O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expôs em anúncio o que pensa sobre um novo decreto do Banco Central e quem tem poupança precisa saber o que deve acontecer com os valores aplicados agora
Como muitos aqui já sabem, COPOM do Banco Central, decretou ainda em julho deste ano a decisão de manter a Taxa Selic com a redução de 0,25 ponto percentual, passando de 10,75% para 10,50% ao ano. Por mais que isso seja bom para quem depende de linhas de crédito, para quem investe na poupança isso é uma verdadeira bomba.
Isso porque a poupança, como todo investimentos de renda fixa, tem a taxa Selic como principal base para determinar seus rendimentos. Ou seja, com esses cortes nos juros é inevitável que esses mesmos investimentos passem a render menos. Dentre elas estão o Tesouro Selic, título público federal que acompanha a taxa básica de juros.
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Da mesma forma, aplicações que seguem a remuneração do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) também rendem menos.
Fora isso, Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, acaba de emitir um comunicado a respeito desse decreto que não animou muito os poupadores.
Recado dado
De acordo com o Poder 360, durante uma coletiva de imprensa realizada na última terça-feira (13), ao ser questionado sobre uma fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre o tema, ele respondeu: “Nem sempre a melhor resposta é aumentar juros, às vezes, é [melhor] manter no patamar restritivo”.
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A fala de Roberto Carlos, cuja qual gerou a resposta do ministro foi a seguinte: “Em relação à possibilidade de subir os juros, ontem, tiveram duas falas de diretores, inclusive diretores apontados por esse governo, dizendo: ‘Olha, nós vamos fazer o que tiver que fazer para a inflação atingir a meta’. E, se tiver de subir os juros, se for necessário, vai ser feito.”
Haddad também afirmou que o BC precisa considerar alguns fatores antes de subir os juros. “A decisão sobre juros impacta os preços em tempo dilatado. Não acontece imediatamente. O Banco Central tem que sopesar muitas variáveis”
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A grande questão nisso tudo é que o Ministro acabou cravando (de certa forma) que não há novas projeções para o aumento na Selic para os próximos dias. Ou seja, quem tem dinheiro na poupança irá continuar vislumbrando o mesmo render por baixo …
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Um ponto que devemos levar em consideração é que, caso as taxas continuarem a cair ou permaneçam em nível baixo, a debandada sofrida pela poupança, cuja qual vem ocorrendo desde 2021, como podem ver através desse link*, pode piorar ainda mais o cenário desse tipo de investimento.
Opções mais rentáveis
Obviamente que em meio a essas debandadas, esses mesmos “desertores” da poupança estão encontrando alternativas mais rentáveis diante dessa queda nos juros da selic como:
- LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio);
- CDBs (Certificado de Depósito Bancário);
- LCIs (Letra de Crédito Imobiliário).
- Os 16% maiores sacadores aportaram o equivalente a 52% do valor que sacaram, cerca de R$ 116 bilhões, em outros ativos financeiros.
- Já os LCAs receberam R$ 34 bilhões, o ingresso em CDBs/Recibo de Depósito Bancário (RDBs) foi de cerca de R$ 37 bilhões e em LCIs de quase R$ 17 bilhões.
Segundo levantamentos do próprio BC, houve mudanças consideráveis na composição da carteira de ativos dos maiores sacadores.
A participação da poupança caiu de 57% em 2021 para 28% em 2022. Já a fatia de fundos cresceu de 24% para 30% e de CDBS, de 10% para 18%.
O crescimento da participação de LCAs foi de 3% para 10 % e a fatia de LCIs duplicou de 3% para 6%.
A análise ainda mostra que o aumento de desembolsos e eventuais investimentos reais ou aplicações em ativos financeiros não observados, como ações e títulos públicos do Tesouro, explicam de forma secundária a forte redução do saldo da poupança em 2022.
Segundo o diretor de Fiscalização do BC, Ailton Aquino, o estudo foi um trabalho de fôlego, mas que ainda merece maior aprofundamento.
Aquino afirmou que a fuga da poupança para aplicações mais rentáveis é uma realidade que deve se acentuar com o aumento da competição no sistema financeiro.
Quanto rende um CDB com a nova taxa de juros?
Um CDB com retorno de 100% do CDI rende em torno de 10,40% ao ano, considerando a atual Selic a 10,50% ao ano.
MAS ATENÇÃO! Dos rendimentos deve ser deduzido o Imposto de Renda, que é de 17,5% para uma aplicação que fica durante 365 dias (porque a alíquota do IR vai diminuindo quanto mais tempo o dinheiro fica aplicado).
Segundo o portal Remessa Online, na tabela o rendimento do investimento após um ano de aplicação no CDB, considerando a taxa mensal de junho de 2024, 0,83%, os valores ficariam assim:
(ATENÇÃO! ESSES DADOS SÃO APENAS PROJEÇÕES BASEADOS EM TAXA DE JUROS ENTRE OUTROS FATORES QUE PODEM MUDAR FREQUENTEMENTE)