Globo enfrenta desafio na produção de série sobre soterrados gravada de forma não cronológica

03/11/2017 às 12h15

Por: Vitor
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Carolina Dieckmann perdeu a mãe no final do mês passado (Foto: Globo/Ramón Vasconcelos)
Carolina Dieckmann em "Treze Dias Longe do Sol" (Foto: Globo/Ramón Vasconcelos)

Carolina Dieckmann em “Treze Dias Longe do Sol”
(Foto: Globo/Ramón Vasconcelos)

Construir uma história que em boa parte se passa debaixo de escombros é um desafio inédito para algumas áreas envolvidas em “Treze Dias Longe do Sol”. Na minissérie, coube ao caracterizador André Anastácio e à figurinista Andrea Simonetti encontrar os melhores caminhos para a construção de cada personagem.

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Todos aqueles que estavam sob os escombros enfrentaram as mesmas condições de fome, sede e desgaste. Com o passar dos dias, eles passaram por um processo de depreciação física e psicológica, algo complexo quando a obra não é gravada de maneira cronológica. Então, essas condições dos personagens direcionaram o que seria feito pelos profissionais.

“Todo processo envolveu uma poeira, os atores ficavam sempre empoeirados. Usamos argila própria para pele, que vem em pó, para não prejudicar ninguém, e ela deu esse aspecto de cimento. Para deixar o personagem mais debilitado, trabalhamos mais as olheiras, deixamos a pele sem nenhuma maquiagem, secamos a boca dos atores com pó e afinamos mais o rosto para deixá-los mais magros, aprofundando a sombra escura do rosto”, esclarece Anastácio.

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Quanto às roupas, Andrea teve de confeccionar pelo menos dez conjuntos iguais para cada um dos soterrados. “Trabalhamos com muita água, muita sujeira, então foi necessário contar com muitas trocas em cada diária de filmagem”, afirma a figurinista.

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O trabalho para construir o figurino dos outros personagens, aqueles que ficaram sobre a terra, seguiu uma linha contemporânea, que fez transparecer as personalidades de cada um. Gilda (Debora Bloch), por exemplo, “é uma mulher poderosa e ela tinha que transmitir esse perfil, principalmente por transitar em um meio bastante masculino. Então, investimos em um estilo minimalista, de linhas simples e elegantes, com cortes clássicos”, comenta Andrea.

Sua imagem apresentada para o mundo externo aos poucos dá sinais de uma certa fragilidade, mostrando o caos em que ela se submerge. Já o personagem de Paulo Vilhena, que é bastante preocupado com o visual, “é superficial, um clássico yuppie dos anos 2000”.

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No elenco, ainda estão Debora Bloch, Enrique Diaz, Paulo Vilhena, Lima Duarte, Camila Márdila, Fabrício Boliveira, Antônio Fábio e Arilson Lopes, entre outros. A minissérie, que já está disponível na íntegra para assinantes do Globo Play, tem estreia na TV prevista para janeiro de 2018.

Minissérie de Elena Soárez e Luciano Moura, em 10 episódios, “Treze Dias Longe do Sol” é uma coprodução da Globo com a O2 Filmes, e tem direção artística de Luciano Moura.

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Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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