Presidente da Globo censura os próprios contratados e limita mensagens no WhatsApp sob pena de demissão

02/07/2018 às 9h32

Por: Lucas Medeiros
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João Roberto Marinho lança “manual de etiqueta e comportamento” (Foto: Divulgação)

João Roberto Marinho lança “manual de etiqueta e comportamento” (Foto: Divulgação)

A Globo surpreendeu a todos com uma nota enviada à imprensa neste domingo (1º), na qual fala sobre o uso das redes sociais por parte dos seus jornalistas contratados. Em um ano de eleição, eles são cada vez mais visados e devem moderar cada palavra dita na web.

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Em um comunicado divulgado por meio do jornal O Globo, a emissora explica que “divulga diretrizes sobre uso de redes sociais por jornalistas”, no texto assinado por João Roberto Marinho, acionista e presidente do Conselho Editorial do Grupo, herdeiro de Roberto Marinho.

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Trata-se de um “manual de etiqueta e comportamento” dos profissionais fora do ambiente de trabalho, já que, por serem pessoas públicas e que trabalham com a comunicação, suas vidas nos ambientes digitais acabam tendo influência sobre o que é levado ao ar.

Dessa forma, seguir os perfis de políticos nas redes sociais só é permitido quando for “fundamental para a cobertura jornalística”, no entanto, é extremamente proibido o ato de “curtir, endossar ou compartilhar postagens” de quem quer que seja.

Globo (Foto: Divulgação)

Globo (Foto: Divulgação)

Até mesmo os aplicativos como o WhatsApp está sendo limitado, principalmente em grupos de família e de pessoas próximas.

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“É evidente que, em aplicativos de mensagens, como WhatsApp e outros, (…) todos têm o inalienável direito de discutir o que bem entender com grupos de parentes e amigos de confiança. Mas, é preciso que o jornalista tenha em mente que, mesmo em tais grupos, o vazamento de mensagens pode ser danoso a sua imagem de isenção e à do veículo para o qual trabalha”, explica.

“Tal vazamento o submeterá [o profissional envolvido] a todas as consequências que a perda de reputação de que é isento acarreta”. Eles também não estão liberados para fazer reclamações públicas a empresas ou prestadoras de serviço por mau atendimento e orienta que esses casos sejam “silenciados”.

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