Globo Esporte anuncia decadência de um gigantesco de futebol, famoso no Estado de São Paulo, após anos de história
No dia 10 de janeiro de 2023, o Globo Esporte, portal esportivo da Globo, anunciou a triste realidade de um time de futebol gigantesco, localizado no Estado de São Paulo, cujo qual teve um desfecho decadente após anos atuando nos campos.
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Estamos falando do time São Caetano, mais conhecido como azulão, cujo qual na época teve a sua segunda tentativa de venda por meio de leilão frustrada.
Vale lembrar que o primeiro leilão, sem interessados, havia ocorrido em 15 de dezembro de 2022.
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História de brilhos
Fundado em 1989, o São Caetano levou pouco tempo para figurar entre os principais clubes do futebol brasileiro.
E esse caminho foi sólido! No ano de 1993, o São Caetano já figurava na elite estadual. Vice-campeão da Série C em 1998, no ano seguinte disputou a Série B do Brasileiro.
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Em 2000, no Módulo Amarelo da extinta Copa João Havelange, foi finalista e ficou com o vice, sendo derrotado pelo Vasco em decisão polêmica após a queda do alambrado em São Januário e o término da competição apenas em 2001, em um jogo no Maracanã.
Em 31 de julho de 2002, o São Caetano disputou a final da Libertadores contra o tradicional Olimpia, do Paraguai, apesar de ter perdido o azulão fez história.
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Tentativa e erro
O São Caetano converteu-se em empresa, mas adotou um modelo empresarial diverso da SAF, que até então a legislação permitia.
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Atualmente, os chamados “clubes-empresa” devem estar constituídos obrigatoriamente sob o formato de SAF.
Assim, o clube deixou de ser uma associação civil sem fins lucrativos e transformou-se em um “clube empresa”, separando o seu departamento de futebol do clube social propriamente dito, que continuou sob o formato de associação civil, como é usual nesses casos.
Todavia, nesse caso específico, o que estava ruim, ficou ainda pior!!!
Ainda de acordo com o GE, a simples conversão do modelo associativo para o modelo empresarial não equaciona as mazelas do clube.
Afinal de contas é preciso gestão e responsabilidade, uma vez que empresas mal geridas, como qualquer outra, vão à falência.
Por mais paradoxal que possa parecer, o São Caetano, enquanto era constituído sob o formato associativo tinha realidades financeira e desportiva bem diferentes daquelas que passou a experimentar depois que foi convertido em empresa.
Essa queda do São Caetano mostrou que uma apesar de uma conversão em clube empresa seja uma ótima alternativa, não é o suficiente para, por si só, salvar os clubes de todas as suas mazelas e equacionar todos os seus problemas.
Sem uma gestão responsável e organizada, nenhum projeto prospera, seja como associação, seja como “clube empresa”.
Como está a situação do São Caetano em 2024?
Ainda de acordo com o GE, prestes a completar 35 anos de fundação, o São Caetano deixou para trás o título paulista conquistado em 2004, os dois vices do Brasileirão (2000 e 2001) e o vice da Conmebol Libertadores (2002), acumulando incertezas e dívidas que ultrapassam os R$ 70 milhões.
Ainda em recuperação judicial, o Azulão terá de recomeçar praticamente do zero.
Em 2025, o São Caetano irá disputar a penúltima divisão do futebol profissional de São Paulo.
Sem calendário nacional e cada vez mais distante do protagonismo que viveu no passado, o futuro passa a ser uma incógnita.
Manifestações:
Jorge Machado, atual dono do São Caetano, por meio de uma entrevista concedida ao GE informou:
“A falência não é quase nada, a dívida do São Caetano passa de R$ 70 milhões. É esse monstro que eu enfrento”
Fora isso ele alegou que apesar das dificuldades e a dívida do São Caetano ser grande, a mesma está sanada em 30% e a recuperação judicial também está sendo cuidada:
“Nós temos a tranquilidade de dizer que em quatro meses, no máximo, estaremos com as contas abertas no São Caetano e regularizados nas questões trabalhistas, fiscais e todo tipo de problema que foi gerado em anos”
Jorge Machado ainda fez questão de frisar que não seria em 4 meses em que o mesmo é presidente e dono do time que a situação se resolveria, mas que o desejo de trazer o São Caetano de volta ainda permanece vivo:
“Ninguém está feliz com o resultado dentro de campo, tenha certeza que a volta será muito maior do que o insucesso que teve nesses quatro meses. Nós vamos trazer o São Caetano de volta à elite do futebol, podem crer, mesmo as pessoas que estão remando contra”