Globo investe em efeitos especiais e usa truque de cinema na 2ª temporada de Sob Pressão

Carolina (Marjorie Estiano) dentro do veículo após acidente (Foto: Globo/Mauricio Fidalgo)

Carolina (Marjorie Estiano) dentro do veículo após acidente na 2ª temporada de Sob Pressão
(Foto: Globo/Mauricio Fidalgo)

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A Globo investiu pesado na 2ª temporada da série Sob Pressão, que passará a contar com cenas gravadas fora do hospital e apostará em cenas de acidentes, que contarão com efeitos especiais.

Assim como na temporada passada, uma parte desativada do Hospital Nossa Senhora das Dores, na Zona Norte do Rio de Janeiro, serviu como locação do hospital fictício de Sob Pressão, com previsão de estreia em outubro. Mas, agora, o público verá o contexto dos acontecimentos que culminam na chegada dos pacientes à emergência do Luis Carlos Macedo, o Macedão, liderada pelo Dr. Evandro (Julio Andrade). “Para a segunda temporada, trouxemos novos temas, novos personagens e também novos eventos. Agora, a realidade se impõe não somente dentro do hospital, mas também fora dele”, adianta o redator final Lucas Paraízo.

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Na realização desses grandes eventos, a equipe de produção precisou atuar em locações externas, além do já conhecido hospital. Entre as histórias que acontecem foram da emergência estão um grave acidente de ônibus, o desabamento de um prédio, a colisão de um caminhão numa passarela e o içamento de um paciente obeso pela varanda de um prédio. Na cena do acidente de ônibus, por exemplo, foram mobilizadas cerca de 220 pessoas da equipe, sendo quatro dublês e 70 figurantes. Na trama, após uma tentativa de assalto, o veículo em que Carolina (Marjorie Estiano) está capota, despenca de um viaduto e explode. A gravação de toda a sequência durou cinco dias.

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Para montar o cenário, na Zona Norte do Rio de Janeiro, foram utilizados dois ônibus – um para as cenas anteriores ao acidente e outro que precisou ser danificado. Este último passou por uma reforma para ficar exatamente igual ao primeiro: troca de estofado, mudança na pintura, além da substituição dos vidros das janelas por acrílico para garantir a segurança do elenco. Para tombar o coletivo, ainda sem as danificações do acidente, foram utilizados dois guindastes: o ônibus foi suspenso para poder ser virado de lado e colocado assim no chão. Após esse processo, uma escavadeira foi usada para amassar a lataria, simulando os danos causados pelo capotamento. As cenas da explosão consumiram 20 botijões de gás, 100 litros de querosene e 100 sacos de estopa.

Segundo o supervisor de efeitos especiais, Sergio Farjalla, somente a parte do fogo e o início da explosão foram simulados na locação. As outras cenas foram gravadas em um local mais amplo e serão mixadas na edição. Para Andrucha Waddington, diretor artístico de Sob Pressão, a cena foi a mais trabalhosa da temporada. “Essa foi a sequência mais complexa em termos de acting. Não é nem pela ação em si, mas você não consegue imaginar o ônibus capotado e de cabeça para baixo só olhando de lado. A gente só conseguiu imaginar isso capotando o ônibus de verdade. Tivemos que fazer um ensaio uma semana antes na locação com o ônibus já capotado”, conta.

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Bastidor em que Evandro (Julio Andrade) retira paciente pela varanda do prédio em Sob Pressão
(Foto: Globo/Mauricio Fidalgo)

Já para a cena do içamento de um paciente obeso foram necessários quatro dias de filmagem e envolveu aproximadamente 80 pessoas. Na história, o homem precisa ser hospitalizado, mas, por conta do seu tamanho, tem que ser resgatado pela janela do apartamento com o auxílio de um guindaste. Para dar vida ao personagem, o ator Xando Graça usou um enchimento de corpo e pernas – semelhante ao utilizado no filme “O professor Aloprado 2”, estrelado pelo ator Eddie Murphy. Para rosto, braços e pés, a equipe de caracterização utilizou moldes e confeccionou próteses à base de silicone – aproximadamente 15 quilos de material. Ao todo, foram cerca de 40 dias produzindo todas as peças, que foram renovadas a cada uso.

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Pietro Schlager, caracterizador especializado em efeitos especiais, aprendeu sobre o processo em Londres, onde fez um curso com Kazuhiro Tsuji, ganhador do Oscar por seu trabalho no filme “Darkest Hour”. “Nessa escala de complexidade, é a primeira vez que fazemos um trabalho como este no país”, afirma.

Para Andrucha, o principal desafio na filmagem do episódio foi o içamento do personagem. “Ele mora no quarto andar, não anda, não se locomove, não sai de casa há alguns anos. E teve que ser içado num guindaste, numa prancha de remoção do bombeiro. A gente precisou fazer tudo de verdade. Arrancamos a varanda e tiramos o personagem de uma altura de cerca de 15 metros”, relata.

A cena envolvia apenas o personagem do Xando, mas Julio Andrade, que vive o Dr. Evandro, sugeriu que o médico acompanhasse o paciente no trajeto até o chão. A ideia foi dada, e a equipe de direção topou. Os atores foram içados juntos, com todo o cuidado necessário. Fixados na maca de resgate por fitas – solteiro, mosquetão e de carga – os atores usaram ainda um back up de segurança: um cinto cadeirinha e um colete de levitação. Na cena, foram envolvidos também cinco bombeiros que são também dublês, especializados em ação nas alturas. “Foi demais fazer essa cena. Eu adoro altura”, vibrou Julio.

Com direção artística de Andrucha Waddington e direção de Andrucha e Mini Kerti, a série Sob Pressão é uma coprodução da Globo com a Conspiração Filmes. A segunda temporada tem supervisão de texto de Jorge Furtado e redação final de Lucas Paraízo, que escreve os episódios com Antonio Prata, Marcio Alemão e André Sirangelo. A estreia está prevista para outubro.

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Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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