O Cravo e a Rosa exibe o seu último capítulo nesta sexta-feira (30).
É inegável o sucesso de O Cravo e a Rosa. A trama escrita por Walcyr Carrasco e exibida originalmente no horário das seis nos anos 2000, já foi reprisada várias vezes na TV aberta e no canal pago Viva. O público ama as brigas e trapalhadas de Petruchio (Eduardo Moscovis) e Catarina (Adriana Esteves).
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Mas afinal, qual é o motivo de O Cravo e a Rosa cair tanto nas graças do telespectador? O TV Foco separou algumas curiosidades que possam explicar esse fenômeno, ou pelo menos deixar você, caro leitor ainda mais bem informado sobre a trama de época da Globo.
O diretor Walter Avancini retornava à Globo depois de mais de dez afastado da emissora, onde trabalhou na extinta TV Manchete e trouxe com ele o autor Walcyr Carrasco, inclusive a dupla havia trabalhado juntos em outro sucesso emblemático, a novela Xica da Silva, em 1996.
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O Cravo e a Rosa foi a primeira novela de Walcyr na Globo, onde ele emendou em A Padroeira (2001), que também teve Avancini, que veio a falecer com a trama ainda no ar.
O folhetim foi inspirado no clássico A Megera Domada, de Shakespeare, com referências nas novelas A Indomável, de Ivani Ribeiro (TV Excelsior, 1965), e O Machão, de Sérgio Jockyman (TV Tupi, 1974-1975), também baseadas em A Megera Domada.
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Porém, muitos personagens de O Machão, que não existem na peça de Shakespeare, foram aproveitados em O Cravo e a Rosa. De acordo com o colunista Nilson Xavier, a novela era inicialmente pensada para ser um folhetim curto.
Porém, por volta do capítulo 60, Walcyr Carrasco recebeu da Globo a notícia de que, em vez de 90 capítulos, O Cravo e a Rosa teria a duração de uma trama normal daquela época, perto dos 200.
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Após idas e vindas, Bianca (Leandra Leal) se casou em O Cravo e a Rosa (Foto: Reprodução / Globo)
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REVIRAVOLTA COM ENTRADA DE PERSONAGEM DECISIVO
Isso levou à entrada na trama de uma personagem que até então era apenas citada: Marcela (Drica Moraes), que no passado teve um romance com Petruchio (Eduardo Moscovis), onde acabou perdendo a virgindade com ele, sendo motivo do ódio de Joaquim (Carlos Vereza) pelo vendedor de queijos.
A personagem de Drica Moraes cumpriu o papel de vilã da trama, já que O Cravo e a Rosa foi esticada ao extremo pela emissora carioca e terminou com 221 capítulos.
O núcleo de Petruchio lembrava a Família Buscapé e era um dos mais queridos da novela. Outro chamariz do folhetim foi a trilha sonora, que fez muito sucesso e teve Bianca (Leandra Leal) na capa.
Entre as músicas mais tocadas, o tema de abertura, a regravação de “Jura”, por Zeca Pagodinho; “Olha o que o Amor me Faz”, sucesso da dupla Sandy e Jr., tema de Bianca; “Tua Boca”, hit romântico do cantor Belo, para as cenas de amor entre Petruchio e Catarina (“Mel, tua boca tem o mel / E melhor sabor não há / Que loucura te beijar”), e outras marcantes.
Marcela (Drica Moraes) se encarregou de ser a vilã de O Cravo e a Rosa (Foto: Reprodução / Globo)
ELENCO ENTROSADO
Nas primeiras semanas de O Cravo e a Rosa, o diretor Walter Avancini inseriu nas cenas pequenas aparições de figuras ilustres da época, vividas por atores figurantes. Dessa forma, foram homenageados nomes como a artista plástica Tarsila do Amaral, o poeta Oswald de Andrade e o escritor Monteiro Lobato, este ao lado da esposa, Maria Pureza, a dona Purezinha.
Todo o elenco estava afiado e era nítido que estavam entrosados. Personagens carismáticos e engraçados marcaram a trama que vai deixar saudades e merece mais reprises daqui há alguns anos, obviamente. Para os saudosistas, ela continuará disponível na íntegra pelo Globoplay.
Calixto (Pedro Paulo Rangel), Mimosa (Suely Franco), Neca (Ana Lúcia Torre), Lindinha (Vanessa Gerbelli), Januário (Taumaturgo Ferreira), Bianca, Edmundo (Angelo Antonio), Joana (Tássia Camargo), Batista (Luís Melo), Dinorá (Maria Padilha), Cornélio (Ney Latorraca), Josefa (Eva Todor), entre outros foram responsáveis por bons momentos de O Cravo e a Rosa.
Petruchio (Eduardo Moscovis) e Catarina (Adriana Esteves) no final de O Cravo e a Rosa (Foto: Reprodução / Globo)
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