveis como a proposta, que teria sido visto como uma imposição da emissora – algo do tipo, ou aceita as novas regras, ou poderão ficar sem contrato com o canal.
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Pior: ao assinar um contrato de pessoa jurídica, esses profissionais, além de fixarem um salário com a Globo, também determinam contrato de anos com a emissora que, no caso de quebra, resultará em uma multa rescisória bem maior do que, na condição de celetista ter direito a um único salário de aviso prévio. Por fim, ao terem suas carteiras assinadas, esses profissionais passam a ganhar menos, pois arcaram com descontos na folha de pagamento.
“Acho isso escandaloso. A emissora está nos obrigando a aceitar uma mudança para se livrar de multa e processo na Justiça”, teria dito um profissional de jornalismo da Globo ao “Notícias da TV”.
Ao site, a Globo informou que “as mudanças implementadas não têm como objetivo a redução de remuneração, e nem tampouco resultaram em qualquer prejuízo aos talentos (do jornalismo da emissora)”, afirma. “(As mudanças) são decorrentes da reestruturação que prepara a empresa para os desafios do futuro”, completou.