O TV FOCO se aprofundou no modo de medição de audiência feita pelo IBOPE. Importante para as emissoras, os dados são coletados através de um aparelho que envia as informações em tempo real
Uma das curiosidades da televisão envolve a questão de audiência medida pelo IBOPE, o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística. Fator determinante para a permanência de um programa na grade da emissora, o índice de audiência representa a quantidade de pessoas assistindo a determinado programa ou canal. Globo, SBT e Record são as maiores emissoras do país, por isso, possuem grande interesse na medição de audiência.
Para a medição existem dois métodos: o primeiro é com uma pesquisa feita por profissionais que visitam a casa de telespectadores e pedem para que eles preencham uma ficha com suas preferências de programas e canais, indicando seu consumo de programa.
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Já o segundo método – e mais utilizado – é com o Peoplemeter, ou DIB. O aparelho é instalado na casa de telespectadores selecionados e coleta os dados de programação do dia. Selecionados pelo IBOPE, os telespectadores que possuem o aparelho em casa assinam um contrato de confidencialidade. Sem poder divulgar que possuem o Peoplemeter em casa, os selecionados devem seguir algumas regras para que a medição seja feita de forma correta.
Cada pessoa em que o domicílio possua o Peoplemeter recebe seu próprio número, com informações como sexo, idade e preferências. Ao sentar para assistir televisão, o espectador seleciona no controle remoto o seu número, para que o aparelho identifique quem está assistindo.
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O método de escolha dos domicílios que receberão o peoplemeter é feito de forma demográfica. Ou seja, abrangendo todos os grupos sociais presentes no Brasil. Com o mesmo aparelho é possível fazer a medição em tempo real, enviando os dados instantaneamente para o Instituto, mas isso só é feito em São Paulo.
A identificação feita pelo peoplemeter é através do som. Isso mesmo, o aparelho capta o áudio que está sendo transmitido, a fim de identificar o canal, programa e horário.
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Para que esses dados sejam transmitidos de forma segura, eles são codificados em ondas de rádio e captados pelas antenas do Instituto, seguindo para uma central que reúne esses dados. Com isso, as emissoras que pagam pelo serviço recebem os dados preliminares, com um relatório detalhado sendo enviado no dia seguinte.
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Em 2019, cada ponto de audiência no Brasil equivale a 254.892 domicílios. Já em São Paulo, maior e mais importante mercado, equivale a 73.015 domicílios.
Uma polêmica envolvendo o IBOPE aconteceu com a entrada de uma nova empresa de medição de audiência no mercado brasileiro, a GfK. Em 2015, o UOL reportou que os dados preliminares enviados pela nova empresa apontavam uma audiência maior da Record e do SBT do que nos dados compartilhados pelo IBOPE. Mesmo sendo a líder de audiência indiscutivelmente, resultados menores para a concorrente favoreceriam a Globo.