Um piano bar à meia luz, com músicas e mobiliário de antiquários da Capital Federal nos anos 1950. Foi assim, bem no clima de “Cidade Proibida”, que Vladimir Brichta, Regiane Alves, José Loreto e Ailton Graça lançaram a nova série de Mauro Wilson e Maurício Farias em uma casa de shows na Lapa, no Centro do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (24).
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Traição, paixão, ciúme, crime, suspense, mistério. O glamour da época de ouro brasileira. Mulheres fatais e homens violentos vivendo em uma cidade rica, charmosa, elegante e perigosa. ‘Cidade Proibida’ traz as aventuras e desventuras do detetive particular Zózimo Barbosa (Vladimir Brichta), que resolve frequentar e desvendar esse mundo do luxo, com todas as suas facetas, tão diferente do seu e, por isso mesmo, extremamente fascinante. No elenco estão ainda Adriana Lessa, Gabriela Dias, Maurício Rizzo e Regina Sampaio. “Para Zózimo, a cidade proibida é aquela que ele não pode frequentar a não ser em situações profissionais. Ele vive numa espécie de submundo, com aquelas pessoas que precisam limpar a sujeira que a elite produz. Mas, por outro lado, é claro que ele também sonha com aquilo. É um mundo de glamour e belezas, que o encanta e afeta as suas escolhas e seu jeito de ser”, define o ator Vladimir Brichta.
Ex-policial, Zózimo decide trabalhar sozinho e se especializa em investigar casos extraconjugais. De quebra, acaba sempre se envolvendo com as belas clientes. No dia a dia das investigações, conta com a ajuda da garota de programa Marli (Regiane Alves), do corrupto delegado Paranhos (Ailton Graça) e do malandro e sedutor profissional, que atende pelo nome de Bonitão (José Loreto). Traições forjadas, traídos perigosos, homens e mulheres desconfiados, planos infalíveis, segredos e vingança são alguns dos ingredientes da rotina na vida do quarteto. A série tem previsão de estreia para setembro na Globo.
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“’Cidade Proibida’ é inspirada nos personagens do quadrinho “O Corno que Sabia Demais”, do Wander Antunes. Praticamente não usamos as histórias, mas o tom dos personagens: amorais, cínicos, egoístas. Zózimo (Vladimir Brichta) trabalha com o lado destrutivo do amor e suas consequências negativas. Ele vive o lado negro do amor: traições, ciúmes, culpa, ódio, vingança. Para ele, o amor salva, mas também pode matar”, explica o autor Mauro Wilson, que não apostou em mocinhos ou vilões. “Tanto na nossa cidade proibida, quanto na vida real, não existem mocinhos e bandidos. O âmago dos nossos personagens é puramente o instinto de sobrevivência deles. Pensam primeiro neles, depois nos outros. Vivem em um mundo em que suas regras interiores são mais importantes que as regras da sociedade. Mas, no fundo, acho que Zózimo Barbosa é um herói romântico. Um herói solitário que sabe que não vai viver muito”, define.
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“A época de ouro do Rio de Janeiro foi um período muito interessante. A Cidade Maravilhosa era cheia de boates, bares, vivia o auge da era do rádio, os cinemas eram a maior diversão, o futebol começava a se tornar o esporte de maior expressão no Brasil e a política fervia na capital. Um cenário e tanto! Mas pouco se encontra hoje do Rio dessa época que não esteja repleto de interferências modernas. Temos realizado um trabalho minucioso para recriar os espaços na cidade, como eles eram na década de 50. Cenografia, arte, figurino, maquiagem, computação, fotografia, todos os departamentos fizeram uma longa pesquisa para realizarem esse trabalho”, conta o diretor artístico Maurício Farias, que escolheu um elenco de peso nas participações especiais para se somar ao time fixo. “Faz mais de um ano que começamos a convidar atrizes e atores que admiramos para gravar a série. Antigos e novos parceiros que se animaram e abriram suas agendas para esse trabalho. A cada episódio o público conhecerá novos personagens, protagonistas como Zózimo, Marli, Paranhos e Bonitão”, explica.
Tem Irmãs gêmeas trocando de lugar, mulher com amante investigando detetive, marido frustrado com a fidelidade da esposa. O que não faltam são situações inusitadas para Zózimo (Vladimir Brichta) investigar. A cada semana, novos casos a serem descobertos e novos atores convidados. Na lista estão Giovanna Antonelli, Claudia Abreu, Débora Nascimento, Mariana Ximenes, Andrea Beltrão, Letícia Colin, Alice Wegman, Fabiula Nascimento, Maeve Jinkings, Mariana Lima, Rita Elmôr, Georgiana Goes e Bete Coelho. Além de José de Abreu, Thiago Lacerda, Kleber Toledo, Miguel Falabella, Marco Ricca, Gabriel Braga Nunes, Caio Blat, Otavio Muller, Marcelo Faria, Danilo Grangheia, Marat Descartes, Daniel Rocha, Bruno Gagliasso e Michel Melamed.
