Decisão que a Globo tomou com Tarcísio Meira no passado foi revelada
O saudoso ator Tarcísio Meira (1935-2021) marcou a teledramaturgia brasileira e da TV Globo principalmente. Com sua presença de tela e talento ímpar, o astro foi considerado um dos maiores nomes da dramaturgia no país.
O veterano deixou um legado incontestável, prova disso, são as novelas de Tarcísio Meira disponíveis na plataforma de streaming do Globoplay.
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O marido de Glória Menezes está presente em diversos folhetins, mas um deles se destaca no catálogo do serviço, a incrível novela ‘Roda de Fogo‘ (1986), escrita por Lauro César Muniz.
Tarcísio Meira está em um papel de protagonista, onde deu vida ao vilanesco Renato Villar, um homem de negócios perspicaz e inescrupuloso. No entato, a reviravolta chega na vida do personagem, quando ele descobre que tem um tumor no cérebro inoperável e que seus dias estão contados.
O vilão de Tarcísio Meira começa a enxergar a vida de um outro prisma e, simplesmente, começa a consertar tudo que destruiu pelo caminho, inclusive, retomando a relação com seu filho renegado, vivido por Felipe Camargo, e colocando um ponto final em seu casamento falido, onde a esposa dele é vivida por Renata Sorrah.
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Renato Villar, personagem de Tarcísio Meira ainda descobre o verdadeiro amor, já que ele nunca amou ninguém realmente nesta vida. A escolhida foi a Dra. Lúcia Brandão, uma juíza de direito vivida por Bruna Lombardi.
Só que há um problema nessa histíria toda: documentos que incriminam o empresário em casos de corrupção e assassinato, caem na mão da juíza, que agora é seu grande amor. Ocultando de todos que conhece que está morrendo, o personagem de Tarcísio Meira, ao longo da novela, mostra sua redenção.
A novela ‘Roda de Fogo‘, que ia ao ar logo após o ‘Jornal Nacional’, foi um sucesso estrondoso entre 1986 e 1987, chegando a ditar até modas para as mulheres que babavam nos figurinos e cabelos de Renata Sorrah e Bruna Lombardi.
PEDIDOS MARCARAM DESFECHO
Naquela época, o telespectador costumava mandar cartas para se manifestar aos programas de TV e emissoras. No caso da novela ‘Roda de Fogo‘, a Globo recebeu uma enxurrada de clamores populares para que Lauro César Muniz, autor da trama e a emissora em si, não permitissem que Renato Villar (Tarcísio Meira) morresse no final.
A doença inoperável do personagem não teve um bom desfecho, mesmo com pedidos que marcaram a história da novela e da emissora, mexendo até com a alta cúpula, mesmo assim, o final teve que ser mantido, sendo a última cena da novela uma morte tranquila e serena do personagem em uma ilha paradísiaca ao lado do seu grande amor.
Aliás, o mocinho de ‘Roda de Fogo’, que era o Juíz Labanca, vivido pelo saudoso Paulo Goulart, ao saber dos documentos que colocariam o personagem de Tarcísio Meira atrás das grades, e que por acaso, foram confiados a sua colega juíza (Bruna Lombardi), foi rejeitado pelo público.
O personagem de Paulo Goulart se tornou o vilão na trama de tanto que ele insistia em fazer Renato Villar pagar pelos seus crimes, atrapalhando até o romance do casal.
O público reagiu de maneira contraria a tudo que se esperava naquela época, pois o personagem de Paulo Goulart que prezava pelo bem, honestidade e estava ao lado da lei, se tornou o grande vilão.
Enquanto o homem que era mau, assassino, corrupto, somente por estar doente e refazendo sua vida, teve o voto de confiança do telespectador em sua cura pessoal.