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Haddad aciona Banco Central e arma nova lei que atinge em cheio a conta poupança da Caixa, Bradesco e mais
28/08/2024 às 18h23
Fernando Haddad aciona o BC com lei armada que atinge em cheio as contas poupanças de todos os bancos
Fernando Haddad, que é o Ministro da Fazenda do Governo Lula, acionou o Banco Central com uma lei armada que atinge as contas poupanças de milhares de beneficiários da Caixa, Bradesco entre outras instituições financeiras.
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De acordo com informações do Portal Terra em abril desse ano, visando o aumento do crédito imobiliário no Brasil, uma das propostas do ministro da Fazenda Fernando Haddad, o governo federal pretende lançar um pacote de medidas. Entre as ações destaca-se a redução de 20% para 15% do compulsório da poupança, que é a parcela do dinheiro que as instituições bancárias são obrigadas a manter depositadas no Banco Central (BC).
Com a liberação, o recurso deve ampliar de 65% para 70% o direcionamento da poupança para o financiamento de moradia no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).
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Além disso, o governo também está elaborando uma espécie de hedge para estimular a venda de carteiras de financiamento habitacional. Ainda segundo a publicação, as medidas podem injetar até R$ 300 bilhões no mercado, de acordo com a análise de técnicos.
Um dos objetivos das propostas é ampliar o mercado secundário para o financiamento habitacional, como já ocorre em outras modalidades com a venda das carteiras dos bancos no mercado. Os contratos são corrigidos pela Taxa Referencial (TR), enquanto a troca de balcão ocorre usando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A partir disso, o governo desenvolve um mecanismo para corrigir essa distorção sem envolver recursos do Tesouro Nacional. Nesse sentido, a trajetória de queda da Selic deve ser aproveitada para promover o mercado secundário do crédito imobiliário em 2025.
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Em contrapartida, o destrave do compulsório da poupança depende da aprovação do Banco Central no Conselho Monetário Nacional (CMN), já que a instituição é responsável por gerenciar o recurso. A medida está sendo discutida com a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Para entender: Segundo o próprio portal do Banco Central, quando uma pessoa vai a um banco e realiza um depósito, parte do valor é recolhido pela instituição financeira no Banco Central na forma de um depósito compulsório.
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O recolhimento compulsório é mais um dos mecanismos que o Banco Central (BC) tem à disposição na sua caixa de ferramentas na manutenção da estabilidade financeira e de combate à inflação. Trata-se de parcela do dinheiro dos correntistas que os bancos são obrigados a manter depositada no BC.
Embora tenham sido criados, originalmente, para influenciar a quantidade de moeda na economia, os recolhimentos compulsórios assumem também o papel de “colchões de liquidez”, isto é, reservas de emergência que podem ser utilizadas pelas instituições financeiras, a critério do BC, em situações de crise como a que ocorreu em 2008. Além disso, na medida em que parte dos recursos captados pelos bancos fica recolhido no Banco Central, estes emprestam menos do que poderiam, reduzindo, assim, a sua exposição ao risco de crédito (risco de “calote”).
O QUE FAZ O BANCO CENTRAL?
O Banco Central do Brasil (BCB) é uma autarquia federal que tem como objetivo principal assegurar a estabilidade de preços, a estabilidade do sistema financeiro, o pleno emprego e suavizar as flutuações do nível de atividade económica. O BCB foi criado pela Lei nº 4.595/1964 e tem autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira.
O BCB tem várias atribuições, incluindo:
- Emitir papel-moeda e moeda metálica
- Executar os serviços do meio circulante
- Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias
- Realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras
- Supervisionar os bancos para que sigam as regras e regulações do Sistema Financeiro Nacional (SFN)
O BCB também mantém ativos em moedas internacionais para assegurar o poder de compra nacional e garantir um bom desempenho nas transações internacionais. O BCB pode adotar diferentes regimes de câmbio, como o câmbio fixo ou o câmbio flutuante.
Autor(a):
Bruno Zanchetta
Sou Bruno Zanchetta, jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo. Há mais de 4 anos com experiência em redação jornalística, análise e métricas de SEO. Especialista TV Foco em matérias automotivas e esportivas, mas, escrevo um pouco de tudo. Triatleta e torcedor do São Bernardo Futebol Clube! Bruno Zanchetta no linkedin e meu e-mail profissional é: [email protected]