O Quarteto
Entre uma tocaia atrás de um amante e um chope no Bar Sereia, ponto de encontro dos personagens principais na trama, Zózimo (Vladimir Brichta) conta com a companhia de Marli (Regiane Alves), Bonitão (José Loreto) e Paranhos (Ailton Graça). Sempre dispostos a ouvir as lamúrias e conquistas uns dos outros, mas nem sempre oferecendo a melhor contribuição, o grupo é o retrato do submundo carioca da época. “Esse quarteto se ajuda para solucionar todos os mistérios que meu personagem investiga. A gente bebe muito de fontes brasileiras dessa época. Tem muito de Nelson Rodrigues. Fazemos um noir solar brasileiro”, define Vladmir.
Regiane Alves vive a garota de programa Marli, fiel escudeira e apaixonada pelo detetive. “Marli é esperta, sagaz e bem resolvida com sua profissão, mas ama Zózimo (Vladimir Brichta) e quer se casar com ele, só com ele. Ele faz jogo duro e ela acredita que é uma relação. Mas é uma mulher independente. Isso para a época já era uma atitude avançada. Trabalha, mora sozinha, se sustenta e gosta do que faz”, resume a atriz.
Enquanto Marli não foge ao batente, Bonitão (José Loreto) corre do trabalho a todo custo. “Ele é o típico malandro carioca, mas o malandro que sempre se dá mal! Ele tenta ajudar, mas acaba atrapalhando mais que ajudando. Ele é muito amigo do Zózimo e do Paranhos, mas a preguiça para o trabalho e a vontade de se dar bem às vezes é maior que essa amizade”, define o ator. José Loreto comemora o personagem, que diz ser diferente de tudo o que já fez: “O Bonitão é um prato cheio, é tudo o que um ator quer. Eu nunca tinha gravado nada do gênero e estou impressionado com o cuidado de toda a produção. O Maurício (Farias) traz muitas referências e passa isso pra gente”.
O que o Bonitão tem de malandro e bon vivant, o delegado Paranhos tem de durão. “O Paranhos é muito bravo, foi talhado no submundo. Ele tem uma relação muito próxima com o Zózimo, porque trabalharam juntos no passado. Cada um foi para um lado, mas eles mantiveram esse laço nas investigações”, conta Ailton Graça.
De volta à década de 50
Tanto o glamour quanto o submundo da capital do país na época são retratados com muitas locações de época e um cenário montado num sobrado antigo no Centro do Rio de Janeiro. Com cenografia, caracterização, figurino e produção de arte que remontam o clima e os detalhes daquele período. O único cenário fixo da série nos Estúdios Globo é o escritório de Zózimo (Vladimir Brichta).
“O programa tem basicamente dois universos. Os personagens principais, que são do povo, mas que se relacionam com a classe mais rica, que mora em mansões e frequenta lugares luxuosos. A gente queria um clima de suspense sem ser o noir tradicional, mas buscando o noir brasileiro. Para isso, pensamos em locações bem cariocas, mas que também não fossem cartões postais óbvios”, conta a cenógrafa Luciane Nicolino. Para as cenas externas, foi criado um grande kit, que ajuda a produção a esconder as intervenções urbanas modernas. “A gente cobre tudo o que precisa. Temos poste, protetor de plantas, banca de jornal, revisteiro e placas que levamos em todas as externas”, detalha.
Responsável pelo figurino encantador digno de divas de cinema da época, Antonio Medeiros procurou compor um catálogo de mulheres ímpares dentro do período. “Pesquisamos a situação moral e de costumes impostos às mulheres dos anos 50, além das mulheres icônicas daqueles anos. Encontramos caminhos para cada atriz e pensamos em uma pele possível para cada personagem. Aí fomos a brechós, lojas atuais e feiras de antiguidades para encontrar objetos, roupas e acessórios que pudessem destacar cada uma delas”, conta ele.
‘Cidade Proibida’ é uma série de Mauro Wilson e Maurício Farias, com direção artística de Maurício Farias e redação final de Mauro Wilson. A atração estreia em setembro e vai ao ar depois de ‘A Força do Querer’.
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